Morte
A CARA DA MORTE
Eu vi a cara da morte
Numa certa encruzilhada,
Cangaceira bem armada,
Com faca e foice de corte.
Pude contar com a sorte
Assim que me golpeou,
A bruxa quase acertou
O meu bucho avantajado.
Eu me vi sendo estripado
Quando a dita me ajudou!
Foi encima de um lajedo
Que o pantim aconteceu...
Um calango amigo meu
Tremeu na base do medo,
Mas confiou-me um segredo
Que não conto pra ninguém.
Quando me tornei refém
Da sovina, usei a dica
Do calango, o que explica
Porque me safei tão bem!
Dei-lhe um soco no cachaço,
Que a canguinha escorregou
Do lajedo e mergulhou
Na lama de um riacho,
Não fui conferir, mas acho
Que sumiu dentro do chão
E não volta no Sertão
Enquanto lembrar de mim.
O calango diz que sim
Balançando o cabeção!
O lagarto é um coringa
Colorido da Savana
Nordestina, que esgana
Contorcendo-se com ginga,
Na quentura da Caatinga
É um sábio professor
Pré-histórico, driblador
De instinto muito forte,
Que sabe enganar a morte
Camuflado, sem odor!
Peguei-me calangueando
Quando ainda era menino,
Na pedreira do destino
Fui um brincante, laçando
Lagartixas e levando
Pra brincar no meu quintal,
E depois, sem fazer mal,
Eu as deixava ir embora.
Esse bom tempo de outrora
Para mim não foi banal!
Que cá não monte trincheiras,
A morte. E não me visite
Tão cedo, e nem apite
Nunca mais pelas ribeiras
De Sapé a Cabaceiras,
Do Anel do Brejo ao Sertão,
Fique lá pelo Japão...
Deixe, eu dormir no terreiro
Na sombra do juazeiro
Em minha esteira, no Chão!
Morri, de "morte matada".
Fui pra bem longe disso tudo. Bloqueando minha mente para não pensar muito. Melhor era fingir demência, como se nada tivesse acontecido.
"Estou bem, não foi nada."
Foi só uma brincadeira de mal gosto.
Pra mim não foi real.
Infelizmente, a morte vem como um panfleto: sem endereço, mas sempre encontrando um destinatário; em qualquer hora pode ocorrer a última partida. Portanto, desfrute de todos os momentos, valorize os dias, e aproveite cada segundo.
MULHER DO BRILHO FORTE QUE CATIVOU ATÉ A MORTE!
Você tem um brilho interno e forte que brilha mais do que o próprio brilho externo, pois a luz das estrelas que te guia se rendeu até mesmo durante o dia, foi com o seu encanto que me causou espanto, quando resplandeceu bem ali no canto aonde se nascem o nascer da aurora. Pois te desejo nas noites frias e nos dias de sol forte, muita sorte.....
Assina: MORTE!
O pó da terra, a lama da água, a vida em transmutação impermanente. Vida, morte, renascimento. A tríade indivisível.
Soraya Rodrigues de Aragão
Agradecimento pela vida
Quando vejo a morte, eu penso na vida.
E pensar na vida é refletir o presente e o futuro.
É perceber que as vezes valorizamos as pessoas na partida.
E esquecemos de valorizarmos no nosso dia a dia.
Quando vejo o sofrimento, a dor e a perca de alguém,
Agradeço a Deus, porque às vezes não temos tudo,
Mas, somos tão egoístas, que não percebemos que não precisamos de tudo, mas do necessário.
Vivemos, em um país tão bom, que as pessoas se aproveitam dele.
Não percebem, que tudo que Deus nos deu
não foi apenas para sugar e destruir.
Mas, para viver, sentir, amar, aproveitar o momento.
Agradeça a Deus, pela vida que ele te deu.
Ame, e faça feliz quem retribui este amor.
Ame hoje, viva o momento do agora, do presente.
O amanhã a Deus pertence.
Viver o hoje, não é viver desregradamente, dissolutamente
Seja prudente, seja sábio, seja sincero, seja amável
Elogie em público, e repreenda em particular.
Na dúvida, simplesmente agradeça.
Tão certo que a vida é uma corrida atrás do vento,
a morte é o apagão de todas as lembranças.
Porém, em Cristo a vida é bela
e a morte
é o fim do sofrimento.
A MORTE
A morte sempre está viva nos países árabes em conflito.
Em Hiroshima, Nagazaki o cogumelo maldito.
Nas duas grandes guerras mundiais.
No Vietnam morreram muito mais.
Na Alemanha mais de vinte mil judeus
com sabonetes e cremes de dentes contra cárie
foram mortos em Câmara de gás em
Auschwitz, na histórica barbárie.
Sempre exuberante nas guerras étnicas no continente africano,
na política do Apartheid que passava pano.
É a top nos programas gourmet no árido sertão agreste da país.
No deserto da Etiópia de criança infeliz.
Na guerras de facções pelo domínio do tráfico, seu aparelho.
Na rebelião nos presídios é dama do tapete vermelho.
O problema era que enquanto a vida com uma taça de espumante vinho sentada com suas pernas estiradas toda elegante no divã da sala aconchegada assistia sua prima morte a dois metros na caixa de TV smart de 49 polegadas dando sorte. Ou nas paródias de filmes de western , zumbis e vampiro, seja vestida de preto com foice nos desenhos esta que me refiro, só ameaçava nas ladainha diária da mãe intercedendo pelo filho preto para que a polícia não o mate, a do branco para que um assaltante não lhe craveje de bala para levar seu cadillac.
A morte chegou galopante com seu arco em punho deixou o redemunho que arrastava casa, virava o barco, lá na Ásia. Deixou de ser do outro nosso semelhante e como um inseticida pelas mãos de nosso mor genocida
em seus galopes certeiros deixamos de ser os últimos para sermos os primeiros
Imagino que um divórcio não seja muito diferente da morte. De repente, você é um, ao invés de dois.
Quando a morte pega minha mão vou segurar a sua com a outra e te prometo te encontrar em todas as outras vidas.....