Mulher Nota mil
A escuridão
da noite
caiu sobre
as nossas
cabeças,
A inflexão
da razão
não tem
dado paz
a coração.
Vivemos
num mundo
onde meia
dúzia
fala mal,
e acaba
gerando
matriz
de opinião,
Porque o quê
convém é não
se aprofundar,
para não dar razão
a quem de nós
é divergente.
Do Inferno
de cinco letras,
O General dos
meus poemas
foi levado
para o cárcere
da Polícia Militar
de Fuerte Tiuna,
Não há como não
se escandalizar,
Ele foi carregado sem
dar o último abraço
em quem ele ama,
Do lamento o quê
me pertence é
a poética para
deixar claro que
o quê segue
vigente é ignorar
o quê o outro sente.
Contadora sensorial
dos fatos
que têm
pesado
nos céus
da América Latina
e do quê um
povo sente,
E não tem
como falar,
Letras aqui
a poemizar
fatos que
nem graça têm.
Cada um tem
usado o nome
do General
do jeito
que quer,
Inclusive, eu nos
meus poemas,
E por parte uns
que não conhecem
o caso não está
sendo correto;
Ninguém é
mais criança
para sair
procurando
por problemas.
Contra o General
a intriga está
muito clara,
Só não vê
quem não quer,
Quem se exime
de assim ver
os fatos que
hoje têm ocorrido
com ele podem
ocorrer com
qualquer um
neste mundo,
Por isso insisto
do diálogo
me abster,
Porque está
tudo absurdo.
Não confirmaram
que o General
foi enviado
a Fuerte Tiuna,
No final da noite
disseram que
ele não foi
e que só há
a determinação
para levá-lo,
Dizem que
esta decisão
tem a ver com
o desastre
do dia 30 de abril,
Fato este que é
um absurdo,
Ele está enfermo
e no Inferno
de cinco letras
no entra nenhum
tipo de barulho.
O tempo inteiro
com cada um
de vocês e sem
que me vejam
estou presente,
No vento, na oração
e na canção que
vem de dentro;
É preciso buscar
a serenidade que
até o momento
não se cultivou.
A vida tem chamado
para dançar uma
música que jamais
será capaz de fascinar;
É preciso ouvir
sem deixar se perder.
Ninguém tem previsão
da libertação
da tropa e do General,
Um retrato que está
mais para Raio-X
de como não estão
tratando direito
quem se dedicou ao país.
Do Araguaney florido
Maio é o mês,
No céu de Caracas
eis o sobrevoo
das Guacamayas,
Neste exato instante
não sei se o General
dos meus poemas
está preso no Inferno
de cinco letras
ou foi enviado para
o isolamento total
em Fuerte Tiuna
para seguir preso
só que isolado
do mundo apenado
por uma prisão injusta.
Foi preso um
General acusado
de ordenar
falsos expedientes
contra quem
pensa diferente
e por ter se aliado
ao autoproclamado,
Se é verdade
que é culpado,
Ele oferece perigo
igual ao bloqueio
contra Cuba,
Porque quem obstrui
a verdade não
merece desculpa.
Do sumiço do tal
deputado ainda
é preciso saber,
A truculência é
urgente vencer.
Ser opositor não
tem nada a ver
com inimizade,
E sim com ponto
de vista diferente
em relação ao que
se pode enxergar
como realidade,
Quem pensa
diferente sempre
merece a liberdade.
O coração está sofrido,
sei de toda a urgência,
Para uns é preciso
ter clemência,
E com outros é
preciso ter paciência,
Só não dá
para fazer pedidos
sejam lá quais forem
seguidos de ofensas.
O General dos meus
poemas é inocente
e merece libertado,
E a tropa inocente
é preciso igualmente
em nome de fazer
justiça neste lugar;
Quero ver com os
meus olhos a paz
voltar a reinar,
Do jeito que a vida
está não pode continuar,
sei que você pode
contribuir para melhorar.
Da necessidade
sempre nasce
qualquer direito
sob a luz dos
olhos de Evita,
No mundo que se
permite enganar
pela tal lei
Helms-Burton;
Não mais busco
tentar convencer
quem busca
irredutível isso
não entender;
Há quem trabalhe
exaustivamente
para deixar
a América Latina
em escombros,
Tem gente que
é cúmplice
e outros tem
nos dado
até os ombros.
