Mensagens e poemas para uma Amiga Leal

Mar, Me Leva...

Sentado nas areias da praia...
Sol desce no mar, que esfria.
Lua ascende, fogueira acesa.
Vento que balança palmeiras.

E o delicioso silêncio ao redor.
Só o mar ondando sob os pés.
Estrela Dalva, Vênus, diz olá...
Feliz, em paz, rio em resposta.

Onde estão os medos e a dor?
A brisa noturna varreu, levou.
Só restou alma limpa, sem ror.

E mais alguma coisa sobrou?
Talvez um resquício de amor.
E com esta bagagem me vou...

Vento Norte, Quente Vem...

Vento norte, vento quente...
Surge do nada, nos abraça,
Nos envolve, simplesmente...
Trazendo pra vida a "graça".

Vento quente, lá do norte?
Caminho em direção oposta,
Tentando rançar a má sorte
Que levo em minhas costas...

Vento de Santa Maria, vem...
Traz de volta minha inocência,
Sem a qual eu sou ninguém...

Limpa minhas sujeiras, retém
Meu bom caráter, a decência,
Neste corpo que valhe vintém...

Toca o Violão, Menino...

E o menino toca o violão.
Dedilha belíssimos acordes.
Toca para amansar o vilão.
Pra que o tumor não acorde.

A música adormece os dedos,
O câncer, as dores, os medos.
Todavia, acorda esperanças,
Colore a fé com suas nuanças.

Sim, toca o violão menino...
Porque só a música te cura.
Nas entrelinhas, o destino...

E se Deus te der nova vida,
Melodie até a noite escura...
Dirá, ao final: missão cumprida...

Roda, Gira...

E o mundo gira, roda, gira...
Ou eu que giro a sua volta?
Tudo passa rápido, célere.
Visão distorce, vai e volta.

E o vento sopra orelhas.
Aquele zum, zum, zuum.
Será Deus fazendo "fuu"?
E de repente, tudo azul...

Como nos filmes, alentece.
Câmera lenta, "slow motion".
E um silêncio que aquece...

É assim a ágil roda da vida...
Assim é o brinquedo que gira.
Segue a girar, rodar, vertigem...

Catedral de Maringá...

Um grande cone...
Ora iluminado pro Natal.
Luz na noite...

Te Admirando...

Dormindo, parece um anjo...
Instantes atrás, me devorava.
E eu, aqui, aos pedaços...

Arrepio, Mais Forte...

Levemente, puxo teus cabelos...
Que perfume de chocolate, e quente...
Tua orelha: sente minha língua...

Balanço...

As mãos seguram as correntes.
Sinto vento em minha face, cabelos...
Após o auge, o retorno, de dorso...

Gangorra da Vida...

E desce, sobe, desce...
Empurro com força, pra cima!
Após, nova descida...

Laranjeira...

Laranjas na copa...
Bagaços ao redor do tronco.
Laranja-da-terra...

Vejo-os dormir.
Os filhos crescem.
Mesmo dormindo, não param.
Assim como meu amor e minhas preces.

Parque do Ingá...

Bosque de Maringá.
Patos e gansos no lago.
O sol mergulha...

Sem Inspiração...

A mente apagada...
E a folha segue em branco...
E o mundo aí, colorido!

Ligação Anormal?...

Ainda procuro a conexão
Entre o vaso sanitário e o telefone...
Senta num e o outro toca...

Sexto Sentido?...

Teus olhos sorrindo...
E tua boca me olha...
Logo, beijo tua alma.

Viver, Muito, é Bom...

Olho minhas mãos.
Marcadas pela existência...
E como são belas...

Terra Roxa de Maringá...

Pés no chão.
Terra entre os dedos...
Paz vermelha.

Materialismo, de Novo...

Ser ou não ser...
Não é mais a questão.
Hoje, é ter ou não ser...

Materialismo...

Somos o que somos?
Hodiernamente, somos o que temos...
Meu Deus, quanta gente não é!

Paisagem Urbana...

Céu azul e nuvens...
Prédios cinzentos abaixo.
Note, "abaixo"...