Minha Sede de Viver e uma Ameaca Atomica
Naquele dia
Naquele dia...
Um friozinho se fazia.
Uma brisa levezinha.
Um vento.
Pequena ventania.
Naquele dia.
Naquele dia...
Era só você que existia.
Eu fugia.
Tu me seduzias.
O eu que não era meu
Em você aparecia.
Naquele dia.
Naquele dia...
Encostei-me lentamente.
A pulsação tremia.
Foi o beijo que eu queria
Naquele dia.
Naquele dia...
A lua se escondia
Nada nos continha
Agente se entendia.
Naquele dia.
Naquele dia...
Todas as rosas tu mereceria.
Amei-te tudo o que podia.
Naquele dia.
Aquele dia...
O poeta
O poeta chega à tardinha sem dizer nada.
Traz nos olhos uma panaceia em elixir.
Fica comigo pela madrugada.
Ao amanhecer tem que partir.
Em outdoors na minha mente
Espalha ideias e vontades.
Consegue entender o que meu amar sente.
Sabe como ninguém aguçar minha saudade.
Com ele vem só a folha em branco.
Quer sorver minha inspiração.
Sentamos eu e ele em algum banco.
E viajamos na nossa imaginação.
O poeta é meu leal confidente.
Por vezes soluçamos abraçados.
Sabe o que sinto e se cala sabiamente
Sofremos juntos, vivemos entrelaçados.
Na próxima página
Manuseio com o cuidado de quem ama.
Folha por folha. Uma por vez.
A formiguinha do Quintana.
Encontrarei logo ali, talvez.
A próxima página tem um grito.
Um risco. Um rabisco. Gerúndios.
Olhos espiando, café esfriando.
Um poeta aflito gestando.
Tem a ilha querendo sair.
O rio que entra no mar.
A lua começando a surgir.
E um beija-flor no pomar.
Vinícius compondo sonetos.
Olavo ouvindo uma estrela.
Carlos e seus anjos tortos.
Em Pasárgada, amando, Bandeira.
Dias escutando o sabiá.
Drummond consolando José,
Nos versos íntimos Augusto.
Na bola! Adivinha que é?
Romeu acariciando Julieta,
Titanic começando a afundar.
A baderna do boi da cara preta.
E um sofá pra Beethoven sentar.
Mona Lisa sempre sorridente.
Letras de poetas expoentes.
Comédia divina de Dante.
O Quixote Miguel de Cervantes.
Não sei o lado certo onde esta.
Com a mania que até hoje tenho,
De traz pra frente venho
Folhando de lá pra cá.
Longe de ti
Longe de ti,
Eu sou uma miragem,
Refletida nos campos sem vida da solidão.
Sou um sonho,
E sou uma imaginação.
Longe de ti,
Eu sou uma saudade,
Sou um pranto de lágrimas,
Quase uma insanidade.
Longe de ti,
Eu sou um rio frágil,
Ansioso para encontrar o mar,
Sou um arco-íris apagado no céu,
Sou o reflexo de um sonho bonito,
Suspenso, planando no ar.
Longe de ti,
Eu sou uma flor pálida,
Nascida à beira de um escuro caminho.
Sou uma poesia lacrimosa e nostálgica,
De um poeta triste e sozinho.
Longe de ti,
Eu sou um andarilho incompreendido,
Perdido nos labirintos do pensamento.
Vivendo uma vida inventada,
Em um mundo sem sentido.
Sorri
Sorri à noite,
Mirando o céu
E uma estrela
Piscou-me.
Será você anjo?
Parece que te vi.
Quando Deus,
Você vai deixar de sumir?
O amanhecer sempre será um novo início de uma jogada da vida. Comece o seu amanhecer acreditando e torcendo por você mesmo. Não apenas fique na arquibancada da vida, olhando o tempo da vida passar.
185.
O ser humano nada mais é do que uma constante tentativa de diálogo com a intensidade máxima do próprio ser na vida; e, quando ele não dialoga primeiramente consigo mesmo, está apenas um difuso e frágil monólogo em direção à existência.
“A Igreja é uma proposta político-pedagógica de vida, a partir da conversão interior em e por Cristo, segundo a Palavra, pelo Espírito, e não um projeto mundano de poder. Daí a importância de SUA presença e de SUA santa e altruísta luta de fé em amor, para a construção desse divino projeto na terra dos homens”.
“Alzheimer... uma brisa que chega de leve, sutil e branda, como quem não quer incomodar e aos poucos vai invadindo os espaços, soprando cada vez mais forte até se tornar um tornado que de maneira devastadora arrasta e destrói tudo.
E depois, apenas o nada. Retorna então a brisa e a calmaria... eterna.” Luiza Gosuen
O vazio das almas ecoam nos meus ouvidos como uma sinfonia desafinada, tao desafinada que sujerem o desespero, um desespero tão profundo que nem consigo respirar.
Gota
Uma
Gota
De azul
No amarelo
Esverdeou.
No vermelho
Roxeou.
De vermelho
No amarelo
Alaranjou.
Multicolorida
O arco íris
Pintou.
O suor na camisa do trabalhador ao final do dia é o resultado de um pedaço da construção de uma sociedade melhor.
Apenas saiba que uma mentira bem contada fere em dobro. Por isso, prefira uma verdade palavreada, mesmo que doa a sinceridade evita dores desnecessárias!
Cadeira vazia
Na primeira fila tem uma cadeira vazia.
Sempre que alguém sai fica uma lacuna.
Não foi uma simples saída sem valia.
É uma ausência sentida e não oportuna.
Viver eu sei, não é show eterno.
Por vezes a peça termina antes da hora.
Sem palmas tudo fica ermo.
Apago a luz e no escuro vou-me embora.