Mini Textos de Ana Maria Braga

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O MEDO


Não temo a maioria das coisas que as pessoas temem. Não tenho medo da doença, pois a tenho driblado toda uma vida. Não temo a morte: para mim, ela nada mais é do que a janela para outra vida. Não temo assaltos, pois já doutrinei bandido com arma em meu estômago. Não temo perder bens materiais, porque já os perdi muitas vezes e nunca fui ligada a eles. Não tenho medo de perder entes queridos, pois sei que todas as chagas um dia cicatrizam e fica apenas a saudade. Não temo a solidão, pois gosto muito de minha companhia. Não temo luta alguma, pois, embora pacata, tenho alma de guerreira.

Mas temo as pessoas que não me olham nos olhos. Elas são perigosas, pois são falsas. Temo as pessoas infelizes, que vivem amarguradas, sempre se queixando, sem o deslumbramento diante da vida, pois costumam ser cheias de fel e derramam o seu veneno por onde passam. Temo as pessoas cheias de si, pois sabem enganar os tolos com palavras empoladas e poses de reis. Temo as pessoas usurárias, pois vivem em torno do próprio umbigo. Temo, também, as pessoas que ficam “em cima do muro”, sem jamais se posicionarem.

Não temo os animais, pois eles sabem perceber a brandura de um coração humano. Tenho medo dos homens! Da sua arrogância, da sua ambição, da sua hipocrisia, da sua raiva contida, de seus desejos frustrados, da ausência de compaixão e amor. Ah, pode haver coisa mais perigosa que um ser humano, cujo coração é um deserto, sem fontes e plantas? Há coisa pior que o desamor? Ele é o pai de todos os desatinos, de todas as guerras, de todos os relacionamentos mal-sucedidos. O desamor é perigosíssimo. Ele promove a injustiça, a desigualdade, a tirania, o apego, a usurpação das identidades, os preconceitos.

Peço sempre a Deus que perdoe essas criaturas, pois não sabem o que fazem e nem conhecem a si próprias. Entretanto, peço, também, que me livre delas, pois não lhes suporto a vibração.

Hoje, é muito comum escutarmos a frase: “O mundo está um horror!”. Mas não é o mundo! Embora ferida de morte, a Mãe-Terra continua se doando a seus filhos. Continua em sua órbita, obedecendo às leis do Universo. Todo o horror está no coração dos homens secos, áridos, impiedosos.

Amo pessoas! De toda a Criação o ser humano é a que mais me encanta. Ele é o único capaz de coisas grandiosas. Mas o temo quando ele perde a ética e vive sem Deus no coração. Quando ele perde o respeito, a dignidade, a esperança.

Entretanto, ainda não perdi a fé, pois, afinal de contas, em todos nós mora a Centelha Divina. Assim, sou uma mulher que ama a vida e vive sem medo, pois não construí minha casa sobre a areia, mas sobre a rocha. E os anjos estão sempre a me visitar. Além disso, procuro espalhar as sementes do bem e, com certeza, só poderei colher Amor.

Até logo...

Demoro, mas o dia chegou!
O dia em que um abraço é pouco.
O dia em que um beijo não basta.
O dia em que “tchau” não sai da boca.
O dia em que as lágrimas não são contidas.
O dia que a saudade vem antes da partida.
Demorou, mas esse dia chegou!

Um dia jamais esquecido.
Um dia de sono perdido.
Um dia de despedida, muita sofrida.
Demorou, mas o dia raiou!

Raiou o dia seguinte!
Um dia ainda triste,
Que além da saudade,
Restam o amor e a amizade.
Guardados a sete chaves.

Demorou, mas esse dia chegou!
O dia de ansiedade...
Para matar a saudade...
O dia do reencontro!
O dia mais esperado do ano!
O dia que te ouvirei dizer de novo:
Te amo! Te amo! Te amo!

Por quem sempre te esperou!
Para quem sempre te amou!

25/12/2006

Não alicerces teu comportamento e tuas ações em expectativas alheias ao solo que te é conhecido intrinsecamente. Porém, se essa for a tua inclinação não esperes reconhecimento, pois jamais compreenderás as razões e os propósitos que impulsionam passos que não os teus...
Antes, sê leal a ti mesmo frente ao complexo mundo das relações humanas, pois essa lealdade é a que verdadeiramente conta nos anais da tua história.

