Mensagens depois de um Encontro Casual

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Eu sou um anticomunista que se declara anticomunista. Geralmente, o anticomunista diz que não é. Mas eu sou e confesso. E por quê? Porque a experiência comunista inventou a antipessoa, o anti-homem. Conhecíamos o canalha, o mentiroso. Mas, todos os pulhas de todos os tempos e de todos os idiomas, ainda assim, homens. O comunismo, porém, inventou alguém que não é homem. Para o comunista, o que nós chamamos de dignidade é um preconceito burguês. Para o comunista, o pequeno burguês é um idiota absoluto justamente porque tem escrúpulos.
(Entrevista à VEJA em 1969)

Houve tiranos e assassinos...
E, por um tempo, eles parecem invencíveis...
Mas, no final, sempre caem.
Pense sempre nisto.

Os fortes só o são por um instante, como o sonho de uma tarde que dura apenas um momento. No final, são sempre destroçados. São como poeira ao vento.O amor é a força mais sutil do mundo.

Com um pouco de agilidade mental e algumas leituras em segunda mão, qualquer homem encontra as provas daquilo em que deseja acreditar...

Dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão da caridade de quem me detesta. A tua piscina está cheia de ratos, suas ideias não correspondem aos fatos o tempo não para...

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é vulcão.

O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

O indivíduo que concorda com tudo o que você diz ou é um imbecil ou está se preparando para te passar a perna.

Estou muito próxima, de um modo geral. É bom e não é bom. É que sinto falta de um silêncio. Eu era silenciosa. E agora me comunico, mesmo sem falar. Mas falta uma coisa. Eu vou tê-la. É uma espécie de liberdade, sem pedir licença a ninguém.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Bolinhas.

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O trabalho não é a satisfação de uma necessidade, mas apenas um meio para satisfazer outras necessidades.

Karl Marx
MARX, K. Manuscritos Econômico-Filosóficos, São Paulo, Boitempo Editorial, 2004

Aos meu inimigos um beijo. Pois para meus amigos é um tapa na cara, uma tequila na mão e muita curtição.

Eu tenho cara de quê? Mágico de OZ? Você precisa de um cérebro? Precisa de um coração? Venha aqui, pegue o meu. Leve tudo que tenho.

Sou quebra-cabeça de 500 mil peças, quem não tiver capacidade, tenta um jogo mais fácil.

Dominar um batalhão, uma companhia ou uma esquadra de cinco homens é melhor do que destruí-los.

O desejo de salvar a humanidade é quase sempre um disfarce para o desejo de controlá-la.

A intolerância é intrínseca apenas ao monoteísmo: um deus único é, por natureza, um deus ciumento, que não tolera nenhum outro além dele mesmo.

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAEUR, A., A Arte de Insultar

Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para a frente – como em dores de parto – e vi que a menina em mim estava morrendo. Nunca esquecerei esse domingo. Para cicatrizar levou dias. E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heroica. Sem menina dentro de mim.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Estou tirando férias, dando um tempo disso, chega de amar, chega de me doar, chega de me doer... Pelo menos por enquanto.

Mas na realidade não há nenhum eu, nem mesmo no mais simples, não há uma unidade, mas um mundo plural, um pequeno firmamento, um caos de formas, de matizes, de situações, de heranças e possibilidades.

Um grande sacrifício é fácil, os pequenos sacrifícios contínuos é que custam.

Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado . Cada um me contou a narrativa de por que se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era que um via uma coisa e outro outra, ou um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado, cada um as via com um critério idêntico ao do outro. Mas cada um via uma coisa diferente, e cada um portanto, tinha razão.
Fiquei confuso desta dupla existência da verdade.

Fernando Pessoa
Obra Poética

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