Morrer
Tenho tantas coisas para serem ditas. Talvez eu fale, mas não sou tão boa na arte da eloquência. Talvez eu escreva, mas não sou tão boa com as palavras. Talvez eu permaneça no silêncio e morra sufocada com o que era pra ser dito.
Ninguém mais morre hoje de verdades mortais, há antídotos em demasia.
Por que você não vive pelo povo? Por que você não luta pelo povo? Por que você não morre pelo povo?
Não sei onde estou,
Não vejo um palmo a minha frente,
Talvez estaja morto.
Ainda sim, sinto!
Sinto a areia sob meus pés,
Sinto o vento frio em minha face,
Sinto o cheiro de maresia,
Sinto tudo a minha volta.
Ainda sim, ouço!
Ouço o farfalhar das folhas,
Ouço as ondas quebrando,
Ouço os insetos cantando,
Ouço tudo a minha volta.
Se assim é a morte,
Não sinto problema em morrer.
Me sinto em paz.
Nada dura para sempre. Nem sorvete, nem filmes, nem as coisas bonitas, nem as feias, nem as folhas nas árvores, nem a mamãe. Mas eu estarei aqui, no seu coração, até você não estar mais aqui, mas também continuar vivendo em outros corações. E, assim, nada morre. Algo sempre continua vivo.
O que mais me assusta é morrer. Não morrer, mas morrer e deixar alguém. Deixá-la com toda a porcaria que vem junto quando se perde alguém que se ama.
Quando o meu olhar encontra o seu olhar, o meu mundo parece parar. Quando o meu olhar encontra o seu sorriso, parece que esqueço de respirar.
Quando o meu olhar não encontra você, parece que vou morrer.
Rosa Angelical
Viver é uma jornada repleta de oportunidades para celebrar a existência, enquanto a morte é o destino final que nos lembra da efemeridade de cada instante vivido.
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