Motivos de Amar uma Mulher
As pessoas querem ser idolatradas por terem tomado uma atitude correta, sendo que ser correto deveria ser obrigação, e absolutamente normal.
Quando vejo uma pessoa ruim enganando e prejudicando muitas pessoas boas, logo penso que pra cada 1 pessoa de má índole, existem 20 pessoas de bem, ou mais. Concluo, então, que no mundo ainda existem mais pessoas boas do que ruins.
Hora do cafezinho
Todas as manhãs, uma coisa é certa: o brasileiro só começa o dia após tomar uma boa xícara de café. Forte ou fraco, adoçado ou não, puro ou com leite... a única exigência é que esteja quente. A temperatura libera os aromas característicos da bebida, e aquele vaporzinho do café pela manhã parece se misturar com todos os nossos pensamentos, desejos, preocupações, anseios e emoções. É como se viajássemos por alguns segundos para outra dimensão, envoltos naquelas notas almiscaradas e em nossos primeiros pensamentos do dia. Eu diria que é quase um risco ficar alguns bons minutos vagando por essa saborosa atmosfera. Todo o ritual de segurar a xícara, permanecer com ela quase encostada no nariz, e com a cabeça longe nos dá alguns segundos de prazer em transe. E aí, como mágica, de repente você acorda pela segunda vez, olha no relógio, e volta à realidade de engolir o pão, e sair correndo. Para o dia, para a vida, para a entrevista, para o médico, para os afazeres da casa. Todos sempre temos muito a fazer. Mas aquele momento... aquela sensação, aquele sabor, aroma e reflexão, sempre faz falta em alguma parte do dia. E aí, como todo bom brasileiro, tomamos o nosso segundo cafezinho. Mas... nunca chega a ser tão saboroso quanto o primeiro!
A paciência é uma virtude daqueles que colhem os melhores frutos, e não ficam colhendo e tropeçando em frutos podres do caminho. Sabem cultivar as melhores sementes, e esperar para então sentir o sabor único do mais doce mel.
A justiça do mundo está resumida em uma pequena expressão, simples e, graças a Deus, verdadeira.
Você colhe o que planta.
Pode escolher sempre o que plantar,
mas nunca o que colher.
Se você plantou amor, colherá.
Se ainda não colheu, a hora certa irá chegar.
Se plantou mentira, não poderá colher verdade.
Se ainda não colheu, sua hora vai chegar.
Se Deus quiser!
Água
Uma palavra tão comum...
O que é água? Instantaneamente pensaremos na palavra vida. E tantas outras coisas...
Substância sem cheiro, sem cor, sem gosto. Aprendemos na escola sua fórmula, toda simples e sem graça. Aprendemos a desenhá-la toda azul, aprendemos seus estados variados. Aprendemos que sem ela, a Terra não poderia ser um planeta habitado. Vemos na TV pessoas tentando encontrá-la poraí afora, em Marte. Aprendemos sobre sua força, fundamental para gerar energia.
Substância tão simples, tão equilibrada, tão comum pra quem mora no sudeste brasileiro. Ela sai no chuveiro, sai na torneira, a vemos nos rios e lagos e em todas as paisagens... a vemos no aquário, na praia, na garrafa, nas cachoeiras.
A sentimos ao tomar banho, ao mergulhar, ao lavar as mãos, ao preparar o almoço, ao fazer xixi, ao suar na academia, ao tomar banho de chuva. Lá está ela, protagonista absoluta da maioria das ações do dia a dia, fundamental em todos os seus estados, habitat para milhares de vidas estando sólida e gelada, líquida, gasosa, maior porção do nosso planeta. Em tudo, ela está. Por ser tão comum, se torna ás vezes, imperceptível. Tão cara e desejada é a informação se simplesmente irá chover ou não, para o mundo.
Eu, sendo de peixes, signo da água, deveria mergulhar em seus mistérios. Quase nasci no teu dia, 22 de março. Mas não sei por qual razão, até hoje te resisti. Água. Não sei se foi algum trauma, ou se foi por não ter cor ou sabor. Aprendi o quão importante você é para os alimentos, te reagi na química, te dei para os tomates que plantei na pesquisa, te usei para todas as soluções que prepararei. Mas não te dei a mim, e nem me entreguei a você. Sabia que, desde os 6 meses, o que eu mais precisaria era beber-te, pois tu me sanarias. Mas não o fiz. Os médicos diziam que deveria beber um rio por dia. Mas te olhava e te ignorava.
