Motivos de Amar uma Mulher
A palavra mãe tem uma sonância poética que nenhuma outra tem. Essas três letrinhas benditas trazem em sua sonoridade muito mais que poesia. Talvez seja a lírica perfeita, na qual Deus resumiu em três letras, tudo de mais bonito e poético que ele foi capaz de pôr dentro dela.
Pra hoje: um toque suave de carinho; uma gentileza; um olhar e um desses risos bobos pra desarmar o mal humor e trazer mais leveza ao dia.
Cada dia tem uma essência que lhe confere característica própria, uma particularidade que lhe dá vida, um encanto que o torna único.
Uns chegam risonhos, brilhando no sorriso do sol. Outros chegam com a brisa da manhã, leves e preguiçosos cheirando a flor de laranjeira. Outros chegam nostálgico encharcados de sereno. Há ainda aqueles que chegam perfumados, exalando todo o frescor da flor do dia que desabrochou com o crepúsculo. Mas os meus preferidos são aqueles em que, independente das condições atmosféricas, o sol nasce aqui dentro, se abre em um riso largo e a cada batida do coração vai espalhando calor e aquecendo tudo que toca.
Há pessoas que parecem um vidro de perfume de jasmim, um potinho de mel, um anjo de candura, uma flor de delicadas pétalas. Chegam em nossa vida com a missão de perfumar, adoçar, acolher, aconchegar, confortar, amar, tornar nossa vida mais leve, mais doce, mostrar que ela tem cores que estão além da modulação visível.
Há pessoas que trazem o céu no sorriso, falam de Deus no olhar e apesar das asas estarem do lado de dentro, a gente não tem dúvida alguma de que são anjos.
Há pessoas que quando falam nos transportam para dentro da sua ternura, e lá dentro a gente se sente criança visitando um reino encantado repleto de seres mágicos.
Há pessoas cujo o abraço parece os braços de Deus nos envolvendo com carinho.
Há pessoas que parecem pudim de leite condensado tamanha a doçura que trazem em si, sem que nunca enjoemos delas.
Há pessoas que parecem um arco-íris: sempre surgem por trás das nossas lágrimas com todas as nuances da vida.
Essas pessoas com certeza são um daqueles presentes preciosos que os deuses nos enviam no anonimato da sua graça.
Hoje eu te desejo sorte: a sorte de esbarrar em um carinho bonito, em uma dessas esquinas da vida; de ser acolhida na simplicidade de um olhar carinhoso; de tropeçar numa gentileza qualquer e se lambuzar de docura; de encontrar um desses sorrisos bobos por ai e ser contagiada pela magia da alegria.
Nem sempre uma má colheita é culpa da semente que você plantou, às vezes, a culpa é do solo que você escolheu pra semear.
Borboleta é uma palavra com asas que me remete à longos vôos à infância.
Acho que esqueci minhas asinhas em uma daquelas tardes perfumadas pelos ventos que traziam o cheiro das flores, prenunciando a primavera. Era ali no meio das flores que eu me embriagada com o olor primaveril e o canto nostálgico dos pássaros, que eu ensaiava a coreografia dos vôos ao lado de borboletas miúdas que vinham dorminhar nos jasmineiros floridos que eu cultivava na inocência do meu olhar de menina.
Foi de repente, que por trás de uma nuvem negra abriu-se o sol luminescente da esperança, mostrando aos olhos entristecidos da menina a bendita benção da renovação. A luz da possibilidade, então, brilhou em seus olhinhos de ternura e feliz ela eleva as mãos ao céu com gratidão. Com o líquido precioso que lhe escorria pela úmida face pálida, ela enche a taça do sorriso e brinda a vida, que faceira lhe sorri mais uma vez.
Cada mês tem uma história, um significado, uma luz; uma poesia que colorida vibra, nas cordas que lhe confere vida, uma essência que o torna único e o distingue dos demais.
Gratidão é uma palavra alada. É impossível pronunciá-la sem que rápido bata asas e como uma prece chegue ao céu.
Privilégio é ser recebido em casa com alegria e lambeijos por uma bolinha de pelos de olhinhos brilhantes e rabo eletrizante que na sua pureza angelical ama mais você do que ele próprio.
Fazer o bem é mais ou menos como cultivar uma flor dentro de casa: não é necessário que você a coloque na janela para que as pessoas sintam o seu perfume.
Ao primeiro toque do sol a manhã desabrocha em cores. Serena como uma margarida orvalhada pelo prateado da lua vai despetalando as horas lentamente e, nessa inocente brincadeira de bem-me-quer espalha o perfume da eternidade nos canteiros floridos do dia.
A vida é uma borboleta misteriosa de longas asas douradas que pousa na sublime flor da existência uma única vez. Só quem tem olhos encantados é capaz de admirá-la com a magia que o espetáculo da sua aparição sugere. Só os que possuem a capacidade se espantarem com o simples, o corriqueiro, o banal sabem apreciá-la na totalidade das suas cores em tão curto espaço de tempo. E é exatamente a brevidade desse pouso que o faz assim tão precioso! É necessário não perder um só instante dessa apreciação divinal, porque mais rápido do que imaginamos a borboleta bate asas e sem que nos demos conta, sutilmente voa.
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