O amor é a maior FORÇA que existe.
O amor pode mudar tudo.
A violência só existe por falta de amor.
A violência é fruto da indiferença, da discriminação, da intolerância.
A violência é consequência dos maus tratos, da mágoa, da falta de fé.
Só o amor pode curar essa triste doença que ceifa vidas todos os dias.
O amor, como feramenta da mudança, tem que ser exercitado, exercido e executado de dentro para fora. Todos os dias, todas as horas, todos os minutos e segundos.

Olhar perspicaz

Olhar que desnuda
A dor mascarada
Se aceita, redime
Se rejeita, condena
Mesmo assim, desumano,
É tão diferente
Do olhar ausente...

TIMONEIRO...

No barco, SONHOS
No leme, FORÇA
No mar, CORAGEM
No horizonte, ESPERANÇA
No infinito, FÉ
No coração, AMOR!

Acima do ter, SER
Acima do falar, AGIR
Acima do julgar, COMPREENDER
Acima de tudo, AMAR!

Agora vai, timoneiro
Singra os mares,
Calmos ou revoltos mares existenciais
E... Sejas FELIZ!

Se eu soubesse...

Rafaella, minha doce menina,
Não tenhas medo!
Eu sou você no futuro
Vim te contar
Um segredo

Antes, porém, me acompanhe
Ao dezembro da vida,
Pois lá recordarás
Página por página vivida

Chegamos!
Rafaella, minha doce menina,
Não tenhas medo!
Vou te contar o segredo

Lembra-te do dia em que nasceste?
Do ciúme provocado
Do colinho disputado
Com a maninha Raianna

Lembra-te dos teus cinco anos?
Ciúmes, beicinhos e lágrimas...
Que desapareçam as rivais!
Eras a namoradinha do papai

Lembra-te dos teus dez anos?
Com as amiguinhas, exigente
E as histórias contadas
Pra mamãe confidente

Lembra-te dos teus treze anos?
Das bonecas esquecidas
Dos medos e dúvidas
Das paixões escondidas

Lembra-te dos teus quinze anos?
Da liberdade almejada
Das dores, amores e sonhos...
Da responsabilidade cobrada

Lembra-te dos teus vinte anos?
Dos trinta?
Dos quarenta?
Dos cinquenta?
Dos sessenta?
E tantos outros mais...

Rafaella, minha doce menina,
Não tenhas medo!
Não tenhas medo da vida
Dos anos que passam,
Das lembranças que ficam

Pois cada página construída
É deveras importante
Se intensamente vivida

Nuances da vida...

Sob o crepúsculo
Agoniza mais um dia
Minutos mais,
Minutos menos
E, como seus precedentes,
Novo náufrago
No oceano do tempo...

Sob o crepúsculo
Agoniza mais um dia
E, como seus precedentes,
Prisão/insegurança
Ou mudança/solução
Pra tantos itinerantes
Da vida...

Sob o crepúsculo
Pulsa um coração,
Alienado e descontente
Preso a devaneios oníricos
A lamentar momentos
Que seguramente vazaram
Pelos ralos do tempo...

Sob o crepúsculo
Pulsa um coração,
Desperto e consciente
Determinado a viver,
Como dádiva especial,
Átimos singulares
Desse flash existencial...

Ah, se eu pudesse...

Ah, se eu pudesse
Estar ao teu lado neste momento
Ouvir-te enquanto falas
Enquanto calas, buscando respostas

Se eu pudesse
Imergir contigo nas águas do silêncio
Sentir-te deveras introspectivo
Encontrando as respostas em teu coração

Ah, se eu pudesse
Estar ao teu lado neste momento
Para dizer-te o quanto és ESPECIAL
Dividir contigo a alegria de ser, de viver

Se eu pudesse
Emergir das águas da tua consciência
Mostrar-te, enfim, que não és casca
Não és sombra e nem pó... És FILHO da LUZ!

Ah, se eu pudesse...

Verdade absoluta...

Verdade enclausurada
Absoluta impera
Nas pupilas dilatadas
Do menino à beira mar

Verdade enclausurada
Absoluta encerra
Nas pupilas cansadas
Do ancião a divagar

Se absoluta impera
Se absoluta encerra
Como pode a verdade
Num olhar se enclausurar?

