Morte na Visao de Platao

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Os homens, ao fugir da morte, perseguem-na.

Se é mesmo verdade o que os sábios nos dizem e se existe um lugar que nos acolhe (depois da morte), talvez o amigo que acreditamos extinto tenha apenas nos precedido.

Para o amor e a morte, não há coisa forte.

Estar sozinho é treinarmo-nos para a morte.

Louis Céline
Viagem ao Fim da Noite

No meio da vida acontece que a morte surge e mede o homem. A visita é esquecida e a vida continua. Mas o fato está feito, silenciosamente.

A morte é o repouso, mas o pensamento da morte é o perturbador de todo o repouso.

Sabe-se que enquanto vivemos estamos mais ou menos expostos à inveja, mas depois da nossa morte os nossos inimigos deixam de nos odiar.

A vida, para os desconfiados e os temerosos, não é vida, mas uma morte constante.

O grande político conhece-se pelo fato de os seus pensamentos viverem depois da sua morte ou da sua derrota.

A velhice poderia ser a suprema solidão, não fosse a morte uma solidão ainda maior.

Criar é matar a morte.

A meu favor tenho o teu olhar
testemunhando por mim
perante juízes terríveis:
a morte, os amigos, os inimigos.

E aqueles que me assaltam
à noite na solidão do quarto
refugiam-se em fundos sítios dentro de mim
quando de manhã o teu olhar ilumina o quarto.

Protege-me com ele, com o teu olhar,
dos demónios da noite e das aflições do dia,
fala em voz alta, não deixes que adormeça,
afasta de mim o pecado da infelicidade.

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade
"Amar se aprende amando". Rio de Janeiro: Record. 1985.

A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Carlos Drummond de Andrade
"Farewell". Rio de Janeiro: Editora Record, 1996.

O que temer? Nada.
A quem temer? Ninguém.
Por quê? Porque aqueles que se unem a Deus obtêm três grandes privilégios: onipotência sem poder; embriaguez, sem vinho; e vida sem morte.

Riqueza alguma poderá proporcionar a paz a um homem mau.

Platão

Nota: A República.

O sábio que tudo sabe é aquele que sabe que nada sabe.

O começo é a parte mais importante do trabalho.

o que ouço,sei;
o que vejo,lembro;
e o que faço,sei

O Homem que faz tudo o que leva à felicidade e depende de si mesmo e não de outro homem, adotou o melhor plano para viver feliz.