Mulher 20 anos
Felicidade não se alcança com um "estalar de dedos",
"num passe de mágica", num forte desejo de ser feliz
ou em persegui-la, aqui fora, a qualquer custo...
Mas, em sabê-la sua companheira de longa data;
em perceber seus sinais nos mais simples acontecimentos,
e em não temer que ela o abandone...
É pássaro criado em liberdade
e como tal não pode ser engaiolado...
Comerá em sua mão
se você permitir que venha
e que fique por seu livre querer.
Cika Parolin
Procure distanciar-se
dos acontecimentos desagradáveis,
assim perceberá que as outras pessoas
vivem problemas bem maiores que os seus,
e que suas preocupações
são de fácil solução se comparadas
aos dramas e conflitos alheios.
É maravilhoso
ter alguém em quem realmente
se possa confiar.
Alguém a quem se possa abrir o coração,
sem receio de ser mal interpretado
ou que seus sentimentos mais pessoais
sejam levados adiante...Alguém que saiba
diferenciar um desabafo sobre algo passageiro
da sua realidade de vida. Alguém capaz
de compreender que: o que se diz ou ouve,
num momento difícil, é apenas reflexo daquele momento,
não, necessariamente, a totalidade de sua vida.
Um verdadeiro amigo ouve, conforta, auxilia... se possível.
E o mais importante: guarda apenas para si o que ouve.
Feliz de quem é abençoado
pela presença de um amigo, desse quilate, ao seu lado.
Cika Parolin
O bom senso, algumas vezes,
recomenda que se faça silêncio...
O que nem sempre é tarefa fácil.
Somos dotados de uma espécie de "sirene"
que nos avisa, insistentemente, para calar
mas, teimosamente, deitamos falação
e o estrago é feito...
Se parássemos para pensar
e ouvir nossa intuição, certamente,
muitos desencontros seriam evitados
e caminharíamos com mais leveza
nesse mundo de sensibilidades tão afloradas.
Cika Parolin
No meu semelhante brilha uma partícula divina... respeitando-a, posso alegrar-me com ela. Do contrário torno-me cego ao amor fraterno que poderia distribuir e receber.
Cika Parolin
Uma gaiola , mesmo de ouro,
sempre será uma gaiola...
Jamais permita que sua sagrada liberdade
seja comprada por brilhos enganosos.
Cika Parolin
Não percebo a Felicidade
como meta a ser alcançada...
Mas, como algo que já existe dentro de nós.
É aquela disposição de não se deixar abalar
por acontecimentos externos...e saber que
cabe, apenas, a nós decidir como reagiremos a eles.
De minha parte tento manter inabalável
a minha alegria interior.
Cika Parolin
Quem secretamente se alegra
com o infortúnio alheio,
sempre acaba deixando vestígios
de insensibilidade pelo caminho.
Altamente perceptíveis...
Cika Parolin 20 de maio de 2016
E no meio de todo o caos que é a minha vida, você apareceu. Eu quis que você ficasse e te ofereci abrigo em meu coração, mesmo sabendo que você odeia bagunça. O que eu não sabia era que você gostava do perigo e de pessoas diferentes. Então você me disse, sem pestanejar, que queria ficar e foi logo se aconchegando nos meus braços, no meu coração e na minha bagunça.
Eu só preciso te ver, só para lembrar o quanto foi bom ter você e para te manter viva em mim. Você não sabe, mas são as nossas lembranças que me mantém vivo. Porque de certa forma, acredito que você ainda vai ser minha. Por um descuido ou por pura poesia.
A falta que você me faz afeta as arterias do meu coração, ele falha toda vez que eu lembro de você.
Que nossos olhos, os olhos do povo, possam ver.
Que o nosso coração, pela nossa emoção, esteja atento, não nos engane...
E Que a nossa razão não nos envaideça.
Tudo em você tem jeito, cor e cheiro de lar... talvez seja por isso que eu sempre quis morar em você.
Eu sou extremamente quente, mas também sou extremamente frio. Sempre tento andar com as pessoas por um desses extremos, de acordo com o merecimento de cada uma delas. Porém, tento nunca andar pelo meio, porque o meio termo é o meu esquecimento e as aconselho que não queiram que eu ande por lá com elas, porque eu não costumo lembrar de quem ouso me esquecer.
Meu coração virou gaveta, vive guardando tudo que vê e escuta. Acho que por isso que de vez em quando ele transborda, ninguém aguenta o peso de guardar tantas mágoas e dores sem uma hora querer chorar. Já morri afogada várias vezes e ninguém percebeu.
RONDÓ DE MULHER SÓ
Estou só, quer dizer, tenho ódio ao amor que terei pelo desconhecido que está a caminho, um homem cujo rosto e cuja voz desconheço.
Sempre estive duramente acorrentada a essa fatalidade, amor. Muito antes que o homem surja em nossa vida, sentimos fisicamente que somos servas de uma doação infinita de corpo e alma.