Amor Bandido


Ouve-se, frequentemente, mulheres dizerem “eu não sei o que foi que eu vi nesse cara”.
Ele parece não gostar de nada.Principalmente das coisas que eu aprecio. É um chato. Filme pra ele é bang-bang ou de guerra. Até do Jeca Tatu ele gosta. Música, então, só com som bem alto, sertanejas, zonão de preferência. Quando vai se vestir enfia a primeira camisa surrada que encontra no armário, mistura sapato preto com meias brancas e sai falando errado, engolindo os “esses” e os “erres”. Sem nenhum pudor faz xixi na minha frente e fala de boca cheia. O último livro que leu estava na quinta série e assim mesmo foi pressionado pela professora de Literatura. Chega a ser cafajeste o jeito que o mal-educado me trata A culpa de tudo o que acontece é sempre minha. Só falta me dizer que o Bahuam engravidou a Maya porque eu emprestei a cama. O que some foi porque eu tenho mania de esconder as coisas e quando viaja esquece o número do meu telefone na primeira esquina.
É, você, inteligente, culta, leitora assídua dos jornais diários, chegada nos clássicos da literatura universal, fã do Chico Buarque e do Caetano, organizada, bem vestida e cheirando a Natura, ama esse despropósito da natureza. Fica por horas na cama procurando o cheiro desta coisa sem nenhuma vocação para príncipe encantado.
Quando ele está longe, então a coisa piora. Falta a droga que inebria seus cinco sentidos. Falta o gosto daquele beijo que só ele tem, aquela pegada que te arrepia até o dedinho do pé, aquele cheiro de pecado mortal. É amiga, isso é a loucura chamada paixão, o tal de “amor bandido”. Como é amor não tem referência fora do objeto desejado. Existe em si e de si mesmo se alimenta, coisa assim meio filme de terror. Dá medo, paralisa, eletriza, mas a gente fica ali, com medo às vezes, mas achando bom.
Por isso vai-se ficando neste círculo fechado, envolvidas por este mistério que mistura paz e tormento, alegria e raiva obedecendo ao sentimento que provoca e estimula. E dane-se a razão.
Até quando nunca se sabe. O mais provável é que ele te atormente por toda vida. Não há, nesses casos espaços vazios para que outro o preencha e te salve. Ninguém consegue neutralizar este encantamento. Ele tem magia, magnetismo, está escrito nas estrelas e obedece a um alinhamento estelar, cósmico. Quando se está perto tem-se vontade de fugir, mas quando longe a sensação de alívio não vem. No lugar instala-se a dor da saudade da pele, do cheiro que só ele possui. Dependência total.
É o amor-bandido, mas você vai achar que é a coisa melhor do mundo.

Vidas a ermo...

Passos dispersos no chão batido
Horizonte a muito esquecido
Eis o caminhar do homem
Na mente que tolhe
Dos pés, a firmeza
No coração que sente
Ou não, a tristeza
Imersa em lágrimas ausentes...
Ah! "É tão-somente uma vida"
Uma história marcada
Sentida
Anulada por lapsos de memória...

