Na Boca em vez de um Beijo um Chiclete de Menta
PEDRO PAULO DESENCOBRIU O BRASIL
E aê, Mano Brown!
O maior poeta contemporâneo, e vivo. Um alvinegro... Com sua poesia marginal; fez o cântico dos loucos e dos românticos. Poeta por dentro e por fora. Santista de alma! Um negro drama de pele clara.
Um homem em reconstrução/ desconstrução na estrada.
Me inspirou, e me inspira até hoje a ser um sujeito homem! Pedro Paulo foi quem desencobriu o Brasil criado por D. Pedro, com suas crônicas cantadas.
Na moral, Caminha nunca iria lhe alcançar com seus rolês.
A rua lhe atraiu mais do que a escola.
Daí, Pedro Paulo virou educador: contra-hegemônico!
...Tem formado uma pá de gente.
Sem nunca ter “lido” Freire.
Se “Ivo viu a uva”,
O “Negro drama”,
Tenta ver e não vê nada
A não ser uma estrela
Longe, meio ofuscada!
Ele sintetizou à educação quando declamou: Da ponte pra cá antes de tudo tem uma escola.
Pedro Paulo, pedra negra, um homem no fim do mundo, que dá de beber as plantas,
Canta até o fim,
Recita os versos da periferia: és um poeta goat, diante dos cânones, de touca
Firme e forte, guerreiro de fé
Vagabundo nato!
Vida Loka!
UM PRETO EU-LÍRICO QUE SE QUESTIONA
Ser um Nêgo Nerd tipo A,
Custa caro.
Mas vale a pena.
No escuro ele mostra seu lado doce.
Sou mais que corpo, sou mente.
Sou um sujeito subjetivo. Sou um indivíduo que quer a nêga também depois da cama.
Pode até faltar água no sertão,
Porém sobra nos olhos do negão.
A vida nunca será linear. Sempre será escrita em linhas tortas.
Há um homem por trás dos óculos.
Há um homem por detrás da barba, há um homem preto por trás da cor, Drummond. É o avesso da pele. Esse homem não é tão sério, tão viril, tão violento assim. O homem por trás do óculos e da barba.
O homem por trás do óculos é negro, é negro.
O 'europeu' é tão egocêntrico que tem um "eu" no início e no final da palavra.
Mas meu eu-lírico diante disso não se rebaixa.
Se a periferia soubesse que o maior escritor brasileiro veio de lá, a narrativa seria outra.
Bato no peito e digo: Colombo, sou quilombo, sou África!
Enfim, continuamos em casa, nesse país sangrento,
onde o sangue está escorrendo por debaixo da porta, quanto estamos comendo e bebendo.
Não me identifico com o que eu faço.
Quando volto do trabalho, não sobra eu.
Perguntou-me: cadê aquele negro sonhador, cheio de saúde, que escrevia poema de amor a mão? Não corro mais atrás da bola. Cadê eu?
Na minha ótica, vejo essa armação:
Enxergo com "meus próprios olhos" absurda carga horária passar lentamente.
Os dias têm que ser abreviados.
Porque sofremos muito, Deus meu!
A literatura denuncia isso com amor, com mimese. Por hora, com catarse.
Eu, caro poeta, não estou só. Mas sós.
Com Deus? Perguntou-me porque o abandonei?!
O racismo não acabou. Mas todos têm letramento Racial Crítico. Superamos! Supomos...
Mas o negro continua descendo e subindo a favela.
Continua pintando com seu sangue os muros e grandes construções. Continua pondo fogo na cana até ficar da sua cor, e o que ganha, não compra um quilo do açúcar pretinho.
...Sem ocupar espaços de poder.
O negro continua, continua, idetitarista.
Quero crer que é possível lançar luz sobre as sombras da utopia, poeta.
O que fora dito, não é só ideias. É uma antropofagia da sua lírica.
O desejo só cabe no peito de quem não pode fazer nada.
Universo de Dentro
Carrego um céu que ninguém vê,
feito de estrelas que brilham por fé.
Não sou espaço, sou explosão,
um infinito em combustão.
O Grito Invisível
Grito em silêncio para não ferir,
mas cada ausência é um porvir.
Quem não escuta, não sabe a dor
de quem sorri sem ter amor.