Como é difícil filtrar. Desde bebê, me sinto assim. Filtrar as palavras duras, a maldade, a ignorância, a violência. Por que o devemos fazer, sendo que é tão feio, tão ruim, tão errado? E quantas vezes fui magoada... e não sabia lidar. Assim, isso reflete na minha anatomia. O grande filtro das substâncias ruins não me funciona muito bem, porque não lhe dou o meio. A água. Resisto.
Isso me custa muitas infecções, idas ao médico, mal estar. Desde pequena, segurava até o fim a ida ao banheiro. Nunca foi confortável, para mim, filtrar. E deixar ir.
Pois é. Até que você veio me mostrar, com uma dor alucinante, o quanto você é importante. Te deixei tão alheia que você endureceu dentro de mim, virando milhares de pedrinhas. Tanto não queria te soltar, que você, por conta, resolveu mais não sair de mim. Tanto evitei o filtrar, que agora meu filtro, cansado, simplesmente acostumou-se. E disse que tudo bem se ele não trabalhar.
E assim, eu caí em mim. Depois da dor, do desespero, busquei soluções. E lá estava você. Aquela soberana protagonista do mundo, a qual eu, querendo viver negando a vida, me rendi. Sim.
Depois de tanto caminhar, 31 anos ou mais, te vendo como inimiga, hoje te dou as mãos... quero você dentro de mim, como é pra ser... para que eu saiba que viver é, sim, ter que conviver com coisas boas e coisas ruins... mas que podemos escolher o que fica e o que vai.
A partir de hoje e por toda a minha vida, ao te olhar dentro do copo ou em uma garrafa, irei me recordar de todos os ensinamentos que, à duras penas, aprendi... mas como você ainda existe, eu também posso existir.
Até hoje não descobrimos como te criar... pois você sendo tão simples, é ao mesmo tempo, tão complexa, tão misteriosa, tão magnífica e tão imponente. Se todo o mundo depende de ti, por que logo eu não dependeria? Quanta onipotência, quanta prepotência!
Eu agradeço, imensamente, por ouvir o ruído de você saindo de mim, e levando tudo que não é pra estar.
Beba água, muita água. Sempre. Agradeça se você tem acesso fácil a ela. Agradeça se você tem os rins funcionando, a bexiga. E cuida bem. Principalmente, cuida bem dela. Da água do nosso planeta.
Como ela irá filtrar as substâncias nocivas se já estiver contaminada?
Deixa ela trabalhar. Em você, em mim, e em todos. Deixa ela como ela deve estar. Sim, simples, sem cor, sem cheiro, sem gosto, tão límpida, pura, translúcida, inocente, para levar as impurezas do mundo, e para lavar a alma que sente.
Assim como todo veneno possui um antídoto, toda dor tem uma cura... A dor às vezes é necessária para apontar onde devemos crescer. O desafio está em encontrarmos o caminho para nos curar. Somos um complexo sistema e como tudo neste mundo, funcionamos com estímulos e respostas. Ações e resultados. A vítima que recebe uma picada venenosa precisa agir para buscar o antídoto e passar da vitimização para a ação, e assim colher o resultado da auto-cura e realização.
Humildade é reconhecer que todo grande rio vem de uma pequena nascente... é ter consciência de que só se cresce nos encontros do percurso... e só se sobrevive se houverem sempre outras águas para unir-se e abraçar.
A formiguinha diferente
Era uma vez uma formiga.
Ela nascera em um dos milhares de ninhos de formigas que existem por aí.
Quando era pequena, ficava admirada com as outras formigas, que iam e vinham, rapidamente, trazendo alimentos e mais alimentos para o ninho.
Sentia que gostaria de fazer isso o mais breve possível. Portanto, enquanto ainda não podia trabalhar e sair pelo mundo, ela estudava maneiras de otimizar o trabalho, de conservar os alimentos, de se comunicar com as outras formigas e de ajuda-las. Ao invés de brincar, ela sentia que deveria estudar. E se preparar.