Domingos de verão
Naquele verão houve entre nós uma cumplicidade feita de poucas palavras. Éramos um turbilhão de hormônios a se procurarem meio que atrapalhados pelo barulho das águas do rio que , ali bem perto , se oferecia como alívio a quase dor que nossos jovens corpos sentiam, pela necessidade de se misturarem , impulsionados pela paixão a caro custo contida.
O lugar, menos que uma aldeia, guardava o cheiro do mato, o ar perfumado pelo odor das espigas maduras vindas do milharal do outro lado da estrada. O som dos insetos de verão, o bicho que canta nas pitangueiras, tudo fazia parte de um cenário mágico, definitivo naquela hora. Parecia que tudo era pra sempre. As árvores não sairiam nunca dali, o rio manteria o leito cantando entre as pedras. Definitivamente pela vida afora.
Mal sabíamos nós que este era apenas o prólogo de uma quase triste história e que nós a escreveríamos com a dor que os inocentes desconhecem. Apenas sabíamos que estávamos vivos. Tínhamos a sensação de eternidade . Em nem um momento pensamos na possibilidade da morte. Por que, se tudo ao nosso redor era vida, pulsava e respirava? Morrer é coisa para quem é velho. Juventude e eternidade se confundiam obedecendo às nossas emoções.
Havia silêncio no universo. Harmonia na natureza quase selvagem daquele domingo de verão. Posso ouvir o canto das cigarras, a timidez das nossas mãos teimando em se tocar pela ponta dos dedos. Belos e férteis, tudo parecia nos pertencer. Não tínhamos passado e o futuro não nos preocupava. Tudo era suave e a vida era aquele momento. Nada mais.
Amor feito de inocência, de curiosidade, de desejo contido, de promessas que nem sequer foram feitas, sem posse, sem nada tirar , sem nada pedir. Apenas amor , inocente, cálido e sem culpas, feito de palavras tímidas a caro custo proferidas , sem nenhuma pressa.
Não sabíamos que a destruição existia. Sem começo, parecendo sem fim. Por isso imortal, sem cronologia, Um amor perfeito. Só a inocência pode ser perfeita. Éramos seres quase angelicais.
Compartilhamos felicidade sem saber que era nossa chance de conhecer o amor verdadeiro, que brota da alma da gente com a naturalidade com que cantam as cigarras nas tardes quentes de verão.
Bastava a escadinha modesta de madeira cheia de nós que sentávamos para conversar. Conversas repassadas de timidez e sem nenhuma malícia. Nosso maior pecado foi um beijo roubado numa destas tardes. Valeu uma semana sem dormir curtindo aquele gosto doce de amor e pecado . Havíamos transgredido as regras .
A pergunta do que seria o depois bailava na minha cabeça e me amedrontava pensar que um dia faríamos coisas , outras coisas que eu não tinha nem como imaginar quais eram
Mas ficou só nisso. O amor ficou apenas na memória, mas numa memória que existe dentro do mais profundo sentimento, naquela parte do coração da gente onde os tesouros são escondidos.
São lembranças que não concordam em se misturar as profanas e amargas que vêm depois. Elas são puras e sagradas e como tal devem ser guardadas como relíquias que são.
Assim eu te guardei. E por anos a fio te conservo, intacto, acreditando que um amor como este é para sempre, intocável, imaculado, para ser vivido até a eternidade .
Só te recrimino por teres ido embora sem me dizer nada. E por nunca mais teres voltado, senão nos meus sonhos , aqueles que acontecem sempre nas noites de domingo, nas noites de verão

CONFESSO QUE ESTOU COM RAIVA


De repente um alarme dispara dentro de você, como aqueles contra ladrões que a maioria dos carros possui. Alguém está lhe roubando, sua paz interior foi abalada e o alarme dispara; é hora de se defender e seu instinto de conservação entra em ação.
O sentimento é de muita raiva. Fomos atacadas e feridas naqueles sentimentos mais profundos, no fundo da alma onde guardamos nossas verdades, nossos anseios e nossos medos. Vem o descontrole, os pensamentos ficam confusos e o coração parece querer saltar pela boca.
A raiva é mais ou menos isso. Uma síndrome quase patológica que abala de vez nosso emocional e se reflete, muitas vezes, nas reações físicas. E sentir-se mal é só o começo. O pior que a monstrinha vem acompanhada de irritação, sede de vingança e uma cólera que deixaria um pit-bull com vergonha.

