Mulher seu Cheiro
Memórias e o Tempo
Memórias que colecionamos ao longo do tempo,
Adormecidas, surgem com o cheiro, o gesto, o rosto,
Trazendo lembranças de outros tempos,
Congeladas nas imagens, fotos antigas, filmes de eventos.
Festas, reuniões para comemorar algo,
Memórias afetivas da infância,
Saudosistas, de paixões e amores,
Da escola, dos amigos, das risadas.
O tempo em que o jovem só tinha que viver,
Sem preocupações, apenas estudar,
Memórias dos carinhos e cuidados da mãe, da avó,
Dos ensinamentos dos pais, perdidas no tempo.
Surgem como um filme quando a idade chega,
A velhice bate à porta,
Viver e recordar,
Viver e ter memórias para relembrar,
O tempo que não volta mais.
Eu fumo por que a vida me sufoca,
E o fogo que arde, me acalma a alma.
Cheiro de pecado, cheiro de tabaco,
Máscaras para esconder minha dor profunda.
Fumo para esquecer, para me perder,
No fogo que consome, minha alma cansada.
O pecado é o preço, o tabaco é o vício,
Minha escolha, minha cruz, minha sombra.
Em cada tragada, sinto meu fim,
O pecado me consome, o tabaco me mata.
Mas ainda assim, eu não paro,
Porque naquela fumaça, eu encontro um refúgio.
Um refúgio temporário, uma ilusão,
Que me deixa esquecer, por um instante,
A dor, a tristeza, a solidão,
E o vazio que me consome.
Mas quando o fogo se apaga,
E a fumaça se dissipa,
Eu me vejo novamente,
Sozinho, com meu pecado.
O SEU CHEIRO
aparece em todo canto,
como a doçura de um abraço
que acalma e aquece o coração.
É suave, como o toque de uma flor,
levando um sorriso,
e fazendo o dia brilhar
com um simples suspiro
Muitas das vezes eu sou uma criança
Queria as vezes só um colo de mãe
Um cheiro bom de esperança
A saudade de uma coberta de lã
Um abraço refletindo confiança
Quando chorar era sinônimo de tristeza
Mas atualmente se tornou igual
A todo e qualquer tipo de fraqueza
Aquela história de antigamente letal
E todo amor envolvido à mesa
A sensação de amar e ser amado
Não no sentido romântico
Mas sim naquele onde só era esperado
A risada calma que saía como um cântico
E tudo de novo era formado
O Natal é o que nos fica das coisas simples:
o cheiro do pão quente na mesa,
o abraço que se dá sem motivo,
a luz serena de uma vela acesa,
que aquece mais do que qualquer ouro.
Não é preciso muito para encher o coração.
O brilho verdadeiro não está nas vitrines,
mas no olhar de quem partilha,
no sorriso que chega sem pressa,
na alegria de estar juntos,
mesmo quando o mundo lá fora parece agitado.
Este é o tempo de voltar ao essencial:
a palavra dita com carinho,
o gesto que ampara,
a gratidão por tudo o que já temos.
Porque o Natal não se mede em excessos,
mas na abundância do que é sincero.
Que os nossos dias sejam como esta época:
simples, luminosos, plenos.
E que a fartura maior esteja onde sempre esteve:
no calor humano que nos faz verdadeiramente ricos.
Queria de novo nem que por um mísero momento, sentir de novo o teu cheiro, provar de novo o sabor dos teus lábios, sentir de novo a intensidade do teu olhar, sentir de novo a profundidade do teu toque.
Queria de novo nem que por um milésimo segundo, ter o teu abraço como refúgio, ter o teu coração como morada, e ter o teu amor como proteção.
Sinto tua falta amor, sinto falta dos tempos em que passamos juntos, sinto falta das descobertas que fiz contigo, sinto falta de você, e da tua forma de ver o mundo tão parecida com a minha.
Vou sentir tua falta pra sempre, porém agora, com consciência de que não te terei de volta, mas que no fundo estarás sempre no meu coração, e eu sempre estarei no teu, fomos incríveis..
A maior prova de amor que se pode dar a uma pessoa é sua presença com cheiro e calor, hoje em dia com a desculpa de falta de tempo, acham que podem repor companhia com presentes e futilidades que apenas variam de preço!
Havia uma casa onde o café tinha outro gosto.
O cheiro vinha antes do dia,
como se a gentileza acordasse mais cedo que o sol.
Lá, o cuscuz era abraço quente,
e a torta, celebração disfarçada de alimento.
Era como se o carinho tivesse mãos e soubesse cozinhar.
Do lado de lá, vozes me chamavam pelo nome
com um tom que só quem ama sabe inventar.
No silêncio das tardes, eles me olhavam com olhos
que pareciam dizer: “Fica. Aqui você é nossa.”
Eu dormia muito, eu sei.
Talvez fosse a paz que me deixava pesada,
talvez a bagunça da minha cabeça,
sempre acolhida em gestos que nunca cobraram retorno.
Havia um carro no metrô.
Sempre esperando, sempre pontual,
como se o asfalto fosse cúmplice desse cuidado.
E a mesa, com o café adiantado,
era uma prece que não precisava de palavras.
Era ali que eu percebia
que o amor, às vezes, não faz barulho.
Hoje, são só memórias.
Mas são inteiras.
E se o tempo me pediu para guardá-las,
guardo como quem cuida de algo precioso.
