Meu Eterno Amante
ATINO
Várias coisas abomino
Que não sejam meu destino
Continuo um peregrino
Esperando ouvir o sino
Cujo som eu procrastino
Que desperte para o tino
Sob a luz de algum ensino
A mim mesmo sabatino
Em resposta aos desatinos
Experiências aglutino!
ESQUIVA
Torcem o meu destino
Pruma mirada esquiva
Um furto consentido?
De minha própria vida
Não! Chega de se torto!
Já quase um suicida
Não me entrego nem morto
Nada me desatina!
AMARGO
Meu mate hoje ficou solito
Num coração que sufoca o grito
Tentando amenizar o atrito
Dos mesmos erros que eu repito
Com eles peleio e insisto
Sorvendo esse amargo eu não desisto
E sei que não berra o bom cabrito
Pra ver se alguma paz eu conquisto!
SERENO
Quando em meu canto recolho
Vou tentando ser ingênuo
Deixo as ideias de molho
Me cobrando muito menos
Sobre aquilo que eu escolho
Julgamento mais ameno
Muito mais de mim eu colho
Ao regar um ser sereno!
DIA DE SANTOS
Santo ou não, aqui meu pranto
Lágrimas que são saudade
Que irrigam o que planto
No exemplo eternidade
É lembrança em cada canto
Eis a lei da humanidade
Ampulheta vai gastando
Esperando a Divindade
Vir cobrir-me com meu manto!
LÁ TEJO
Queria ter um lampejo
Te emprestar o que eu vejo
Sonho de mãe pelo Tejo
Nas correntes meu desejo
Nesse corpo em desapego
Rumo ao mar e ao sossego.
Sem ninguém saber
Ah! Que inveja dessa brisa perfumada do meu ser,
Que te toca silenciosamente, sem ninguém saber.
Extensão do meu desejo inconsequente em um toque da paixão,
Na entrega sutil do olhar, um sinal da tentação.
Me aqueço em um segundo do teu abraço,
E fora do compasso,
Sinto no coração um embaraço.
Disfarço, e passo por outros abraços tentando me enganar.
Mas só me satisfaço quando ao teu lado consigo chegar.
Difícil viver sob a máscara do desejo,
Liberando o fel do pecado,
E aguçando o amargo da frustração.
Condenado a viver no silêncio,
Compreendido apenas pelo olhar.
Sem palavras para dizer,
Mas sempre deixando meu cheiro para lembrar.
Já trabalhei muito para ver o meu resultado através dos outros, hoje trabalho pouco, e me sinto mais feliz em ver o resultado dos outros através de mim.
Não sinto vergonha de deixar rastros do meu amor por você em toda parte, porque a lembrança é mais perpétua do que a saudade, e na minha ausência, estarás envolta da minha essência.
MEU AMADO
Teus olhos são como o céu estrelado
Solitário e brilhante
Seus cabelos são como a noite de luar
Escuro e intenso.
Seu corpo é como as montanhas
Altos e baixos
Prontas para serem exploradas
Habitadas e cuidadas.
O seu toque é suave como as brisas
Nos convida a sentir
E nos anima ao recebê-las.
Você me tocou
E eu cair de tanto amor
Que até jurei jamais deixá-lo
Mergulhei fundo sem saber
Que esse amor era tão raso.
Quando o tempo para
Meu querido garoto dos olhos castanhos, ficar sem trocar palavras contigo, mesmo que por um curto segundo, é uma tortura constante. Parece que o tempo simplesmente não passa quando estou longe de ti.
Tua presença é como um abrigo para minha mente perturbada e barulhenta. Nem mesmo um maço de cigarros consegue me acalmar tanto quanto estar ao teu lado.
Qual é o segredo para isso? Mal posso esperar para te abraçar e olhar bem no fundo dos teus belos olhos castanhos.
Sei que é um crime te comparar com um cigarro, mas tu me traz a mesma paz que uma dose traz para um viciado em metanfetamina. Me perdoa pelas comparações — só assim talvez tu entendas o quanto sou viciado em ti.
Fico esperando, procurando tuas mensagens no celular, como quem busca alívio. Nem meus remédios têm tanto efeito sobre mim quanto ti.
(Mk)
Sou noturno. As influências externas do dia me distanciam do meu eu. Sigo o fluxo, sou só mais um. Na calma da noite eu me acho, a noite é só minha e eu sou dela. Nela eu exprimo o meu eu na essência. Na noite eu me diferencio!
Pra mim, julgar alguém pelo que eu acho errado é quase inevitável, mas aprendo demais quando meu julgamento está errado.
Meus momentos em isolamento são os que me trazem paz e discernimento. Confio muito no meu discernimento, apesar dos deslizes próprios do ser humano.
Não queira testar a fúria do calmo.
Existe um monstro preso ali.
O meu chacoalha bastante dentro de mim quando me testam.
No muro perto do meu trabalho tem a seguinte frase " Você é feliz ou finge ser?" e pensando sobre o assunto, analisando profundamente minha trajetória até aqui, cheguei a seguinte conclusão:
Eu fui feliz, houve uma época há muito tempo, que fui feliz, mas hoje, não sei mais o que é esse sentimento.
Tenho pequenos flashes de felicidade, principalmente quando estou com minha filha, ela me dá a dose diária de felicidade que mantém de pé.
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