Não se sabe
onde está
o deputado,
Há mais de
um soldado
precisando
de nossas
orações,
Que Deus dê
tranquilidade
aos corações.
Canção total
para tentar
distrair a dor
do prejuízo
que a sua
alienação tem
me causado;
Desde sempre
no meu país
a educação
é o quê tem
mais faltado,
Tenho feito
de tudo
para manter
o meu espírito
alimentado
para que mais
de um General
seja libertado.
Nada será
como antes,
Mas não dá
para ficar
do jeito
que está,
Não sei
como se
encontram
o General
e a tropa,
Já era a hora
de alguém ter
dado conta
e a justiça
ter aberto
para a
liberdade
a porta.
Todos eles
estão sem
receber
visitas no
inferno
de cinco
letras
que são
vítimas,
Sobre eles
não li mais
notícias,
Dá ouvir
a dor das
torturas
sofridas,
O choro
dos filhos
e o das filhas.
Prefiro crer
daqui para
frente que
nada mais
de trágico
acontecerá,
Não quero
ver mais
nenhum
pássaro
da morte
enviado
para o nosso
continente
furtando
a nossa paz
e tirando
da vida
dos nossos,
Não quero
que essa
história
se repita
nunca mais.
O tenente que não
teve nada a ver
com o episódio
da tanqueta
já estava preso,
Há tanta gente
que nem deveria
estar presa,
e não tem previsão
de ver o sol
da justiça,
E tudo continua
por isso mesmo;
Os desertores
passaram
para a condição
de despejados
porque acreditaram
em quem não merecia.
Não deveria estar
me metendo,
Mas eu sigo mesmo
assim pedindo
pela vida e liberdade
da tropa injustiçada,
Por todos os fatos
que estamos vendo
já deveria ter
sido inocentada.
Um helicóptero caiu
e levou sete guerreiros,
Eis aqui as mais
sentidas condolências
de quem que já
viu esse filme,
Não entendo como
nessas horas ainda
exista gente que
consegue fazer
piada com tragédia,
Por isso o meu apelo
é pela paz, pela vida
e por um destino
novo neste século.
Sei que já deveria
ter me calado,
Mas não vi nenhum
passo favorável
em defesa do General
que é inocente,
Pergunto onde
foi parar a cabeça
dessa gente?
Sei que cada militar
é capaz de dar
a vida pela Pátria,
Mas eu quero cada
filho de Bolívar
vivo e reconciliado,
Para que tenham
vida para desfrutar
de um País recuperado.
Da forma
que o 'paladino'
do Império
sugeriu ao povo,
Intuí que o
Deus da Guerra
não dançará
na Venezuela
e nem no continente,
Por mais que uns
e outros tentem,
Só peço tudo
se acalme,
e me devolvam
o mar, a tropa
e o General
inteiros e com vida.
Ao som de Torrealba
não consigo cessar
de pedir para que
esclareçam de
uma vez as intrigas,
Não há como respirar
enquanto não abandonar
o quê abafa a alma.
Nas linhas do destino
escrevo de a minha
recusa de não
parar de falar,
enquanto a paz
não nos for
plenamente devolvida,
Precisamos de paz
na América Latina.
Não há como
não se queixar:
Há uma tropa
e um General
injustamente
presos há mais
de um ano,
Vítimas de mentes
perversas e não
há nenhuma
perspectiva
de alguém
ter a justiça
de os libertar.
Cinco jovens
foram ceifados
recentemente
desta vida
nas manifestações,
Seguem inúmeras
e injustas prisões.
Não há mais
nenhum espaço
para celebrar
a Cruz de Maio
porque ela nos
ombros do povo
está pesando,
e nas ruas
está distribuída.
Distribuíram
sopapos para
dez liberdades
de imprensa,
Só Deus sabe
para qual lugar
levaram presos
os onze médicos;
Alguém avisa
à eles que não
querer respeitar
cada uma delas
jamais compensa?
Tudo demonstra
que não há mais
limiar para dar
espaço para a
sensibilidade,
Disso tudo
sou como o
soldado ferido,
Porque a dor dele
também sinto.
A cifra de feridos
já está em 200,
O número de presos
saltou para 190,
Houveram 2 mortes,
Mas parece que
pode vir a variar
a cada hora,
E ainda tem gente
que acha lindo;
As vezes acho que
sou eu é que ando
em pleno delírio
porque não ando
mais acreditando
naquilo que vejo.