Ao mesmo tempo, seu coração se enchia de piedade por aqueles que, por alguns motivos, não conseguiam simplesmente trabalhar ou desempenhar alguma função. Algumas formigas tinham medo de sair, outras tinham alguma pequena deficiência, outras tinham algumas histórias para contar do porque simplesmente não podiam ajudar. E ela as ouvia, com empatia e generosidade.
Finalmente, chegou o dia em que ela iria poder sair e vivenciar o que era tudo isso. Estava ansiosa. Foi observando como os outros faziam, com cuidado, para não falhar. E começou a sua jornada. Às vezes, ela achava um pedaço de alimento mais interessante. Mas, ao invés de pegá-lo para si, mostrava para outra formiga e entregava para ela, que saia feliz e contente e agradecida. Às vezes, ela deixava o que estava fazendo para ajudar alguma companheira, e acaba voltando sem nada, mas com o sentimento de que fez uma boa ação durante o seu dia.
Às vezes, encontrava em seu caminho alguma formiga imprudente, que por isso mesmo comia todo o alimento que havia coletado, ou, por estar distraída o dia todo, estava devendo vários dias de produção. Então, ela, compadecida, lhe dava do seu estoque de alimento, e também cumpria jornada extra para repor o que a formiga imprudente tinha perdido.
Às vezes, alguma formiga estressada, reclamava para ela do trabalho, ou da vida, e ela, generosa, se oferecia para carregar o alimento da outra formiga, e acabou que, quase sempre, estava fazendo isso.
E ainda haviam formigas no ninho, aquelas que ela tinha cuidadosamente escutado, e entendido, levando no coração todas essas histórias. Por isso mesmo, ao sair para sua jornada, sabia que deveria fazer tudo por ela e também por aquelas que, por “n” motivos, não conseguiam ajudar. E elas acabaram contando com isso, sempre.
Mas a verdade era que, a formiga sempre tentava fazer o seu melhor. Apesar disso, o chefe das formigas estava sempre bravo e descontente com seu comportamento. Mas, dentro dela, embora buscasse a aprovação do chefe e de todos, ela sabia que contribuía não só com a produção, mas com as suas boas ações para com os demais. Isso era o que mais importava.
Acontece que, certo dia, a formiga se sentiu estranhamente cansada. Para sua tristeza, ela se sentia adoecida e não sabia por que. Avistou, de longe, uma amiga que ela havia ajudado, e que encontrara um alimento melhor naquele dia. Pediu se poderia ficar com ele, para poder se alimentar bem e talvez, recuperar as suas forças, mas a amiga, estranhamente, disse que havia visto primeiro. E ela entendeu. Era justo.
Então, foi caminhando e encontrou algumas formigas que ela havia ajudado, todas ocupadas levando suas coisas. E ela perguntou se poderiam ajuda-la, carregando um pouco para ela também, pois aquele dia ela não conseguiria. E ouviu vários nãos das formigas ocupadas com suas próprias responsabilidades e necessidades.
Então, encontrou a formiga imprudente, que estava forte e bem alimentada. Pediu se naquele dia, ela poderia dividir com ela algum alimento e se poderia, até que ela se recuperasse, substituí-la. Mas a formiga achou que se a ajudasse agora, ela poderia ficar mal acostumada.
Finalmente, voltou para casa sem nada, e um pouco triste. Foi procurar as formigas que ficavam no ninho e que ela auxiliava, para desabafar um pouco. Mas as formigas estavam zangadas com ela, porque não estava mais ajudando e colaborando, já que sabia que elas precisavam e não podiam, por suas razões, fazer o trabalho.
E se sentiu sozinha e sem nada. Perguntou-se o que vinha fazendo da vida, além de levar muitos pesos nas costas e, no fim das contas, não ter feito nada por si mesma.
Passou dias depressiva, solitária, pensativa. Ninguém entendia o que estava acontecendo com a formiga, mas também não se importavam. Achavam que ela estava, talvez, dramatizando a vida demais. A maioria, na verdade, nem a notava. Dentro dela, ela só pedia para Deus devolver as suas forças, para que ela pudesse continuar fazendo tudo da maneira que vinha fazendo, e para não perturbar ou atrapalhar ninguém à sua volta. Mas Deus parecia não escutá-la.