Porque há laços que, mesmo desfeitos,
continuam vivos nas dobras do coração.
CHEIRO DE VIDA.
Vida que busco levar em profunda harmonia,
entre os erros e acertos que tanto me fazem companhia,
nesse caminho estreito que se alarga mesmo em desencontros,
pois nele se podem encontrar momentos de pura alegria,
que preenchem o vago espaço que carrego no peito,
nessa árdua caminhada íngreme,
sem cor e por vezes vazia.
São flores, amigos e amores,
com aroma, calor e sabores,
todos com seu perfume, presença e encantos,
emanando sua luz que pulsa, aquece e envolvem,
pelo mais gentil e sublime sentimento, afastando o frio escuro da noite, trazendo de volta à alma o brilho do dia,
na paz tranqüila e na sutil beleza em aquarela de cores,
que somente entende o elevado valor, aquele que teve na vida como eu,
a felicidade de encontrar em seu trilhar...
flores, amigos e amores!
Claudio Broliani
O Sorriso de Paúba
a chuva havia dado uma trégua em Paúba, trazendo aquele cheiro de terra molhada misturado ao sal do mar. o céu, ainda carregado de nuvens cinzentas, parecia hesitar entre a melancolia do temporal e o brilho de um sol tímido, que tentava se infiltrar entre as frestas das nuvens. foi nesse cenário que ela surgiu, caminhando pela areia úmida como se o próprio dia se inclinasse para saudá-la.
seu sorriso era um farol. não era daqueles espalhafatosos, que exigem atenção em qualquer multidão. não, o dela era outro tipo de magia. ele surgia suave, mas de uma maneira que parecia dançar no ritmo da brisa marítima. não era um sorriso para ser apenas visto, mas sentido. e eu senti.
sentados à mesma distância do mar, mas em mundos diferentes. eu, com meu caderno no colo, rabiscava palavras que ainda buscavam algum sentido. ela, com os pés descalços, parecia não escrever, mas caminhar entre histórias com sua escultura de gravetos. seus olhos capturavam o horizonte, como se o vasto azul escondesse respostas que só ela sabia interpretar.
"Parece que o mar quer nos empurrar um pouco mais perto dele," disse, com aquela voz que já carregava a melodia de quem sabe acolher.
conversamos sobre o clichê e a poesia dos dias nublados. ela falava com a sabedoria de quem já havia enfrentado tempestades, mas sabia que cada uma trazia uma promessa de arco-íris. perguntou-me o que eu rabiscava, e quando mostrei os versos inacabados, seu olhar brilhou. "Você escreve o que sente ou sente o que escreve?" perguntou, me deixando sem resposta e completamente fascinado.
mais tarde, o sol finalmente venceu a batalha contra as nuvens. o céu ganhou cores vibrantes, e Paúba, antes melancólica, se transformou num quadro vivo de tons dourados e alaranjados. ela olhou para aquele espetáculo natural e comentou, quase sussurrando: "Tem coisas que a gente só entende quando para pra olhar."
aquele sorriso, que não era farto nem escandaloso, era na medida para impactar qualquer coração que carecia de um pouco de luz, me deu adeus. nos abraçamos, e foi ali, naquele instante, que entendi o poder da conexão coração com coração, bantendo no mesmo tom. era como se ela tivesse a chave para reorganizar qualquer desalinho do meu dia.
ao vê-la partir, percebi que não perguntei seu nome, mas também não precisava. pessoas assim não precisam de títulos ou etiquetas. elas são o momento, o instante de renovação. quando voltei para meu caderno, as palavras pareciam fluir com mais clareza. e no meio daquelas linhas, escrevi: "Ela tem um sorriso que é remédio, um raio de sol que aquece até os dias mais tempestuosos."
Paúba nunca mais foi a mesma para mim. e eu nunca mais fui o mesmo para o papel.
@19 de setembro de 2011
Eu desistiria da muitas coisas para tocar você,
sentir o cheiro do seu abraço
e o gosto de sua boca...
Você é o mais perto do céu que eu posso chegar
e quando estou 'perto' de você não quero voltar para casa...
Quando te sinto, tudo para,
e neste momento tudo que tenho para respirar é seu amor.
Uma vez eu já te disse,
que eu queria tanta coisa...
mas o que eu queria mesmo
era ser para você o que ninguém conseguiu ser.
A sociedade brasileira até hoje nunca conseguiu se livrar do mau cheiro deixado pela fragrância barata da colônia
Gostaria de ter você sobre os meus braços, sentir o seu cheiro e te abraçar. Falar tudo o que sinto, sem ter medo de ser julgado.
Seu olhar me encanta e seu sorriso aquece meu coração. E cada momento que passo ao seu lado, é o que faz meu dia ter valido a pena.
Contaminado
Do olhar até a voz,
da respiração ao cheiro,
das curvas ao calor intenso,
dos sorrisos ao caos,
do nada, tudo.
Fui contaminado.
Evite expor suas fraquezas ou problemas nas redes sociais.
Os tubarões sempre percebem o cheiro de sangue à distância.
Não é só saudade.
É um querer absoluto,
Um desejo insaciável
do toque,
do cheiro
do abraço,
do beijo,
do corpo suado.
dos nossos momentos
Saudade da gente.
_ Sueli Matochi
O amor sem confiança
É comida sem tempero
É o fim da esperança
É perfume sem cheiro
É nostalgia da lembrança
De um tempo verdadeiro
É uma música sem dança
De um simples devaneio
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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