O homem é apenas o copo que recebe o nosso veneno, o nosso conteúdo de amor. Não é por isso que o homem me atemoriza, quando aqui estou outra vez, só, em meu quarto: o que me arrepia de temor é este amor invisível e brutal como um príncipe.
Quando se fala em mulher livre, estremeço. Livre como o bêbado que repete o mesmo caminho de sua fulgurante agonia.
A uma mulher não se pergunta: que farás agora da tua liberdade? A nossa interrogação é uma só e muito mais perturbadora: que farei agora do meu amor? Que farei deste amor informe como a nuvem e pesado como a pedra? Que farei deste amor que me esvazia e vai remoendo a cor e o sentido das coisas como um ácido? É terrível o horror de amar sem amor como as feras enjauladas.
É quando o homem desaparece de minha vida que sinto a selvageria do amor feminino. Somos todas selvagens: são inúteis as fantasias que vestimos para o grande baile. Selvagem era a romana que ficava em casa e tecia; selvagens eram as mulheres do harém, as mais depravadas e as mais pudicas; selvagem, furiosamente selvagem, foi a mulher na sombra da Idade Média, na sua mordaça de castidade; mesmo as santas - e Santa Teresa de Ávila foi a mais feminina de todas - fizeram da pureza e do amor divino um ato de ferocidade, como a pantera que salta inocente sobre a gazela. E selvagem sou eu sob a aparência sadia do biquíni, olhando a mecânica erótica de olhos abertos, instruída e elucidada. Pois não é na voluntariedade do sexo que está a selvageria da mulher, mas em nosso amor profundo e incontrolável como loucura. O sexo é simples: é a certeza de que existe um ponto de partida. Mas o amor é complicado: a incerteza sobre um ponto de chegada.
Aqui estou, só no meu quarto, sem amor, como um espelho que aguarda o retorno da imagem humana. O resto em torno é incompreensível. O homem sem rosto, sem voz, sem pensamento, está a caminho. Estou colocada nesse caminho como uma armadilha infalível. Só que a presa não é ele - o homem que se aproxima - mas sou eu mesma, o meu amor, a minha alma. Sou eu mesma, a mulher, a vítima das minhas armadilhas. Sou sempre eu mesma que me aprisiono quando me faço a mulher que espera um homem, o homem. Caímos sempre em nossas armadilhas. Até as prostitutas falham nos seus propósitos, incapazes de impedir que o comércio se deixe corromper pelo amor. Quantas mulheres traçaram seus esquemas com fria e bela isenção e acabaram penando de amor pelo velhote que esperavam depenar. Somos irremediavelmente líquidas e tomamos as formas das vasilhas que nos contêm. O pior agora é que o vaso está a caminho e não sei se é taça de cristal, cântaro clássico, xícara singela, canecão de cerveja. Qualquer que seja a sua forma, depois de algum tempo serei derramada no chão. Os vasos têm muitas formas e andam todos eles à procura de uma bebida lendária.
Li num autor (um pouco menos idiota do que os outros, quando falam sobre nós) que o drama da mulher é ter de adaptar-se às teorias que os homens criam sobre ela. Certo. Quando a mulher neurótica por todos os poros acaba no divã do analista, aconteceu simplesmente o seguinte: ela se perdeu e não soube como ser diante do homem; a figura que deveria ter assumido se fez imprecisa.
Para esse escritor, desde que existem homens no mundo, há inúmeras teorias masculinas sobre a mulher ideal. Certo. A matrona foi inventada de acordo com as idéias de propriedade dos romanos. Como a mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita, muito docilmente a mulher de César passou a comportar-se acima de qualquer suspeita. Os Dantes queriam Beatrizes castas e intocáveis, e as Beatrizes castas e intocáveis surgiram em horda. A Renascença descobriu a mulher culta, e as renascentistas moderninhas meteram a cara nos irrespiráveis alfarrábios. O romancista do século passado inventou a mulherzinha infantil, e a mulherzinha infantil veio logo pipilando.
O tipos vão sendo criados indefinidamente. Médicos produzem enfermeiras eficientes e incisivas como instrumentos. Homens de negócios produzem secretárias capazes e discretas. As prostitutas correspondem ao padrão secreto de muitos homens. Assim somos. Indiquem-nos o modelo, que o seguiremos à risca. Querem uma esposa amantíssima - seremos a esposa amantíssima. Se a moda é mulher sexy, por que não serei a mulher sexy? Cada uma de nós pode satisfazer qualquer especificação do mercado masculino.
Seremos umas bobocas? Não. Os homens são uns bobocas. O homem é que insiste em ver em cada uma de nós - não a mulher, a mulher em estado puro ou selvagem, um ser humano do sexo feminino - o diabo, a vagabunda, a lasciva, o anjo, a companheira, a simpática, a inteligente, o busto, o sexo, a perna, a esportista... Por que exige de nós todos os papéis, menos o papel de mulher? Por que não descobre, depois de tanto tempo, que somos simplesmente seres humanos carregados de eletricidade feminina?
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