Foi então que, em meio a tudo isso, e esta dor que estava sentindo, que ela percebeu certas coisas da vida. Ela viu que as outras formigas sobreviveram bem sem ela, e continuaram suas vidas, independentemente de sua ajuda ou existência. À duras penas, ela enxergou que ajudar alguém não significa que o contrário será verdade. Ela percebeu que o chefe das formigas nunca reconheceria nada do que ela fazia, porque seus olhos eram diferentes do dela. Ele nem ao menos enxergava, porque um chefe só enxerga aquilo que quer. E ela percebeu que cumprir a função de outras formigas não as ajudavam, apenas as impediam de cumprir seu papel ou de colher os próprios resultados. E que ela não tinha o poder de mudar a vida de ninguém, e finalmente, de salvar ninguém.
Porque, na verdade, ela deveria salvar a si mesma. Agora se sentia livre daqueles pesos desnecessários. Portanto, percebeu que ela tinha estudado bastante, que este era o seu diferencial, mas que nem utilizava seu conhecimento. Ela nem ao menos se conhecia. Percebeu que, produzir para os outros em prol de produzir para si mesma, não a tornava uma heroína, pelo contrário, a tornava, na verdade, improdutiva.
E, agora, com toda essa consciência adquirida, ela aprendera o turno certo da vida. Se tornou diferente, apesar de sua essência ser a mesma. Descobriu que ajudar não significa ter que se prejudicar. Descobriu que amigo é diferente de colega ou conveniência. Descobriu que, em meios às dificuldades, se ela não pensar em si, ninguém irá pensar. Descobriu que não precisa se responsabilizar pelos resultados de ninguém, a não ser pelos seus próprios. Descobriu que ter alguém para contar nos momentos ruins é muito, muito raro, quase um milagre. Descobriu que não tem que se culpar por não agradar a todo mundo. Mas que valia a pena estar próximo de quem realmente gostava dela, do jeito que era, e que a valorizava, mesmo quando ela não tinha nada para dar.
Hoje em dia, a formiga está em busca de seu próprio caminho. Desistiu de carregar um ninho, que nem mesmo era seu. Abandonou as pessoas que ela tanto amava, mas que não era recíproco. Aprendeu que um ambiente hostil pode ser trocado por um ambiente saudável. Mas aprendeu que, mais importante que ser amada, é amar-se. Mais importante que ajudar, é ajudar-se. Mas importante que agradar, é agradar-se. Mas importante que ser respeitada, é respeitar-se. E mais importante que ser valorizada, é valorizar-se.
Ah, e percebeu que Deus sempre esteve com ela, durante todo o tempo. E que, na verdade, não mudou a situação da formiguinha quando ela pedira, porque estava usando a situação para mudar a formiguinha. E fazê-la crescer.
Um dia, a formiga conta o resto da história.
Até a próxima!
Eu esperei. Confesso que esperei. Lá no fundo, eu fiz orações, fiz uma prece, e tinha muitas esperanças e expectativas. De que você iria reaparecer um dia qualquer, do mesmo jeito ou melhor do que o dia em que você surgiu inesperadamente na minha vida. Eu tinha aquela esperança boba, aquela certeza incerta de que você enxergaria sei lá o que no fundo do seu coração, e que finalmente despertaria de um sono profundo e notaria o nosso relacionamento de uma forma diferente. Que você veria com todas as letras tudo o que faltou você fazer por nós enquanto eu estive do seu lado. Que uma luz surgisse na sua cabeça, e que a distância finalmente te chacoalharia os miolos, neurônios, e, principalmente, os sentimentos. E que a venda caísse e surgisse aquele amor puro e profundo, que eu sempre pensei que estivesse adormecido, encoberto, ou abafado dentro de você. Eu acreditei sim, que seria pra sempre, e que você me amaria até ficarmos velhinhos e esquecidos. Tipo “Diário de Uma Paixão.” Quem nunca fantasiou com esse filme tão maravilhosamente perfeito? Sim... eu raciocinei que o tempo te faria bem. Que seria uma fase de descobrimentos. Que um dia, tudo o que eu criei tanta expectativa iria finalmente acontecer. A vida juntos, a segurança, o casamento, a família, o companheirismo. Mas os dias foram passando. No começo me senti livre, depois me senti bem, depois me senti feliz. Mas, eu não tinha percebido que parte desta plenitude morava na esperança que eu tinha de que tudo ficaria bem. E melhor. Que um milagre iria acontecer. Que tudo seria como deveria ser. Como poderia ter sido. Diferente. Completo. Bom. Ótimo. Maravilhoso. Esplêndido. E os dias passaram. E tudo aconteceu de uma forma surpreendentemente igual. Mensagens vazias. Iniciativas em cima do muro. Correr atrás? Melhor dizer que você apenas correu os dedos pra digitar uns 2 e-mails. E algumas palavras no WhatsApp. E aí eu parei pra pensar. Pra definirmos que estávamos namorando, eu tive que tomar a iniciativa. Pra decidirmos noivar. E pra decidirmos terminar. Que diabos, então, eu estava esperando? Aliás, que mundo eu estava vivendo até ontem, quando finalmente me toquei de que não, não vai acontecer nada, a menos que eu mesma faça acontecer alguma coisa?