Está a me assombrar
de forma silenciosa
aquilo que não vejo
e não tenho nem
ouvido falar,
O General enfermo
que está preso
inocente e de uma
tropa igualmente,
Tenho receio que
estas histórias
sumam pelo ar.
Canção de todo
o dia primeiro,
de todo o mundo
que trabalha
e até do velho
tupamaro
que cansado
de tudo
pediu que se
desviassem
do que está
na frente;
Pois a vida
não está
nada contente.
Nunca é tarde
para entender
que é preciso
respeitar
o protesto social,
proteger a vida,
e não fazer
o uso da força;
Não efetuar
prisões arbitrárias
é necessário
da mesma forma
que controlar
o verbo maldito,
não acelerar
as tanquetas,
nos libertar,
rogar pela
libertação dos
presos políticos
e pedir para
devolver o mar.
Canção feita
para lembrar
da tropa
e do General
que o destino
não libertou,
e da saída
soberana
pelo Pacífico,
O seu coração
deve bater
por isso
e não deixar
o nosso
continente
se entregar.
Ontem 119
foram os detidos,
dentre eles 11
adolescentes
estão incluídos,
e eu nem mais
sei o quê dizer
a não ser pedir
que não permitam
que esse pesadelo
nunca mais
venha se repetir.
Era para ter
sido hoje,
mas começou
ontem mesmo:
uns deram
a conta de vinte
e cinco,
e outros
de oitenta
e três detidos,
Não importa
o saldo da conta
que sejam
um ou mil,
ela já está
muito cara;
já era hora
de ter parado
com isso,
não aceito
um arranhão
sequer mesmo
no mais
rebelde filho.
Fitas e máscaras
azuis para se
caracterizar
como parte da
Op. Liberdade
por um processo
de estabilidade,
Do futuro
só Deus sabe.
Censura a
dois canais
internacionais,
uma rádio,
Jornalistas
agredidos
e dezenas
de feridos;
Há jogos
de nervos
por todos
os lados,
Por mim pode
amanhecer
com o mesmo
Presidente,
só não pode
persistir
as mesmas
questões
não resolvidas.
Uma tanqueta
da GNB atropelou
manifestantes,
Não dá para
apática aplaudir
a barbárie,
Mesmo que eu
não seja ouvida,
Sou o dedo
na tua ferida;
Assim sigo
me queixando
pela prisão
da tropa
e do General
inocentes até
aonde não se
esgota a poesia.
Palavras
me faltam
porque
quem teve
o dever
de ter
conversado
para a gente
defender
eximiu-se
de fazer,
optou pelo
caminho
transtornado,
e o dia
nem encerrou,
e o resultado
está aí para
o mundo ver.
Estou sem
entender
como é que
permitem
um General
e uma tropa
na prisão
sem nada
terem feito
nada na vida
por merecer.
Ruas lotadas
de ambos
os lados,
o futuro
não há
como prever;
Divididos entre
enganados,
seduzidos
e autoexilados.
Não tenho
escrito tanto não
para desafiar,
E sim para
a dor de quem
não pode falar
tentar aliviar,
Pedindo como
quem reza
por uma
direção certa
para nunca
mais sofrer.
É noite estrelada
na imensidão da
nossa Abya Yala,
para te relembrar
da reivindicação
marítima da Bolívia
pela saída soberana
via Oceano Pacífico:
não vou descansar.
Oh, céus! Dividiram
os nossos povos
por causa dessa
disputa marítima!
Não há como cruzar
os braços e com
isso se conformar,
é um direito que
uns deixaram de
fazer jus a História
eis me aqui para
não deixar olvidar.
Na nossa terra
de todos os amores,
paixões e traições,
dói no peito em
saber que há gente
que não consegue
compreender que
discordar nada
tem a ver
com conspirações.
Oh, céus! Separaram
bravos militares
do melhor da vida
por causa de intrigas!
Não sei nem mais
em qual língua falar
para ser entendida,
só sei que a nossa
gente precisa se socorrer,
e ser socorrida porque
não há mais tempo a perder.
Minha Abya Yala,
terra de conspirações,
de mil traições
e de tristes prisões.
Não quero crer
que o diálogo
e a justiça
se tornaram
inalcançáveis
todo o santo dia.
Peço que me diga
que isso é mentira,
e que não passa de
mais uma intriga.
Não quero crer
que o General
e tantos outros
ficarão presos
em Fuerte Tiuna
por toda a vida.
