Minha Terra tem Palmeiras onde Canta o Sabia
Por toda a minha vida
Parte 4:
Peguei mais um copo de bebida. Voltei ao lugar onde eu estava antes de sair. Era tranquilo ali naquele canto. E eu podia ver todo mundo, sem quase ninguém me ver. Estava ali encostada na parede, tentando encontrá-lo com o olhar, quando então o encontrei. Ele estava conversando com uns garotos da turma. Eu continuava bebendo. Fiquei um bom tempo ali encostada na parede bebendo e perdendo e encontrando ele no meio da multidão. Já era bem tarde, muitos já se penduravam nas paredes, caindo de bêbados, assim como eu. Mas eu sabia que ainda conseguia raciocinar. Fiquei olhando para as pessoas. Quando de repente ele apareceu bem na minha frente.
- Acho melhor você parar - ele disse. - Não acho que vai aproveitar a festa assim.
- Não faz mal. A festa agora já se esgotou. Olhe ao seu redor.
Ele deu uma olhada e depois olhou novamente para mim. Ficou me encarando por uns segundos, então eu disse:
- Vou pegar outro copo, quer um?
- Já disse que não posso beber, obrigado. E não acho que você devia fazer isso.
- Por quê não? Até parece que você se importa...
- Me importo. E sei das consequências de beber, e não acho que você vai gostar das consequências.
- Eu também sei das consequências. Não precisa me dizer.
- O.k. Desculpa.
- Tudo bem. Vou ali levar o copo, já volto.
Tentei levar o copo até o lixo. Tentei dar um passo. Não consegui. Por sorte, ele ficou me olhando e me segurou. Bom, pelo menos consegui realizar um desejo. De cair no nos braços dele. Ele pareceu ter se assutado e perguntou:
- Tá tudo bem? Não tá passando mal? Caramba, eu disse pra você não beber mais.
- Eu tô bem, caramba, tô bem.
- É, acho que sim.
Ele disse isso me dando um olhar de censura. Tive que pedir desculpas.
- Desculpa. Não quis ser grosseira.
- Tudo bem. Me dá aqui esse copo, vou levar no lixo.
Depois de uns segundos, ele reapareceu, dizendo:
- Acho melhor você ir para casa.
- Não quero ir para casa, mas também não quero ficar aqui.
- Quer ir para onde, então?
- Não sei, qualquer lugar.
Ele ficou me encarando, então pegou na minha mão e me arrastou para fora da boate. E continuou me arrastando para algum lugar. E eu apenas o acompanhei sem protestar. E nem iria. Qualquer lugar com ele seria demais. Mas não só porque ele é lindo, mas porque eu confio nele. Ele me levou para um lugar cheio de carros. Até que chegou ao carro dele e ele abriu a porta para mim entrar, sem falar nada. Se era assim, tudo bem. Apenas fiz a vontade dele.
Perigosamente sincero com as palavras
Guardo o meu juízo onde não veja
Para que a minha emoção
Tenha controle de tudo;
Pois a arte de amar é a arte da perfeição
E nem todo mundo é artista
Nem reconhece o perfeito
Como sentimento de paixão;
Viver pra sofrer, essa é a minha sina, onde a alma mutila, um coração que implora pela vida. Vida esta que foi me dada por conveniência, não tenho mais paciência para tanta negligencia. Em um mundo onde o coração de um poeta não sabem ler, de que adianta viver, senão for para sofrer? Poeta não sou e nem pretendo ser, só quero rabiscar minha dor, pobre de quem ler. Dor esta que não consigo suportar e que tantas vezes, pôs meus olhos a chorar. Sigo a diante com você no pensamento, não tenho nada, a não ser o meu tormento. Coração cheio de desalento, chega a ser rabugento, esta parado no tempo, onde revive seu melhor momento, que outrora fora feliz com alguém que morreu faz tempo. Digo que vi mil vezes a cara do amor e duas mil vezes quis amar. Quase sempre ouvi palavras boas as quais, elas mesmas sabem falar. Que o amor é doce, mas tem o fim amargo e que sabe acima de tudo, como matar.
Aqui, nas profundezas de minha mente, sonhos e imaginação se confundem. Aqui é o único lugar onde posso ser realmente livre, independentemente da falsa liberdade imposta a meu corpo pelos escravocratas da nova ordem.
Não adianta mesmo... não perco esta minha mania de sonhar...com um mundo onde as pessoas se respeitem...que elas até possam discordar em muitas situações...mas mesmo assim, apesar das possíveis desavenças, das opiniões diversas, o respeito pelo outro esteja sempre e acima de tudo...
Você minha linda estrelinha;
que passou por mim como uma cadente;
onde estás agora.
Acredito que em sono profundo.
Ainda lembro de você e da sua doçura.
Ainda penso em você quase todo dia.
Viu, eu estava certo. Passei e você se foi;
Lutei com a minhas forças para que tudo que foi lindo e maravilhoso não acabasse em tristeza ou dor.