E aí, eu senti. Toda a realidade caindo sobre as minhas costas... tão dura quanto um pedaço de concreto de 200 kg. Tão áspera quanto um asfalto velho e cinzento. Tão difícil quanto um problema de cálculo 5. Tão dolorosa quanto bater o dedinho do pé na quina da mesinha da sala. É. Não vai dar. Dessa vez, não vai dar pra eu me auto-sabotar buscando amor no vazio que é você. Não vai dar pra eu transformar o seu ponto de interrogação em uma exclamação, apenas em um simples ponto final. É isso. É o fim das esperanças, das orações, das olhadas no celular pra ver se acontece algo. É o fim do fim, o fim da nossa vida, e o começo da minha, sem você. Sem carregar aquele sorriso besta de esperança de que você irá voltar com um buquê de rosas vermelhas e a certeza no seu olhar e no seu coração. Parei. Chega de ilusão. É hora de partir pra um caminho sem você. Sem expectativas. Sem mentiras. Sem confusão. Sem insegurança. Mas com muitas possibilidades. E nenhuma que envolva você.
Uma das maiores dores do ser humano é, sem dúvidas, a de dizer adeus a alguém que amamos ou que, por muito tempo, foi o amor da nossa vida.
A nossa alma, embora machucada, ou cansada, ainda está conectada àquela energia, um tanto quanto desgastada e apagada, mas está. Quando decidimos romper o relacionamento, o rompimento se dá em todas as esferas possíveis. O choque é inevitável na área da memória do que foi bom, dos lugares por onde andaram e foram felizes... das comidas que dividiam, do cheiro, das conversas, de tudo o que compartilharam e, que, naquele exato segundo de tempo, fazia muito sentido. Milhares de fotos, vídeos, milhares de lembranças de um tempo bom em que tudo parecia que ia durar para sempre. Parece um desmembramento, um corte profundo, parece que leva um pedaço de você. E, de fato, leva.
Tudo, absolutamente tudo o que foi bom, faz falta. E como faz. O som da voz, o rosto, a velha camiseta em que você deitava a cabeça, e se pegava imaginando como seria o futuro entre ele e você. Embora, no final dos tempos, as imagens na sua cabeça fossem mais duvidosas e incertas, era bom estar naquele conhecido cantinho tão seu, quentinho e confortável.
Mas a vida muda. As pessoas mudam. Você muda. Os planos passam a não ter o encaixe perfeito. As discussões se tornam cansativas. A realidade fica pesada. E você já não acha tanta graça andar naquele jardim bonito de mãos dadas com seu amor... já não tem tantas expectativas sobre o futuro. As incertezas insistem em aparecer quando se olha no olho do outro. Para onde foi aquele casal tão perfeito e cheio de energia e esperanças de um futuro bom? Deu lugar a um casal desanimado, com medo de falar de planos, por medo de ver o quanto discordam e o quanto estão desconectados.
