Morte de uma Filha
A vida e a morte são forças presentes em nós e ao nosso redor. A cada manhã, despertamos como testemunhas de um renascimento milagroso. Presenciamos o nascimento de crianças, a superação de doenças que poderiam levar à morte. No entanto, também nos vemos impotentes diante da perda de entes queridos, seja de forma gradual ou súbita.
A proximidade entre a vida e a morte é uma realidade constante. Em meio a isso, escolho todos os dias celebrar a vida e zelar por ela. Opto por vivenciar este milagre que nos capacita a amar, sorrir, chorar e experimentar sensações incríveis. A vida é única, um instante fugaz ao qual devemos nos entregar por completo
Nenhuma crítica ou elogios são relevantes durante a vida, menos ainda diante a iminência da morte.
A morte é o início de uma vida, para muitos isso seria uma paradoxo, para outros é o objetivo de nossa existência na terra.
"Como você quer ser lembrado após sua morte?"
Essa é a pergunta que me faço todas as manhãs, e que me motiva a ser gentil e bom aos outros, o tanto quanto eu puder.
A morte dele pesa como um lamento sombrio, e tuas ações, ou a falta delas, ecoam como uma cruel negligência, uma ausência de prelúdio respeitoso ao inevitável, deixando uma tristeza profunda no vazio deixado pela partida, onde o arrependimento tece sombras sobre a memória não honrada.
Em minha porta bate forte,
Pondo-me em desatino
Quem és tu ó repentino?
Sois o frio? A morte?
Logo começo a sorrir,
Antes lá que aqui dentro,
Pois então não vou abrir.
Então me chama de papai,
Mas sei que nem filho tenho,
Ja começo franzir o cenho,
Que direção isso vai?
Logo volto a sorrir,
Antes la que aqui dentro,
Ja me preparo pra dormir.
Então logo a porta cede,
Tinha certeza que tranquei,
Poxa vida, me enganei
O que agora te impede?
Logo volto a sorrir
Se entra fácil é convidado
Então convido a sair.
Pois vai te embora seu discreto,
Penso quieto em minha cama,
Sinto seu cheiro de lama
Es tu um sem teto?
Logo volto a sorrir
Vou fingir que nem vi nada
Roube ai sem me ferir.
Mas abre a porta do meu quarto
E me abraça com desejo
A quanto tempo não te vejo
Era melhor ser um assalto?
Em ti só vejo maldade
Então começo a chorar
Outra vez tu, ansiedade.
Hoje, quando recebo ameaças de morte, tentativas de golpes, agressões verbais, chantagens emocionais, carteiradas de superiores, aceito, mas sei que não mereço, isso me deixa triste e me ofende. Aos 71 anos, não represento mais perigo às instituições políticas, religiosas, corporativas, empresariais, escolas, famílias e maridos. Já foi o tempo em que a minha presença era destrutiva. Hoje sou apenas um velho pai de um jovem autista, lutando para ser feliz. Ciúme, inveja, disputa, violência, não fazem mais parte do meu repertório. Nem poderia. FELIZES ANOS NOVOS!!!
No calar da noite, ao som dos tiros dos fuzis, escutando a morte, é aí que nós ficamos mais fortes.
A MORTE DA FLOR
Rio, 09/06/2010.
Branca é a flor,
Pálida de dor,
Sofre de amor...
A flor tão só
Curvou-se até ao pó.
Quem dela tem dó?
A branca flor,
Carente de amor,
Tem pálida cor
E agoniza em dor...
Na garganta um nó
Dá o amor a flor só,
Que soluça de dar dó
Agonizando até ao pó...
Sednan Moura
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