Mas quem vai ficar com vergonha é a gente mesma e não vai demorar muito, afinal mulher educada, equilibrada não tem direito de ficar com essa raiva toda só porque foi vítima de uma frágil mentirinha. Perder o equilíbrio se até libriana você é? Mas perdeu. E ficou simplesmente furiosa, detestavelmente irada, abalada e com todas as baterias voltadas para o seu agressor.
Ninguém tomou vacina contra este tipo de raiva e não tem imunidade contra ela. Vai ter que elaborar este sentimento incapacitante e negativo. Abalada recolhe-se para não dar vexame perante as pessoas com as quais convive. Afinal, descontrole emocional não fica bem numa mulher madura, independente e que se impõe pela serenidade e sofre em ver sua imagem arranhada por perder a razão.
Ninguém está livre de sentir-se assim em um dado momento da vida. Todos os sentimentos humanos existem dentro da gente e, muitas vezes, precisa muito pouco para que eles aflorem e provoquem uma avalanche derrubando as comportas que os detém. É normal perder-se as estribeiras quando nos sentimos traídas e enganadas. Todo mundo , em um dado momento passa por isto. O ego, poderoso como é, potencializa o sentimento de orgulho ferido. Por isto é que sentimos raiva, pela vergonha de nos deixarmos iludir e enganar, como se nossa fosse a culpa, assumimos um erro que na maioria das vezes não colaboramos para que acontecesse.
É hora de baixar a adrenalina, fazer o caminho de volta à calma, respirar fundo e até exercitar um perdãozinho básico. Dizer a si mesma “essa raiva não me pertence”, já é um bom começo para livrar-se dela. Permanecer magoada, furiosa e humilhada, pensar que se é uma idiota de carteirinha é exagero que só faz mal. Raiva tem prazo de validade e vai passar.Em si mesma não é uma coisa nem boa nem má. É apenas a maneira que nossos sentimentos encontram para livrar-se da dor que causa um latrocínio amoroso, de uma ingratidão ou de uma injustiça.
Se for preciso chorar vamos às lágrimas, se gritar alivia a raiva, que se grite bem alto. Se a solução for devolver à fonte faça um belo pacote de presente e mande entregar ao seu agressor, mas tome as precauções necessárias, não vale “pagar mico”. Vingancinha branca até pode, mas não deixe que evolua para um sentimento mais forte de ódio ou rancor. Isto só faria sofrer mais. Dizer as si mesma “não gosto de estar me sentindo assim”, olhar-se no espelho e conferir com sua própria imagem seus sentimentos, colocar-se nos trilhos e seguir em frente. Passou.
É, meninas, acho que andei lendo muitos livros de auto-ajuda, mas como sentir raiva é coisa por demais humana não tem mal nenhum a gente refletir sobre isto.
Pensando bem, também solucionamos nossas pendências afetivas e redimimos nossas emoções negativas quando as encaramos, corajosamente

AMOR E A PAIXÃO




“O céu está parado, não conta nenhum segredo; a estrada está parada, não leva a nenhum lugar. A areia do tempo escorre entre meus dedos. Ai que medo de amar,”
( Vinícius de Moraes)
O amor e a paixão são sentimentos sempre presentes na vida de qualquer ser humano. Ninguém vive sem amor. Ama-se uma mulher, um homem, um deus, a si mesmo, ama-se o filho, o pai, a profissão, a ausência, a flor, o desejo de amar. Ama-se na saudade, na dor, na alegria.
Por ser o amor um sentimento tão forte e envolvente sobrepondo-se à vontade, constituindo-se, inclusive, em algo assustador, sendo comparado por muitos, à própria morte. É vasta a produção literária sobre o tema, em todas as línguas. . Homens e mulheres imprimiram em palavras a expressão do seu amor e toda força arrasadora que ele possui. Capaz de levar o ser humano a cometer todos os gestos, ganhar, perder, sorrir, chorar, querer e não querer viver e morrer, vivenciar todas as contradições de que é capaz sua natureza. Como diz Oswald de Andrade, “O homem é um animal que vive entre dois grandes brinquedos: o amor onde tudo ganha e a morte onde tudo perde.” Visto assim o amor é sinônimo de vida, pois opõe-se à morte, à solidão. Amar é ganhar, crescer, evoluir. Não amar é morrer. É preciso vivenciar o amor se quisermos viver em estado de felicidade, de plenitude.
Por tudo isso o homem vive em busca do amor e tudo que mais deseja é ser desejado por outro ser humano. Todos conhecem a dor “da ferida que dói e não se sente”, já queimaram no “fogo que arde sem se ver” (Camões), “ouviram estrelas” com Olavo Bilac ou simplesmente cantaram com Zezé de Camargo e Luciano”que mexe com minha cabeça e me deixa assim”. Princípio unificador do cosmos, segundo filósofos gregos, êxtase celestial, doce tormento entre outras definições. Por ser assim tão poderoso, o sentimento do amor vem merecendo a atenção, até mesmo dos estudiosos do comportamento humano que, na tentativa de objetivá-lo, descobriram que há todo um processo hormonal ativadores dos impulsos amorosos quando alguém se encontra sob os efeitos da paixão: dopamina, norepinefrina e feniletilamina se derramam como cascatas poderosas ao longo dos nervos, espalhando-se pelo sangue, gerando reações comportamentais até mesmo perigosas. Visto assim, o amor se constitui em uma força independente e incontrolável, quase doença, loucura talvez. Que culpa têm, então, os que matam ou morrem por amor?É por ele ou pela falta dele que passa o fluxo da vida e da morte. Pobres de nós que já nascemos com a marca da trajetória impressa em nosso código genético, uma bomba capaz de nos implodir a qualquer momento. Entretanto vamos amando pela vida afora, invejando os namorados que vemos trocando afagos, abraços e beijos sem se importar com o custo de vida nem com a fome do mundo. Quem está em estado amoroso não vê, não pensa , não sente fome nem frio, o céu é sempre azul as noites todas estreladas.
Por isso é tão difícil carregar o estigma da exclusão amorosa, a humilhante condição de não-amados que os rejeitados conhecem Mas é sempre bom pensar que tudo pode se modificar em segundos, que o amor pode chegar com a rapidez e de forma surpreendente como explodiram as Torres Gêmeas. Afinal essa é uma das grandes armadilhas do amor “chegar quando menos se espera”.