Se você já chegou no rompimento, sabe que, primeiro, teve de aceitar o peso da derrota. Teve de encarar que o futuro que desenhou na cabeça não iria nunca mais acontecer. Nem de verdade, nem em pensamentos. Os sinais já nos foram dados lá atrás, no passado, e agora tudo vem à tona, daquilo que você nunca quis enxergar. Este lugar é sombrio e frio. Você não sabe se sente culpa por não ter enxergado, ou se sente tristeza por não ter conseguido, ou se sente bem por ter, finalmente, percebido. E como é difícil a aceitação de ter que deixar ir. O cérebro nos leva para a lógica do desapego, mas o coração nos leva para o aconchego da ilusão. Será que não poderá, ainda, dar certo? Será que não tem mais chances?
Você pega a última esperança que existe, pega toda a força do ar que entra e sai de um suspiro, pega o que é de mais sagrado nas suas entranhas e profundezas e tenta mais uma vez, tenta consertar o que já tá quebrado, tenta sentir aquilo que sentia antes, tenta resgatar as boas memórias e ressuscitar a imagem errônea que você tinha do outro e do relacionamento. E aí, mais tarde, o choque da realidade é mais bruto do que o anterior. A briga se torna mais feia e mais desconexa, a vida fica sem total sentido. As dores aumentam a cada conversa, a cada palavra trocada. Dói ter que desistir, mas ficar parece que dói eternamente. Parece que doerá mais a cada dia.
Você percebe que chegou a hora de mudar. Aquele ciclo já se encerrou, e você se machuca demais tentando caber nele. Machuca o outro por não soltar. Você imagina os rostos dos parentes e conhecidos, assombrados com seu rompimento. Imagina aquele lado do guarda roupa vazio. E o seu coração mais vazio ainda. Imagina os sonhos daquela viagem junto indo embora, como uma nuvem que se dissipa no céu. Imagina a caminhada sozinha. Imagina ir à padaria sozinha. Imagina passar o final de semana inteiro sozinha. Imagina a sensação de abandono ao ir ao mercado e não ter ninguém para segurar a segunda sacola.
E, depois, você se dá conta de que você sobrevive, afinal, você precisa continuar respirando. Se dá conta de que existem milhares de pessoas se desconectando diariamente e que irão sobreviver também. Você se lembra de ter sobrevivido a isso uma vez, duas vezes ou mais. Se lembra de que ainda dá para ir à academia sozinha e cuidar de você, que dá para achar sentido em fazer o cabelo no salão, em fazer as unhas e colocar aquele vermelhão, que dá para ir ao cinema e gostar da pipoca e do filme. Você continua vivendo, de maneira diferente, mas continua vivendo. Você não entende por que, mas continua em frente.
Até que, lá na frente, com o homem certo, abraçada na chuva recebendo o melhor beijo do mundo, você obtém, finalmente, as respostas, e todas as vezes que você foi desconstruída, fazem total sentido, e o mundo poderia acabar ali. E o melhor de tudo é que ele não acaba.
A importância de cortar o cordão umbilical
Tempos atrás eu vivi uma mudança em minha vida, pouco tardia, mas vivi.
Troquei de cidade, de emprego, sai da casa dos meus pais.
Mas como toda boa mudança vem com dificuldades, comecei a senti-las. O começo sempre é o mais difícil.
A zona de conforto não existe mais, dando lugar a todos os desconfortos possíveis e inimagináveis.
E aí dá aquela saudade da casa dos pais, da proteção, do bálsamo que é ser somente um filho. Em que todas as responsabilidades são, na verdade, de nosso pais.
Dia desses, liguei pra casa. Minha mãe não estava, então falei com meu pai.
Comecei a chorar as mazelas. Surpreendentemente, ele me disse com toda a sabedoria, mesmo com a perceptível dor, que um pai pode tirar de suas mais profundas entranhas: filha, você tem que enfrentar. Todo mundo está passando por isso. Aqui era muito fácil! Você tem que seguir em frente. Tudo tem seu tempo certo.
Eu estranhei, pois até o último dia, antes de eu sair de casa, ele tinha esperanças de que eu não fosse partir.
Mas eu concordei. E depois, refletindo sozinha, eu percebi a riqueza daquele momento em minha trajetória.
É preciso cortar o cordão umbilical, se quisermos crescer e ter uma vida fora do útero de nossas mães, e fora do telhado de nossos pais. É preciso ralar os joelhos e aprender a passar o mertiolate sozinho. E assoprar.
É preciso queimar os navios ao desembarcar na praia, e enfrentar a guerra sem a opção de voltar. É ganhar ou ganhar.