No início, ninguém acreditava que eu conseguiria.
Me olhavam como mais um tentando vender casas.
Mas eu não vendo casas. Eu apresento futuros.
Em cada atendimento, deixo um pouco de mim: meu respeito, minha escuta, meu compromisso.
Já fechei contratos às pressas e também com lágrimas nos olhos.
Porque a venda é só um detalhe. O que importa é saber que alguém vai dormir tranquilo, grato por aquele novo começo.
E nisso, ninguém me ensina. É dom. É entrega. É missão.
Não espere um sinal do céu se suas raízes ainda não tocaram a terra. Toda grande mudança começa onde os pés pisam com coragem.
Sou um lagarto que está no casulo,
Calado no tempo, sem pressa, sem susto.
Enquanto o mundo grita, eu escuto o silêncio,
Cresço nas sombras, encontro meu centro.
Me chamam de fraco, de lento, de erro,
Mas não veem a força guardada no peito.
Não sabem que o escuro me ensina a lutar,
Que é no invisível que começo a voar.
Minha pele se rompe, mas é evolução,
Cada dor é parte da transformação.
A espera me molda, me afina, me guia,
Sou chão que se parte pra virar poesia.
O casulo é escola, fornalha e abrigo,
Me escondo do mundo, mas nunca de mim.
Sou lagarto, sou fúria, sou sonho contido,
Que logo desperta com asas sem fim.
E quando emergir, não serei o mesmo,
Serei novo, completo, mais forte, mais denso.
Não lagarto, nem sombra, nem só ilusão...
Serei liberdade em plena ascensão.
Admitir nossos erros
é um bem que proporcionamos
a nós mesmos!
Um ponto de partida ao restauro
de nossa lucidez; um gesto singelo
e conciliadorcom aquele
que tanto erramos:
nós!
E diante
de um impulsivo e vezes acalorado
desejo por urgentes mudanças no mundo,
consideres que o único ajustamento
possível será o teu...
E seguramente, o mais relevante,
instigante e complexo
de todos!
Toda prova, todo obstáculo,
seja em que nível for, mais do que um factível castigo,
trará consigo uma salutar perspectiva de reparo e reerguimento concedidos aos
nossos espíritos!
O direito de um homem
deve ser o direito de todos
os homens, de todos!
Do mesmo modo, os seus deveres
e cuidados em relação a si
e aos outros!
Do contrário, chame-o
de privilégio!
No sempre dispendioso
mas compensador caminhar destinado a cada espírito,
não haverá um mais aplicado
mestre ou eminente juiz
que não seja ele
mesmo!
Como pode um ateu saber
que Deus não existe,senão instigado por
sua inequívoca presença - ora causadora
de suas abismadas dúvidas e ilações,
argumenta Fiódor Dostoievski!
Perceba que tanto a crença cega
quanto uma intempestiva descrença,
são apenas pálidos desfechos
de nossa inda sofrível
cognição!
É a falta de conhecimento
que torna uma ideia, um conceito,
numa grande novidade;
quando na verdade um mínimo de curiosidade
ou interesse, perceberíamos que ela
sempre esteve ali - no aguardo de nosso
mesmo que mínimo
interesse!
Quando se diz, por exemplo, que estamos
rodeados de uma peculiar nuvem de testemunhas
é porque a vida é fator participativo
povoado por grandes ideias!
... uma honesta avaliação
sobre o que seja esse sentimento
conhecido como fé, evidencia
um primeiro passo na busca e conformidade com algo maior que nos inspira e espera:
a Verdade!
Por vezes,
será o poema única palavra
entrincheirada num texto;
embora revestida de um invulgar
e sublime poderde
nos tocar!
O chamado
'bem viver'é um processo,
não um estado gratuito do ser!
Sempre uma direção, um compromisso,
nunca um destino previamente definido...
Sobretudo um ganho,uma conquista,
suscitada porum único e vital ingrediente:
a boa vontade!
Um homem
poderá ser um 'expert'
em muitas coisas; bem informado
em tantas outras...
Mas aquele resquício de sabedoria
quetanto exalta e busca,
só se consolidará pela prática;
ou melhor, por todo bem
que praticando seja capaz
de realizar!
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