Minha Terra tem Palmeiras onde Canta o Sabia
Para Deus somos raridade
E não tem como negar
Que Ele nos dá muita coragem
Para os desafios sempre enfrentar
Se em branco chegar-te essa missiva
Não reclames do pobre remetente
Que tem buscado ser um depoente
Do que faz sua alma ser cativa.
Se manchada for essa narrativa
E o sentido estiver comprometido
É que o peito batendo combalido
Poucas forças tem para se expressar
E o olhar que vive a lacrimejar
Prejudica o poema redigido.
Aqui Jaz o Amor...
Na vereda tem uma tumba,
Uma coroa de flores,
Pássaros que cantam,
Uma brisa reconfortante
E uma melancolia
Quando leio no epitáfio,
‘’Aqui jaz o amor...’’
Este lugar não está dentro de mim!
Este lugar não está dentro de mim!
Eu queria ter esta certeza,
Mas as borboletas vão se transformando
Em lagartas como uma metamorfose ao contrario
As flores vão se fechando,
Uma por uma, os pássaros silenciam
Pessoas que acompanham um féretro
Aproximam-se e alguém coloca
O caixão naquela tumba,
Percebo que todos que estão ali
São pessoas que eu já vi morrer,
É um funeral ao contrário...
Este lugar não está dentro de mim!
Este lugar não esta destro de mim!
Agora todos sorriem,
E os pássaros voltam a cantar,
E as flores se abrem novamente,
As borboletas se transformam novamente,
A brisa volta a soprar, é um ciclo,
O amor morre de novo,
Porque a vida continua para novos amores...
Você nem sabe o que é solidão
Por ser assim tão bela,
Tem sempre alguém a tua disposição
Em alguma janela...
REFLEXO
Eu quero esquecer o passado
Mas tenho medo
Eu quero esquecer o medo
Mas tem o passado
Eu quero esquecer o sorriso
Vermelho do palhaço
Mas tem o espelho
Eu quero esquecer o vampiro
Mas não tem reflexo no espelho
Eu quero esquecer que sou fraco
Mas tenho meus complexos
sou fraco, caio de joelhos
Eu quero esquecer a lua
mas tem a janela como uma moldura
Tem o lago prateado com a sua candura
tem o seu reflexo
Tem o lobisomem que resistiu ao folclore...
.Tem a estrofe de um soneto feito uma tocaia
Tem a lembrança de tua saia
Ao vento tem este querer imenso...
DOCES LEMBRANÇAS
O passado tem braços longos,
Tem mãos como tenazes,
Tem pernas compridas
Tem pés gigantescos
Que pisam na minha cabeça,
O passado é como uma tigresa
Dos dentes de sabre
Que tem minha cabeça
Entre suas presas...
Que tem meu coração
Pulsando na relva
E tem minhalma vagando sobre os lagos
Dançando as valsas
De madrigais inesquecíveis,
Doces lembranças que não se dissiparam...
Menina do Rio
Autor: Tadeu G. Memória
Você tem as paisagens das colinas,
O Cristo, Copa, a Quinta...
Maracá, flamengo e a Rua Venus,
Trombas d’água e neblinas,
Garotos que sussurram galanteios,
De corpos perfeitos, meninas...
Você tem o Rio e o Rio corre em Você,
Eu tenho uma folha de caderno e uma Caneta,
Eu faço o poema e o poema me Envolve
Com metamorfoses, vicissitudes e cataclismas
Mágoas e marcas indeléveis de trezentos anos.
Os meus cabelos já ficaram brancos...
Antes eu não era nada, agora eu não sou ninguém,
E você tem o Rio e o Rio te tem...
Eu já conheci essa paixão avassaladoura
de fim-de-semana...
Sexta a gente se apaixona...
Casa-se sábado...
Domingo é lua de mel
E segunda? E segunda?
Aonde eu vou me esconder?
Eu não tenho colinas...
Tem umpé de estrelas
florindo lá no meu quintal
tem estrelas vermelhas,
azuis, amarelas, douradas e tem furta-cor
tem estrela que traz a manhã,
vespertinas prateadas de luz
cambiantes de amor
tem estrelas majentas,
cobre e carmim,
tem estrelas de pétalas agudas
tem sois de todas as grandezas,
tem estrelas guias, anãs,
binárias eclipsantes, quasares e supernovas
e tem as que bebem
se embriagam e se despem...
ESQUECE
Não se esqueça de mim
Não esquece a roupa no varal
Não esquece tem sal no feijão
Não esquece a vida
As contas de água e de luz,
Não esquece segunda é feriado nacional
Não esquece o gari vai passar,
O dentista o plano funeral,
Não esquece a ração
E as vacinas dos gatos,
Os retratos CPF e título de eleitor,
As cobranças boletos e faturas,
Não esquece as mensagens fonadas,
Não esquece o galego, e o dinheiro do queijo
Quebra pedra, o boldo e o mastruz,
Nõo esquece as ervas...
Não esquece o dízimo e missões
Não esquece o fogão aceso,
O ferro ligado, torneira pingando
E se houver tempo para todas as pequenas coisas
Esqueça de ser feliz...
Quantos raios de sol tem uma manhã? Você tinha uma manhã em cada olho e os pássaros cantavam para despertar os desejos adormecidos sob seu travesseiro de penas, então o sonho estendia seu tapete vermelho e a felicidade casaria com o prazer, era a magia da vida, que doura a adolescência, prateia a juventude e tenta desesperadamente camuflar as dificuldades, então os pássaros se debatem numa gaiola de ouro, ou são despenados para uma fantasia, mas o carnaval é passageiro e os brilhos das fantasias ficam esquecidos no barracão; então de todos os sonhos realizados há uma inexplicável insatisfação incompreensível para a alma ou que nos negamos a admiti: os pássaros querem voar... os pássaros querem voar...
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