Mas eu percebi que, se dependesse de alguns pais, os filhos pegam os navios, mas eles sempre ficam atracados lá na margem, pra que os filhos possam, um dia, retornar.
É preciso, papai e mamãe, riscar o fósforo, e incentivar. É preciso dar a tesoura para os filhos para os encorajar a cortar. É preciso deixar os filhos navegarem, e diante das tempestades, apenas dizer: filho, você consegue ultrapassar.
A importância desta atitude não tem preço, é bonito ver um pai que sabe que, por mais que doa em seu coração, o filho não nasceu para ser uma lagarta dentro do casulo, precisa ser borboleta e aprender a voar.
Existem pessoas que deixam uma saudade na alma.
Sim… após tantos meses, tantas conversas, toques, palavras e pessoas… após ir e vir, caminhar livre poraí, após sorrir demais ou também chorar, após viver e viver uma vez mais, me pego sentindo saudades de um lugar… e este lugar é você.
Uma saudade sem maiores explicações, sem uma razão aparente de ser. Sim, sem nenhum fundamento. Uma vontade de saber apenas: como vai você? Teria conseguido voar? Teria conseguido voltar? Estaria já em um novo lugar? Não sei dizer. Nunca mais eu disse, e nem você. Mas sem dizer, eu sinto. E neste sentir, bate uma saudade.
E é uma saudade bem estranha de ser. Afinal, me pergunto… será mesmo que chegamos, de fato, a nos conhecer? E seria isso, assim, tão necessário?
Eu julgo certamente que não… não este conhecer que conhecemos. Pois é como se eu já te conhecesse profundamente. E é só isso que sei dizer.
Que te conheço mais do que conheci qualquer outra pessoa… e que a falta que você me faz é uma falta que jamais vou compreender… porque não é pra ser entendida. Somente se sente… e eu sinto na alma, sim. Você me falta de uma maneira diferente.
E eu sei que você não acredita em nada destas coisas… terá mudado de opinião?
Talvez. Mesmo assim, eu gostava tanto de conversar sobre todos estes assuntos malucos com você. Com as outras pessoas, não é assim. E eu sei que a gente conversa, mesmo no silêncio de uma noite qualquer.
Eu não sei porque eu encontrei qualquer coisa de correspondência em você. Sentir saudades de você é sentir saudades de mim mesma.
O que será que você pode estar fazendo, neste momento? Eu só queria saber o pensamento que pode estar passando poraí, agora. Sabe, jogar conversa fora, bem aleatória, como costumávamos fazer? Nada clichê. Era somente vontade de dizer o que vinha, o que se sentia.
Será que você tirou o lixo pra fora, hoje? Será que estendeu as roupas ou as recolheu? Aqui está chovendo… lá fora e também dentro. Será que você ainda lê aquele livro do vampiro? Eu penso e dou um suspiro… é uma vontade apenas de saber.
A melhor parte é que eu não tenho vergonha de dizer. De dizer que tudo isso é e sempre será estranho… e é isso que torna tudo isso tão único e especial.
Eu sei que a sua vida é tão diferente da minha.... mas quando a noite cai na cidade, quando você olha pro céu daí, e eu daqui, ele é o mesmo céu.
Boa noite. Eu espero realmente que esteja tudo bem.
Como você disse um dia que gosta de ler minhas mensagens… no auge da minha sinceridade, sim, este texto é sim, pra você. E eu sei que você sabe.
Vivemos em uma corda bamba de decisões, onde temos que ter o equilíbrio de saber lidar com a razão e a emoção...
Scott, Cindy e Bento 🐶🐶🐶
Como um simples amor puro pode transformar vidas...
Uma relação de confiança e respeito deve ser construída entre humanos e animais. Três criaturas que fazem parte da minha vida.
Que vou amar pra TODO SEMPRE.
É através de pequenas coisas da vida que Deus nos ensina grande lições.
Esse é um momento só nosso Scott, Cindy e Bento de presente e passado.
Então só tenho agradecer os grandes aprendizados da vida.
Coração livre sem mágoas e sem rancor, sem nenhuma ferida aberta, só o amor mais puro e engeno.
HOJE SOU UMA MULHER que fez escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.
