Morrer sem ter Vivido
Cresci brincando com minhas próprias aventuras.
Fui capitão do meu navio que naufragava mas eu não morria.
Fui comandante das mais bravas tropas que invadiram as mais tenebrosas selvas em busca de exércitos inimigos. Me atiraram bala de canhão, pedra em fogo de catapultas, mas eu não morria.
Lutei contra dragões cuspindo fogo e mergulhei em águas infestadas de tubarões e monstros mitológicos. Sangrei por horas, mas não morria.
Até que um dia inventei de me aventurar nos bailinhos de garagem.
Transformei valsas em foxtrote e mazurcas em forró. Me vesti de Don Juan e falei como um Casanova. Porém aquele toque de lábios que até então desconhecia, me fez as pernas tremerem e o frio polar me tomou o estômago. Foi quando eu morri. De amor.
Então você pensa na possibilidade de ja estar morto. Pronto, morri!
Agora ja era tudo e qualquer coisa que eu poderia fazer ou ser. Acabou.
Então você pensa como seria a segunda chance. E se essa vida for a segunda chance? E se for a única?
A única certeza, é que somos bons em desperdiçar a vida com besteiras.
Então, aproveite enquanto você está vivo.
Mas, o que seria "aproveitar a vida"?
Talvez seja fazer como os animais, nunca preocupados, e sempre em harmonia com a própria natureza.
Não penses. Que raio de mania essa de estares sempre a querer pensar. Pensar é trocar uma flor por um silogismo, um vivo por um morto. Pensar é não ver. Olha apenas, vê. Está um dia enorme de sol. Talvez que de noite, acabou-se, como diz o filósofo da ave de Minerva. Mas não agora. Há alegria bastante para se não pensar, que é coisa sempre triste. Olha, escuta. Nas passagens de nível, havia um aviso de «pare, escute, olhe» com vistas ao atropelo dos comboios. É o aviso que devia haver nestes dias magníficos de sol. Olha a luz. Escuta a alegria dos pássaros. Não penses, que é sacrilégio.
Eu mergulhei tão fundo nas minhas mágoas que me afoguei.
Deixei acumular as dores que me afligem, deixei juntar cada mágoa que já estava quase inexistente ali... eu me deixei morrer.
Eu me deixo morrer cada dia um pouco mais para que você possa viver em mim. Eu me coloco em segundo lugar para que você ocupe o primeiro. Eu me deixei ir para que você pudesse ficar...
A morte não é nada para nós. Quando nos dissolvemos não temos mais sensibilidade e sem sensibilidade não nos resta nada.
Por mentiras não se morre... Ao contrário... Para escapar da morte usa-se a mentira se preciso for.
Não duvido das VERDADES pelas quais os apóstolos sofreram e morreram tentando propagar.
Luto de 3 dias
Quem inventou essa asneira? Quem disse que três dias são suficientes para você se recuperar da perda de alguém e seguir em frente?
Quanta idiotice! Quem determinou isso provavelmente não perdeu alguém que ama.
Sim, a vida não para, as contas chegam todo mês, pessoas vivas precisam de nós e precisamos viver enquanto ainda existir ar em nossos pulmões... Mas o luto é muito pessoal. Não existe um tempo certo e cada um reage de maneiras distintas. Três dias, três meses, três anos ou uma vida inteira de luto. Como saber?
Eu posso estar vivendo, trabalhando, amando e até me divertindo, estando ainda de luto. Tem dias que estou mais enlutada do que outros. Tem vezes que reajo melhor a dor e tem vezes que nem reajo. Cada pessoa é uma, cada situação é única e cada dia é mais um dia de luta.
Não existe técnica, fórmula nem receita para a luta de superação de um luto. O que existe, para quem tem e acredita é a fé. Mas a fé não faz mágica, apesar de muitas vezes operar milagres. Mais do que isso, a fé é um aprendizado diário e constante. E são em momentos como estes que mais precisamos compreender que a fé não vai tirar a nossa dor e nosso luto, e sim nos ensinar a conviver e aceitar, entre risos e prantos, que viver é isso.
