Na Boca em vez de um Beijo um Chiclete de Menta

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Não é dado ao saber humano conhecer toda a extensão da sua ignorância.

Das mulheres, como das outras coisas, usa; não te fies, porém, nelas.

Nada, absolutamente nada resiste ao trabalho.

A imaginação exagera, a razão desconta, o juízo regula.

A variação quantitativa de tensão da realidade originária dá origem a todas as coisas.

Vive mal quem só vive para si.

Preocupa-nos mais que falem de nós, do que a maneira como falam.

Despendo mais energia numa discussão com a minha mulher, do que em cinco conferências de imprensa.

Sem as ilusões da nossa imaginação, o capital da felicidade humana seria muito diminuto e limitado.

Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Quem é capaz de suportar tudo pode atrever-se a tudo.

A mais sutil loucura é feita da mais sutil sensatez.

Há que, na medida do possível, prestar favores a todos: quantas vezes não precisamos de quem é menos do que nós.

O amor-próprio do tolo, quando se exalta, é sempre o mais escandaloso.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

A razão, sem a memória, não teria materiais com que exercer a sua atividade.

As leis mantêm-se em vigor não por serem justas, mas por serem leis.

O interesse explica os fenômenos mais difíceis e complicados da vida social.

Os preguiçosos têm sempre vontade de fazer alguma coisa.

Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!