Só quero pedi a Deus o seguinte: Vem, senhor, e me resgata todos os dias.
Quero ser um bom perfume em teu jardim particular.
Ciclos de uma amizade virtual!
Acredita em gentileza?
Acredita que uma amizade ela pode vir de encontro de outras vidas e que um ciclo pode iniciar neste momento presente?
Nem sei por onde começar...
Talvez pelas memórias que vem me trazendo de alguns momentos, acho que já faz um tempinho que nos comunicamos.
Engraçado falar de alguém, que nunca vi, mas sinto uma sintonia gostosa de respeito, leveza, carinho, cuidado da minha parte por você, encontro das almas e gentileza pelo fato de querer a pessoa bem.
Quando te mando "Bom dia", pergunto
" Se está tudo bem", "Como foi seu dia", "Como está sua gatinha", "Como foi sua prova", "Como está sua evolução no seu trabalho" eu pergunto mais coisas no decorrer das conversas, porque eu gosto de saber se está bem.
Me deixa feliz ver seu sorriso nas fotos, nos áudios que as vezes me envia compartilhando alguns momentos, o tom da sua voz me dá uma narrativa de Djavu de um carinho por alguém que parece que conheço a muito tempo.
Engraçado falar sobre isso!
Engraçado é expressar isso em umas linhas de palavras...
Você é uma pessoa encantadora, uma mulher que qualquer pessoa gostaria ter por perto, tão linda e ao mesmo tempo tão misteriosa, desconfiada com tudo...rsrs
Porém essa desconfiança pra mim é relativo, para saber onde e como está sendo confortável para você permitir que alguém se aproxime.
As vezes eu acho que você, coloca uma armadura, como uma defesa...Me desculpa, se minha expressão de pensar é diferente ao que você realmente é.
As vezes não sabe receber elogios, se eu te elogio é porque é de verdade, te acho encantadora, tem um sorriso lindo e uma pessoa com um olhar misterioso... Doçura ao olhar e mistério ao decifrar!
Do que seria do poeta se ele não podesse falar o que senti?
Eu queria na verdade expressar minha gentileza e carinho por você, nesta data especial que é seu aniversário.
Eu acredito em um universo de encontros de almas, que não preciso ver todos os dias, tocar na mão, olhar nos olhos, abraçar, estar de frente sentir a sensação do momento ou ouvir a risada expressada.
Isso é muito relativo ao meu ver!!!!
Eu acredito no querer bem, eu acredito nas gentilezas, eu acredito no carinho que eu posso expressar para alguém sem estar presente neste momento.
Diante disso, sinta-se abraçada com afeto, respeito, neste momento único, sinta-se importante porque afinal de contas você é a pessoa admirável, hoje nesta data linda você possa estar perto de pessoas queridas, que te amam, te admiram e que sejam soma na sua vida e jamais subtração.
Que você possa ter muitos momentos bons, prósperos, saúde, realizações, amor e que Deus com toda sua bondade te cubra de bençãos divinas de felicidades.
Te desejo um feliz aniversário!
Aproveite seu dia!
Com afeto, gentileza e admiração!
Bela e Fera "Princesas"
Em um reino encantado, morava uma princesa chamada Fera solitária e marrenta porém de um coração imenso. Vivia no seu mundo e entre suas fábulas.
Porém, em uma aldeia morava com seu pai uma linda plebéia chamada Bela embora com toda sua doçura e seu jeito encantador não sabia que em breve iria se tornar uma princesa.
Depois de muitas circunstâncias da vida, finalmente Fera e Bela se encontraram...
Pode dois corações se apaixonarem?
Pode duas mulheres diferentes viver um conto de fadas e se tornarem uma só fábula real?
O amor ele é muito curioso, ele se expressa primeiro da curiosidade de saber como é o outro, ele nasce conforme é regado pelas palavras e atitudes diárias.
O amor é mais que o sentir saudades, ele é pensamentos soltos, ele é vontade de estar perto, ele é puro e as vezes genuíno, ele também é compreensível, falar de amor é algo indestrutível ao meu pesar pois consigo viver ele e me perco aos poucos.
Ser Fera era viver em solitude, Ser Bela era viver em busca do amor.
Dois corpos, dois sentimentos, dois amor, duas só carne e duas princesas.
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