Nessa epopeia
engoli o choro,
perdi o rumo
e até a rima.
Perguntar jamais
será ofensa:
- Que trama é essa?
É muito terrível demais
para a minha cabeça.
Dizem que
há uma
entrevista
circulando
aos quatro ventos,
Ela é por razões
bem óbvias
mentirosa
e filha de toda
falsidade,
Pois ele está
há mais de
um ano
injustamente
preso na prisão
de cinco letras
onde naquele
lugar até o oxigênio
passa muito mal,
e as vezes nem
sequer passa,
Sei que ali
há uma tropa
em igual injusta
e terrível desgraça
causada por gente
de imaginação
que vê chifre em
cabeça de cavalo
que prende porque
uns ouviram,
uns falaram
e outros calaram.
Por estes versos
eu respondo mim,
Elevo o grito
latino-americano
indignado
contando esta
outras histórias
com o coração
magoado,
e todo o santo dia
não me conformo.
Entenda para não
se levar por
qualquer intriga,
só quem pode ir
naquele maldito
lugar é a Família,
Não existe
nenhum grupo
de resistência
em nome
do General,
Quem insistir
em insuflar
que existe um,
merece ser
presenteado
com um nariz
de palhaço
em nome
do mais
rotundo rechaço.
Todas as vezes
que arrancam
da liberdade
ou da cela
um soldado
para torturar:
é a mim que
vem atirando
dentro de
um caminhão
blindado para
os meus gritos
o mundo externo
não me escutar.
É tempo de
deputado que
disseram que
preso não está,
não tenho ideia
onde ele foi parar,
Não há como
nem acreditar;
A catedral
foi cercada,
É melhor buscar
não saber
mais de nada,
Certas histórias
como o Yuruaní
deixo fluírem
na Gran Sabana
da existência
sossegada,
E isso não
me faz acovardada.
Só não consigo
parar de perguntar
pela tropa e o General
que para eles não
tem havido trégua,
e por eles tenho
rogado pela
fortaleza da paciência.
Agonizar em
solo pátrio
ou fora dele
é o dilema
do soldado
que não quer
ver o próprio
fuzil apontado
contra o seu
povo sofrido;
Sofro com ele
porque o sentir
na pele e pelo
povo tem feito
o peito doído,
Por isso todo
o dia dedico
um rosário
ao General
inocente
e pela tropa
igualmente
injustiçada
que estão
presos no
inferno de
cinco letras
e que não
mais soube
nenhuma notícia.
Relembro triste
dos ingênuos
enveredados
nas águas do
autoproclamado,
também tenho
a Deus orado
por eles todo
o santo dia:
porque foram
usados por
quem não
merecia ser
tão considerado.
Não é preciso
usar o Arco Minero
como argumento,
E nem crer
na armadilha
do dia primeiro;
É preciso usar
a cabeça
para não fazer
lágrimas como
as de Canaima
virem a verter,
Tens condições
nessa confusão
optar por não
se envolver.
Entre a mágoa
e o câmbio
de poder:
escolha viver,
Sei que é duro
o quê acabei
de te dizer;
Pois quem
ofertou uma
saída deveria
ter ao menos
o mínimo
para oferecer,
Embora sabe-se
que o presente
nada oferece.
O tempo está
correndo,
e de cansaço
a tropa vem
sofrendo,
Não dá para
esconder
este triste fato,
A ausência de
diálogo tem
custado caro,
Prenderam de novo
aquele deputado.
Do General não
há mais notícia,
Sinal que essa
prisão é o signo
dos que não são
afeitos a liberdade
só se alimentam
de pura crueldade.
Não queria ofender,
mas falar demais
é o meu fardo;
É a sede de querer
alimentar o amor
onde ele anda escasso.
Esses que andam
por aí mentindo
para si mesmos
que têm paz
na consciência,
Vivem sem sonho,
sem esperança
e têm uma
vida em vão
e de qualquer maneira.
Libertados foram
os comuneros,
Da tropa e do General
não posso dizer
se estão inteiros.
Do General mesmo
nada mais sei,
Não vejo no caso
dele nem mais lei.
O tempo nem mais
tem sido aliado,
Preso porque falaram
e outros nele
não acreditaram,
Ele está sacrificado.
Não adianta posar
de revolucionário,
E esquecer de
quem sempre foi
pelo povo dedicado.
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