A CRUELDADE DE SER MULHER


Volto ao tema da "crueldade" por me parecer inesgotável.
Qualquer coisa pode, em determinado momento, ser cruel.Mulher é sujeito e objeto de muita crueldade.
É cruel ser bonita, ser jovem, inteligente, regada a hormônios, feromônios, progesteronada e anfetaminada. Portadora saudável da vida e da fertilidade
Nada de errado nisso. É a fase da juventude, das paixões desenfreadas , da alegria e dos sonhos. É quando parecemos eternos. Tudo podemos e tudo queremos,
afinal pensamos que a velhice nunca nos atingirá, como se fôssemos vacinados contra ela. É coisa da vovó. Ela que se vire, problema dela e de quem é velho.
Que crueldade, não com os mais velhos porque esses já estão noutra. É com aquele corpinho perfeito, uns mais bonitos outros menos, mas todos no melhor da hora.
O tempo, o velho e impiedoso "senhor da razão" passa e traz com ele os efeitos da lei da gravidade, das nefastas exposições ao sol em busca daquela corzinha de pecado,
a gravidez de quase todas, as noites mal-dormidas, a dupla jornada de trabalho e outras mazelas que só às mulheres são impostas.
Fazer o quê? Algumas, cuja situação financeira permite, vão a busca das cirurgias plásticas e acomodam litros de silicone em bundas caídas e seios murchos e dá-lhe "botox",
dentes implantados, tinturas nos cabelos e por aí vai. São tantos os recursos que o mercado oferece. É a indústria da juventude eterna, tão amplamente sonhada. Melhor ainda se juntar-se a isto longas e penosas caminhadas, de prefarência usando tênis redutor de impacto e belas malhas de preço bem alto.Dietas, academias, massagens, muitos cremes. Tudo junto pode tirar um punhado de anos do visual. Permite até o uso daquele “baby look" da filha e daquele "jeans" apertadinho .Parecem irmãs, muitos elogiam.E o ego?Vai bem obrigada.
Pareço despeitada dizendo essas coisas, mas confesso que já fiz um pouco disso e só não fiz mais porque o dinheiro não deixou. Hoje me pertgunto se vale a pena tanto investimento e tanto sacrifício.
Vejo todos os dias mulheres que não reconheço. Até colegas de escola, sempre inesquecíveis, passam por mim sem que eu junte o rosto de hoje ao do tempo do colégio. A cara é outra, dentuça, lábios grossos, repuxadas, parecendo um "Fusquinha" reformado. Muitas até bem bonitas, mas se terem conseguido quase nada do que foi no modelo original.Sorriso, então, parece que foi modificado com grampeador.
A velhice é inevitável. Só não envelhece quem morre antes. A frase é popular e não é minha, mas nem por isso deixa de ser verdadeira. Envelhecemos porque vivemos e se vivemos temos que arcar com as consequências. Não precisamos ir para o ferro velho, isso seria injusto demais com as mulheres mais velhas. Há muitas formas de se encarar a idade com altivez e dignidade, com estilo próprio, cuidando da saúde da beleza madura que vemos estampada no rosto de tantas por aí. Cabelos bem tratados (cabelos é determinante), dentes brancos, unhas feitas, de preferência mais curtas (unhas tipo garras comprometem qualquer visual). Ser elegante, ostentar a sabedoria que o tempo nos dá, vale mais do que ser gostosa. Elegante podemos ser enquanto vivermos, mas permanecer gostosa fica muito difícil e cruel para não dizer ridículo
Bom que temos escolha, já que da crueldade de envelhecer ninguém escapa. Ser sujeito de sua própria história e não meros objetos de consumo comercial e de homens carecas , barrigudos e culturalmente
convencidos que a eles foi dado e reservado o direito as mais belas e jovens fêmeas da natureza, meros objetos de prazer , permutáveis , passíveis de serem trocadas por um modelo mais novo .
Hoje é domingo e a saudade da minha vó me assaltou. Vontade de comer a comidinha que ela fazia, de deitar no colo carinhoso e acariciar aqueles cabelinhos que sempre conheci brancos e presos na nuca.
Um pote de amor e sabedoria que me foi dado como exemplo de vida. Acho que vou querer envelhecer assim sendo um doce vovozinha de colo macio e fala mansa. Mas será que a mídia vai deixar?

