Motivos de Amar uma Mulher

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Poetas e tontos são feitos com palavras.

Manoel de Barros

Nota: Paráfrase de Link

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes
Antologia poética

Nota: Trecho de "Soneto do amigo"

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A vida é boa.

Machado de Assis

Nota: Acredita-se que essas tenham sido as últimas palavras de Machado antes de morrer.

E sou meu próprio frio que me fecho
longe do amor desabitado e líquido,
amor em que me amaram, me feriram
sete vezes por dia em sete dias
de sete vidas de ouro,
amor, fonte de eterno frio

As pessoas valem o que vale a afeição da gente.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Perdi o bonde e a esperança
Volto pálido para casa

Depois, querida, ganharemos o mundo!

Machado de Assis

Nota: Trecho de carta para a esposa, Carolina, escrita em 2 de março de 1869.

Tem dia que põe virgula, tem dia que põe reticências,
tem dia que põe ponto final e tem dia que
tem a necessidade de virar a página,
o tempo todo nós fazemos a experiência de
escrever a vida que somos nós, e o mais bonito:
Nós temos o direito de escolher como vamos
pontuar esse texto, porque Deus trabalha o
tempo todo no nosso coração assim,
para que a gente aprenda a escrever,
para que não venha ninguém escrever por nós
e mesmo que alguém passe pela nossa vida,
que apenas deixe detalhes no seu texto porque
o autor é você, e o mais bonito é que tudo está sendo inspirado por Ele.

O tempo amadurece todas as coisas. Nenhum homem nasce sábio

Ruínas

(...)
Risos não tem, e em seu magoado gesto
Transluz não sei que dor oculta aos olhos;
— Dor que à face não vem, — medrosa e casta,
Íntima e funda; — e dos cerrados cílios
Se uma discreta muda
Lágrima cai, não murcha a flor do rosto;
Melancolia tácita e serena,
Que os ecos não acorda em seus queixumes,
Respira aquele rosto. A mão lhe estende
O abatido poeta.
Ei-los percorrem
Com tardo passo os relembrados sítios,
Ermos depois que a mão da fria morte
Tantas almas colhera.
Desmaiavam, nos serros do poente,
As rosas do crepúsculo.
“Quem és? pergunta o vate; o sol que foge
No teu lânguido olhar um raio deixa;
— Raio quebrado e frio; — o vento agita
Tímido e frouxo as tuas longas tranças.
Conhecem-te estas pedras; das ruínas
Alma errante pareces condenada
A contemplar teus insepultos ossos.
Conhecem-te estas árvores. E eu mesmo
Sinto não sei que vaga e amortecida
Lembrança de teu rosto.”

Desceu de todo a noite,
Pelo espaço arrastando o manto escuro
Que a loura Vésper nos seus ombros castos,
Como um diamante, prende. Longas horas
Silenciosas correram. No outro dia,
Quando as vermelhas rosas do oriente
Ao já próximo sol a estrada ornavam
Das ruínas saíam lentamente
Duas pálidas sombras:
O poeta e a saudade.

Machado de Assis
Falenas. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1870.

Tome a mesma moça aos 20 e aos 30 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro.

Perdas Necessárias

Deixa partir
O que não te pertence mais
Deixa seguir o que não poderá voltar
Deixa morrer o que a vida já despediu
Abra a porta do quarto e a janela
Que o possível da vida te espera
Vem depressa que a vida precisa continuar
O que foi já não serve é passado
E o futuro ainda está do outro lado
E o presente é o presente que o tempo quer te entregar

Fala pra mim
Se achares que posso ouvir
Chora ao teu Deus se não podes compreender
Rasga este véu do calvário que te envolveu
Tão sublime segredo se esconde
Nesta dor que escurece o horizonte
Que por hora impedem os teus olhos de contemplarem
O eterno presente do tempo
O ausente o presente em segredo
Na sagrada saudade que deixa continuar

Deixa morrer o que a morte já sepultou
Deixa viver o que dela ressuscitou
Não queiras ter o que ainda não pode ser
É possível crescer nesta hora
Mesmo quando o que amamos foi embora
A saudade eterniza a presença de quem se foi
Com o tempo esta dor se aquieta
Se transforma em silêncio que espera
Pelos braços da vida um dia reencontrar.

Quando a gente anda sempre para a frente, não pode mesmo ir longe…
(O Pequeno Príncipe)

Antoine de Saint-Exupéry
O pequeno príncipe (1943).

Acordei completamente amanhecida. E tinha um brilhinho de sol em cada gotinha da chuva fina na manhã de hoje. Alguma coisa me diz que coisas grandiosas estão por vir. Por isso abro meu coração pra alegria, pra vida e pro sol que acaricia e não machuca. E é nesse estado de gratidão e contentamento que qualquer pensamento negativo que eventualmente surja, morrerá de inanição.

A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-me na testa.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia. Nacional, 1881.

Vício da fala

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Me procurei a vida inteira e não me achei - pelo que fui salvo.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Nota: Trecho de "Auto-retrato falado": Link

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Não existem grandes talentos sem grande vontade.

Será mesmo digna em todas as manhãs esta estranha sensação de estar-se perdendo a cada noite de sono?

Machado de Assis

Nota: Autoria não confirmada.

O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não aguenta tinta. Uma certidão que me desse vinte anos de idade poderia enganar os estranhos, como todos os documentos falsos, mas não a mim. Os amigos que me restam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campos-santos. Quanto às amigas, algumas datam de quinze anos, outras de menos, e quase todas crêem na mocidade. Duas ou três fariam crer nela aos outros, mas a língua que falam obriga muita vez a consultar os dicionários, e tal frequência é cansativa.
Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior; é outra coisa. A certos respeitos, aquela vida antiga aparece-me despida de muitos encantos que lhe achei; mas é também exato que perdeu muito espinho que a fez molesta, e, de memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira. Em verdade, pouco apareço e menos falo. Distrações raras. O mais do tempo é gasto em hortar, jardinar e ler; como bem e não durmo mal.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

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