Mensagens de Borboleta
Não consigo confiar em alguém que não me conte muita coisa sobre si próprio, e como sei muito pouco sobre ele, não consigo me sentir mais íntima.
Sei que as coisas pioram antes de melhorar porque é o que diz meu psiquiatra, mas esta fase pior está grande demais para mim.
Esse tempo todo eu tenho vivido para o meu tratamento, em vez de me tratar para poder viver. E eu quero viver.
Agora
já frio o coração
(mas a alma, entretanto, ainda ferida)
resta-me a amarga e silenciosa convicção,
de só tão tarde ter percebido
que nem sequer existi em tua vida.
Sabe por que se apaixonar é o que pode acontecer de mais profundo com uma pessoa? Porque quando estamos apaixonados, estamos totalmente em perigo e completamente salvos, os dois ao mesmo tempo.
A gente sabe que é amor,quando de repente encontra razões para perdoar o que nunca se perdoou ,quando os mais duros pensamentos são palavras de ternura...
fora da boca
-e a gente sente,sente
mas não pensa...
Que o diga meu coração , que deseja ofender-te e transforma em poesia a minha mágoa imensa.
EM TODOS OS JARDINS
Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
Parece coisa de louco
Como explicar na verdade
Que o amor, que durou tão pouco
Me doa uma eternidade
O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida.
Vivemos numa época pós-tudo.Pós Marx,pós Freud, pós Kelsen.Alguns de nossos melhores sonhos de juventude não se realizaram.Não vivemos em um mundo sem países,sem miséria.Não soubemos criar ainda um tempo de frtaernidade e de delicadeza.Não há sequer uma boa utopia à disposição.
Poema egocêntrico
sou o que sou
somente o que sou
e não o que acham
não me descrevo
afinal, você já tem uma opinião formada a meu respeito
às vezes fico numa dúvida existencial
de caráter introspectivo
e me pergunto: quem sou?
mas a resposta já é certa: não sei o que sou,sou simplesmente EU!!!
minha propaganda é minha presença
só te garanto que
igual a mim não existe
é fácil fazer julgamentos quando não se conhece uma pessoa
mas garanto que não sou somente um "rostinho bonito"
sou diferente dos "outros", por ser justamente quem eu sou
sem se importar com as opiniões alheias
à procura de um amor verdadeiro
e vivendo para o bem, respeitando ao próximo para ser respeitado
e lutando para que meus sonhos sejam concretizados
se quiser conferir... basta pensar um pouco a meu respeito
e venha me conhecer melhor
"A borboleta".
Gosto tanto de pensar em seus processos; De pensar que a lagartinha tem um trabalho descomunal para primeiro fazer seu casulo, ficar ali dentro por um tempo, apertadinha, sozinha, aceitando sem relutar que tudo o que está acontecendo com ela, é o mais lindo e gratificante processo, a sua metamorfose. Gosto tanto de pensar que quando tudo se resolver lá dentro, ela irá sair, linda e exuberante com suas asas, não importa a cor, asas que irão leva la para onde ela desejar, sem limites, apenas voar, dona de sí e curiosa para desbravar.
Em poucas mensagens... é incrível como a gente descobre bastante de alguém. Parece termos desenvolvido uma espécie de radar que se conecta rapidamente com a verdade do outro, Uma foto, um texto próprio, um texto de uma grande referência e de repente, a gente descobre alguém apaixonante. Não é loucura, não é carência, pelo contrário, é muita maturidade. Maturidade em perceber logo quem é de verdade e assimilar rapidamente a sua intensidade. Estou calejado!
Precipitado eu? Não creio? Pior é conversar com um mascarado por horas e horas, se iludir com coisas fúteis, se entregar e se perder por aí. Perder tempo e dignidade.
Ontem eu chorei ao ler nossas mensagens. Você é para mim tudo aquilo que eu não consigo explicar.
O seu jeito, seu cheiro, o seu beijo... Eles são nuances introspectivos do meu ser. Parece que eu te procuro e te enxergo em tudo, e ao mesmo tempo não te vejo em nada.
Você é um sentimento vazio que somente o meu eu é capaz de sentir, e nada em mim é capaz de decifrar.
Você é tudo aquilo que sonhei, e ao mesmo tempo o meu mais temido querer.
Se eu pudesse aconselhar alguém, diria o seguinte: o amor é enganação, confunde tudo aquilo que dizemos sentir e faz projetar no outro o maior desgaste que podemos imaginar. Portanto, não ame, amar é somente para aqueles que não amam. É confuso? muito, bem-vindo a essa sinuca de bico.
No meio de todo esse texto faltou energia, e foi uma queda total de luz. A luz que ainda brilhava em mim, não brilha mais. Você é luz, chama acessa em constante propagação, mas eu sou apenas um pequeno vaga-lume que procura um pouso seguro em pistas escuras.
Há mensagens de amor e carinho que não são ditas, mas a lembrança e a saudade é grande. E se as circunstâncias impedem de a mensagem ser dita, então o que não se diz e se tem vontade é a verdade que o coração guarda e o desejo da alma é que um dia possa acontecer a felicidade de estar junto e falar o que se está no coração.
Diariamente, surgem mensagens simultâneas de amor e terror compartilhadas via Whatsapps.
O "bem e o mal" de braços e abraços com o mal num romance astral, como dizia o velho Raul.
Dedicatória:
Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.
Na adolescência isso se torna ainda mais cruel, pois introjetamos as doentias mensagens sobre amor verdadeiro naquelas comédias românticas meia boca que assistimos, aqueles livros idiotas que lemos, que nos inspiram e nos fazem acreditar que amor é isso, é suportar abuso.
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