Miguel Unamuno

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Miguel de Unamuno y Jugo (1864 - 1936) foi um filósofo e escritor espanhol.

Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.

Miguel Unamuno
Unamuno, Miguel de. Ensayos, Volumen 7. Editor Est. tip. de Fortanet, 1918. Procedencia del original: Universidad de Michigan. p. 39.
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Não são as nossas ideias que nos fazem otimistas ou pessimistas, mas o otimismo e o pessimismo de origem fisiológica que fazem as nossas ideias.

O amor é filho da ilusão e pai da desilusão.

É preciso esquecer para viver; a vida é esquecimento; cumpre abrir espaço para o que está por vir.

Uma fé que não duvida, é uma fé morta.

O amor pode viver de recordações; o ódio requer realidades presentes.

Quase todos os homens vivem inconscientemente no tédio. O tédio é o fundo da vida, foi o tédio que inventou os jogos, as distrações, os romances e o amor.

Ler muito é um dos caminhos para a originalidade; uma pessoa é tão mais original e peculiar quanto mais conhecer o que disseram os outros.

A dor é a substância da vida e a raiz da personalidade, pois somente sofrendo se é uma pessoa.

Mais vale o erro em que se crê do que a realidade em que não se crê; pois não é o erro, e sim a mentira, o que mata a alma.

Quem não sente a ânsia de ser mais, não chegará a ser nada.

Ler, ler, ler. Viver a vida que outros sonharam.

O amor não se confunde com a vida, não é amor verdadeiro; o verdadeiro amor é hábito.

É inútil querer discutir e tirar de alguém as suas ideias; as pessoas não querem deixar-se convencer; o melhor é deixá-las.

Entre as graças que devemos à bondade de Deus, uma das maiores é a música. A música é tal qual como a recebemos: numa alma pura, qualquer música suscita sentimentos de pureza.

Todos têm o seu método tal como todos têm a sua loucura; mas só consideramos sensato aquele cuja loucura coincide com a da maioria.

A verdadeira ciência ensina sobretudo a duvidar e a ser ignorante.

Se amo alguns livros são aqueles em que sinto que o seu autor, que pode ter morrido séculos antes de eu ter sido engendrado, se dirigia a mim, a mim pessoal e concretamente, a mim em confidência.

Tenta viver em contínua vertigem apaixonada; só os apaixonados levam a cabo obras verdadeiramente duradouras e fecundas.

Não há futuro; o verdadeiro futuro é hoje; que é de nós hoje, é esta a única questão.