Meu eu
Refletir meu eu "preto e branco" é mais válido que errar nos "caminhos coloridos" da razão alheia. Ou seja, se dar a oportunidade de se conhecer sem a necessidade de ser influenciado pelo que a maioria concorda.
Cansei de viver no interior do meu eu, mesmo que me esconda dos sentimentos atrozes da minha mente, recordo-me que pretendo morrer nas trevas do meu ser putrifucado.
Sua presença é muito forte em minha vida. Sem você não sei o que seria do meu eu, talvez eu seria uma pessoa sem inspiração para escrever e sem motivação para viver.
No meu eu, há um encontro de almas, de sorrisos e de amores.
No meu eu, repousa um grito de alegria embrulhado num restinho de amor.
No meu eu de muitas moradas, ensaio o desvendar das faces dispostas no espelho.
No meu eu, as vezes trago interrogações, exclamações e reticências, jamais um ponto final.
No meu eu, jazem todas as dúvidas e algumas poucas descobertas.
No meu eu, repousam os sonhos quase impossíveis.
Eu te entrego meu amor, a minha preciosidade. Todo meu eu, minhas mãos, minha voz, meu respirar. Me lanço em seu mundo sem paraquedas, sem freios. Pelo simples fato de não mais viver sem você.
Olhando para você, te vejo em mim, refletindo cada átomo, cada célula do meu ser...meu eu em você. Partes fragmentada contando uma história que se misturam entre sentimentos, momentos, emoções, sensações, ocasionando um caos perfeito... surgindo então uma estrela, uma constelação, um universo infinito além de qualquer projeção.
Reciclando Retalhos em Meu Eu Descartável
Nosso inconcreto se concretizou,
Não se encaixando em qualquer definição,
Avançamos a etapa da distração,
Tapando os furos e as gafes,
Transpondo muros de pedra sabão.
Reciclando Retalhos,
Empilhando cascalhos,
Fragmento sou, em meu eu descartável.
Resíduos da sua fragrância,
Fragmentos da minha lembrança.
Todavia não fracassamos,
Deveras enfraquecidos estamos.
Provavelmente nos recuperamos,
Ou recuperaremos as bobeiras que escaparão,
Diálogos longos, bobos parágrafos sem significação.
Reciclando Retalhos,
Empilhando cascalhos,
Fragmento sou, em meu eu descartável.
O sabonete que era seu desgastou,
A avelã que me deu estragou,
O estoque de aveia esgotou,
O banquete pra dois esfriou.
A aliança na gaveta
E o álbum guardado.
Ela está satisfeita,
Me vou conformado,
Reciclando retalhos
Em meu eu descartável.
Eu vivia a procurar meu eu até descobri que ele sempre esteve aqui. Só estava olhando nos lugares errados!
O problema, o meu maior problema em escrever é que o meu eu lírico é muito depressivo e quando eu começo meu processo criativo, eu fico depressiva.
Aquela vez em que morri
Hoje reparei que perdi
Perdi meu eu e não percebi
Perdi a chama de vida
que alimentava meus devaneios
Entre uma palavra e outra
De uma hora para outra
Emudeci
Revivendo [ou imaginando] meus anseios
E muda, estive dia após dia
Água gotejou na pia
Mato cresceu no passeio
Criançada se ria
Noite era tarde
Madrugada era dia
Cama-sela
Quarto-cativeiro
E tudo sempre se repetia
Inércia cheia de agonia
De quem não descansa
De quem não se entende
Talvez eu me amasse
Mas de repente
Um dia vim
E meu eu não veio
Uma hora eu iria me reaver
E que beleza é perceber
Que naquela vez eu morri
Que chorei, que sofri
Mas sou capaz de renascer
E escrever sobre o que aprendi
Aquela vez em que morri
Tornou verdade o meu viver
Sou egoísta, eu sei. Mas para fazer com que você seja só meu, eu farei o que for preciso, mesmo que seja ilegal.
É verdade, que entre o meu eu lírico e eu, abriu-se um abismo. E na tentativa de nos entender, percebemos que há também entre nós, um moinho. Este, alterna-se com o abismo. E entre a distância -entre nós, e o moinho que nos mistura, estão os mais eloquentes versos.
Redenção nas Palavras
Me perdoa, o meu eu de ontem já está morto,
Pelos erros cometidos, carrego um fardo,
Hoje, humildemente, estendo a mão,
Na poesia, encontro redenção.
No rio do tempo, o eu se molda a cada dia,
Ontem se desfez, como a luz que se esvai,
Hoje é a tela em branco, onde a vida se cria,
E no amanhã incerto, o amadurecer que aí vem sai.
As lágrimas de ontem, como chuva que cai,
Lavaram as feridas, para o eu se renovar,
As escolhas do agora, são a voz que nos guia,
No eterno ciclo de aprender, amar e recomeçar.
Assim, perdoamos o eu que já não persiste,
Abrimos as portas para o que há de vir,
Na dança do tempo, cada passo é um artista,
E o eu que se forma, é um poema a existir.
Sou luz, paz, harmonia, sabedoria, conhecimento e entendimento, para que o mEu Sol interior, esteja em sincronia com as fases de minha Lua, como sou fonte de Água cristalina, tudo jorra em mim com facilidade e abundância. Sou Feliz por hoje.
Natalirdes Campos
Desde o momento em que você nasceu, tudo que é seu deveria ser meu. Eu sei que você morreu no final mas quem deveria ter morrido sou eu.
Gratidão
Gratidão é o meu eu, é o que me move para frente, é o que há no fundo do meu ser, lá no meu íntimo.
Gratidão é se sentir pleno, realizado com tudo que temos.
Gratidão é um sentimento poderoso que os faz pessoas melhores.
Gratidão pelo respirar, pelo morar, pelo comer, pelo caminhar.
Gratidão por estar aqui, Gratidão por cada passo dado e objetivo conquistado.
Gratidão é conseguir enxergar , nos pequenos detalhes, a grandeza que está escondida, que por vezes não vemos porque não paramos para apreciar.
Gratidão é uma forma de ver a vida positivamente, uma oportunidade de crescermos espiritualmente e emocionalmente.
Gratidão é um estado de espírito, é querer contemplar o que há a nossa volta.
Gratidão é ir adiante na certeza de que o que temos já é o bastante para seguir.
Gratidão é tudo, Gratidão é minha nova forma de enxergar o mundo e viver.