Viver não tem nada a ver com sucesso, status, fama, acúmulo de bens, conquistas pessoais, troféus ou medalhas, cargo dos sonhos, herança a receber, poupança, viagens desejadas, Disney, carro zero ou importado, mestrados e doutorados, entre outras besteiras meramente humanas... Viver é uma eterna superação.
Quatro anos formam um bacharel, dois anos formam um especialista, mais quatro anos formam um mestre ou doutor... No entanto, uma vida inteira não faz de nós especialistas em lidar com as nossas dores e perdas. Neste aspecto, seremos eternos aprendizes.
A vida nos ensina que a única certeza que temos é a morte. E a morte nos ensina que a vida não é nada daquilo que aprendemos sobre o que é viver; além de reafirmar o fato de que a morte é, de fato, a única certeza que temos.
Algumas saudades têm dos paradoxos mais infelizes. Por mais que queira esquecer, você sabe que vai querer morrer se conseguir fazer isto.
Hoje me vejo fadigado,
Triste e melancólico.
Estou farto por isso ocorrer,
Exausto por não ter você.
Hoje me sinto meio morto,
Melhor dizendo,
Me sinto completamente morto.
Morto de saudades,
Morto de vontade,
Morto de desejo,
De ter você,
De estar com você.
Hoje me sinto morto,
Por não poder beija-la.
Te amo minha vida,
Amo morrer de amores por você.
Se Eu Morresse Amanhã
O desconforto de minha aliança
Nao sentiria ao acordar de manhã,
Seria deixada como uma lembrança
Se eu morresse amanhã.
As pessoas demorariam à saber,
Pois aconteceria antemanhã,
Assim não teriam tempo de me socorrer
Se eu morresse amanhã.
Dos seus braços não escaparia
No ultimo abraço com minha irmã,
Pois já longe ela estaria
Se eu morresse amanhã.
Eu talvez seria mais evoluída,
Talvez uma boa cunhanhã,
Mas tão cedo seria
se eu morresse amanhã.
Com tanta falta ficariam,
Meus pais, meu irmão e minha irmã,
Seus corações, de lagrimas salivariam
Se eu morresse amanhã.
Meus sentidos abririam mão
De ser pela primeira vez campeã,
Na verdade, tudo seria em vão
Se eu morresse amanhã.
Se eu morresse hoje
Morreria satisfeito. Posso dizer que vivi incessante e intensamente. Não ao extremo. Quem me conhece sabe que não iria. Talvez.
Ri, chorei. Fui feliz, muitas vezes, e também sofri outras muitas.
Trabalhei com afinco, mas também fui usufruí.
Briguei, insisti e não desisti...quase sempre.
Amei e fui amado. E no final...
Morreria com a certeza que ninguém se importaria. Ou não.
Morremos diariamente de várias formas!
Morremos quando levamos problemas do trabalho para casa; morremos quando deixamos o estresse criar raíz dentro de nós, morremos quando fingimos prestar atenção no dia dos parentes quando na verdade estamos ignorando por dar mais atenção ao telejornal, morremos quando nos sabotamos alegando estar tudo bem mesmo sabendo não estar, morremos quando temos a chance de ajudar o próximo mas não realizamos isso. Morremos... mas e vc? Morreu do que hoje?
Quando eu não estiver mais aqui. Talvez não haja mais necessidade de julgamentos, de criticas ou sugestões. Talvez dai haja aceitação de mim, mas eu já não estarei mais aqui para sentir, para saber. Continuará existindo; mentiras, falhas, amor, dor, imperfeição, omissão, loucuras, mas não virá de mim. Quando acordar e eu não estiver aqui, não pense que me amava, que admirava ou aceitava, eu já não estarei mais aqui. Quando não souber mais de mim pelas pessoas próximas, pelas redes sociais, não me procures, não pense: sinto a falta, eu já não estarei mais aqui. Eu não sou perfeita, mas ainda estou aqui, muita coisa pode ainda ser vivida, experimentada porque ainda estou aqui. E quem é perfeito; julgue, critique, atire a primeira pedra, eu não sou.
A vida é mesmo muito injusta. Não importa o quão bem você a viva, ela sempre termina de forma trágica.
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