hoje e dia de cometer loucuras
por riso,,,, ame sem limites
sorria sem cessar
pule brinque de cambalhotas, de ávida o que ela não te dar
faça hoje o que você queria ter feito ontem
hoje não corra atrás de seus sonhos ,,,corra na frente
hoje olhe para esse sol maravilhoso e sorria com ele
se estiver chovendo tome banho de chuva ,pule sorria
hoje ávida quer te abraçar ,então deixe , ela te levar, mas vai com calma
hoje olhe para alguém que esta triste ,,e diga te amo
hoje faça gols de sorrisos ,não importa faça gols
hoje se você cair ,ria de você mesmo , e levante
hoje hoje hoje ,ontem não ,amanha também não ,,,so hoje
hoje você esta aqui
hoje não desista da quede amor que esta guardado
hoje de uma chance para seu coração
hoje saiba viver e não deixe a vida passar ,mas passe com ela
hoje não importa quem ,mas diga eu te amo
hoje eu quero te dizer ;;;;;eu te amo

Sem medo de amar eu amei muito,e muito fui amada
Sem medo de viver eu vi vir, e ainda vivo
Sem medo de sonhar sonhei ,,sonhei muito
Sem medo de chorar muito chorei , ainda estou chorando
Sem medo de errar acabei errando , com vontade de acertar
Sem medo de sorrir eu sorrir , e muito
Sem medo de cair acabei caindo ,mas me levantei
Sem medo de gritar , eu gritei eu te amo

Contrastes...

Já olhaste nos olhos
de quem te ama além das dores,
dos amores de verão?

Aquém, pautas reticentes
Mares que se abrem em ondas secas
Palavras ao vento
Promessas vãs
Juramento...
Ressaca de lágrimas ausentes

Já olhaste além das sombras
que cerceiam teu desejo de amar,
de ser amado(a)?

Aquém, contrastes
Horizontes que se fecham em breu
Palavras mortas
Ações tortas
Arrependimento...
A vida não te dá o que não podes receber
Nem te cobra o que não podes oferecer

Maria Aparecida Giacomini Dóro

Que bela é a santa pureza! Mas não é santa nem agradável a Deus, se a separamos da caridade. A caridade é a semente que crescerá e dará frutos saborosíssimos com a rega que é a pureza. Sem caridade, a pureza é infecunda, e as suas águas estéreis convertem as almas num lamaçal, num charco imundo, donde saem baforadas de soberba. [16]
A caridade teologal surge-nos, sem dúvida, como a mais alta das virtudes. Mas a castidade é o meio "sine qua non", uma condição imprescindível para se atingir o diálogo íntimo com Deus. E quando não é observada, quando não se luta, acaba-se cego; não se vê nada, porque o homem animal não pode perceber as coisas que são do Espírito de Deus.
Nós queremos olhar com olhos limpos, animados pela pregação do Mestre: "Bem-aventurados os que têm o coração puro, porque verão a Deus." A Igreja apresentou sempre estas palavras como um convite à castidade. Guardam um coração sadio, escreve São João Crisóstomo, "os que possuem uma consciência completamente limpa ou os que amam a castidade." Nenhuma virtude é tão necessária como esta para ver a Deus.

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