Agora você dorme em berço novo.
Suas esperanças se renovam e você vai caminhar para frente.
Vai conseguir almejar o que queria.
E sua inteligência vai suplantar a de ontem.
Fique bem, eu ficarei com o amargou da minha idade. Renova as esperanças somente com a morte.
Ah! morte. Ela não é ingrata. Ingrata é a vida que chama a morte lentamente.
Ingrata é a vida, depois de bem vivia se esvai pelo tempo.
A todos: digo que amo, amo pra valer. Espero um dia que minhas duvidas terminem nessa vida e novas dúvidas comecem no amanhecer de uma outra vida.
Nessa madrugada fria onde teu coração gelado se perde
minha alma vai de encontro a ti somente para aquece-lo
onde você estiver...
Sinta minha presença no calor que subitamente te envolve
E com um beijo suave beijo tua face,deixando como presente
o perfume que emana de mim...
Minha Paixão pela escrita me leva por caminhos onde "desejar com o coração" é a palavra chave.
Onde vivo uma história, ou várias histórias paralelas.
Onde posso ser eu mesma ou quem mais desejar. É nessa vida literária que encontro prazer e posso sonhar.
Lilian Reis
Nos meus sonhos é onde tenho meus anseios. Minha plenitude maior ocorre nos meus sonhos, é onde realmente descanso meu corpo e alma. Onde me levo ao vazio e onde somem todos os pensamentos perturbadores que ocorrem em minha vida ao passar dos dias.
meu corpo é a sepultura onde minha esperança permanece com a minha alma em um longo e solitário pesadelo
Jó, 14, onde se lê: "Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo"
Sinto sem incomodo...
0 vento de sonhos alheios me soprar na face
Eis onde reside minha leveza de ser.
Eu penso que tudo era mais fácil quando eu era criança, onde a minha maior preocupação era qual roupinha ficaria bem em minha boneca, qual sabor de sorvete escolher, se eu ia conseguir encontrar as pessoas no esconde-esconde, em fim coisas de criança. A adolescência chega e com ela a maturidade, para alguns é claro.
Qualquer lugar é a minha casa. Em qualquer lugar eu acho conforto. No fim do mundo, onde o vento se nega ir, tudo cinza, tudo sem graça. Não se preocupe com o frio de lá, meu coração se aquece só de lembrar que eu tenho vocês. É isso o que me faz feliz.
Alice
Doze anos depois voltei ao cemitério onde foi sepultada minha genitora. Estava na Cidade a passeio, então resolvi ir fazer uma visita. Ao entrar, não achei o local exato do sepulcro, fiquei andando em círculos a procura. Assim que entrei, vi uma garotinha, talvez 9 ou 10 anos de pé, cabeça baixa olhando para um túmulo, como se estivesse rezando. Quando passei bem perto dela senti um arrepio em toda minha coluna. Não dei importância e segui a procura do lugar onde estava o túmulo da minha genitora.
Sem me lembrar onde exatamente era o local, afinal, doze anos já haviam se passado, desisti da busca e fiquei a andar a esmo. Novamente me aproximei do lugar onde estava a garota que vi quando entrei, parei perto dela e fiquei a observar o nome da pessoa que estava ali sepultada. Não era um nome conhecido para mim, mesmo assim resolvi fazer uma oração junto a garota que ali estava.
Fiquei perto dela uns dois metros, talvez um pouco menos. Ela virou-se para mim, e perguntou se eu a estava vendo e ouvindo. Respondi que sim e então lhe contei a minha desolação em não achar o túmulo da minha genitora, por isso parei para prestar uma solidariedade, já que não achei o que procurava. A garota com um semblante muito sério disse-me que eu estava exatamente no lugar que eu procurava. Eu respondi que achava que não, pois o nome da pessoa sepultada ali não era o nome que eu procurava.
Você é muito diferente das pessoas comuns. – Disse ela e continuou. – Agora que percebi que você pode me ver e ouvir vou lhe contar o que aconteceu. As pessoas que foram enterradas aqui foram retiradas e colocadas noutro local nove anos atrás, essa pessoa que está aqui agora não é quem você procura, ela já não está mais aqui. – Eu a interrompi e perguntei se a pessoa enterrada ali era parente dela. – Ela respondeu que era mãe dela. – Eu disse-lhe que sentia muito. – E ela disse que o nome dela deveria ser Alice e o nome da mãe dela era Francisca. – Vou embora – Disse ela. – Não diga pra ninguém que me viu aqui, obrigada por ter falado comigo, adeus. – Saiu andando e sumiu entre os outros túmulos. Aproximei-me mais um pouco daquele túmulo e li o nome da pessoa em uma inscrição gravada numa pedra de mármore. Estava escrito: “Francisca Leite Farias. – Descanse em paz, mãe e filha”.
Charles Silva – Textos
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