Mensagem o Sorriso do meu Amigo

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⁠IPANEMA

Ipanema, Ipanema
Sem Vinícius
E Tom Jobim.

Ipanema, ai que pena
Só restou isso pra mim
A leitura de um poema
Ipanema, mar sem fim.

Na imensidão do do céu
Olha o mar um querubim
A lamentar esta cena
Ipanema tão pequena
Sem Vinícius e Tom Jobim.

Ipanema me distraio
Vendo a praia, cai a tarde
E o sol tem pena...
Nada cura esta saudade,
Deste amor que sempre invade Minha alma tão pequena.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Ecos de Silêncio

Caso te bata a saudade
ou talvez a insuportável
abstinência de cafeína ou de mim,
passe aqui em casa.

Resolveremos, quem sabe,
uma dessas urgências.
E se ao chegar ainda houver
silêncio ou hesitação,
preparei café e uma conversa
para espantar a solidão.

O medo sufocou nosso desejo,
e ainda hoje perco o sono,
lembrando da covardia
que me impediu de aceitar
aquele beijo.

Tuas mãos trêmulas,
teu peito ofegante,
e eu, mudo, fiquei inerte,
morri calado, sem dizer
que te queria,
mesmo que fosse
o mais grave dos pecados.

Inserida por EvandoCarmo

Queime-me

Queime-me,
porque sou pó, e ao pó devo voltar,
mas escolho o fogo, o calor que consome,
não como morte, mas como transformação.
Queime essa matéria que me veste,
esse corpo que habitou a alma,
que pulsou em cada verso,
em cada nota, em cada instante de festa
vivido como se amanhã nunca viesse.
Porque amanhã, talvez, não estarei.
E tudo que fui, que amei,
será cinza ao vento,
um sopro que fertiliza o infinito.
Queime-me,
pois o que é eterno já vive
nas palavras que ergui,
nas obras que de mim nasceram,
abstratas, físicas, eternas.
Queime essa matéria,
mas não a memória,
não a alma secreta que me habitou.
Pois enquanto há quem ame,
quem viva, quem cante,
sou mais do que cinza—
sou fogo que arde no coração do mundo.⁠

Inserida por EvandoCarmo

⁠Um anjo comigo

Eu sei que não é fácil viver,
sozinho sem ter alguém.
Por isso eu amo você,
Por isso eu amo você.

Pedi ao sol, pedi à lua
Pra encontrar um amor,
E o anjo me respondeu,
E o anjo me respondeu.

No sonho lindo, acordei,
Ouvindo a voz de alguém, a me dizer:
"Sorridente, sou eu,
Que estou aqui com você.

Também estava sozinha,
Agora estou no céu,
Agora estou no céu.

Inserida por EvandoCarmo

⁠O Limiar

No limiar, onde o tempo hesita,
o vento não sopra e o silêncio grita,
há um abismo entre o que fui
e o que, talvez, nunca serei.
Ali, os dias se dobram em espelhos,
refletem rostos que nunca usei,
são máscaras deixadas pela alma
no altar daquilo que não ousei.
No limiar, a luz é frágil,
um fio tênue entre o claro e o escuro,
e os passos ecoam no vazio
como perguntas sem futuro.
O que há além? Um nome? Um rosto?
Um eco que devolve a vida ao posto?
Ou apenas o silêncio denso,
onde tudo cessa, até o intento?
No limiar, encontro-me nu,
despojado de sonhos, de medos, de véus.
Sou pó, sou tudo, sou nada,
um grão perdido entre céus.
E quando cruzo, se cruzo,
não levo certezas, mas sinto o pulsar:
um suspiro que rasga o infinito
e deixa o agora se perpetuar.

Inserida por EvandoCarmo

⁠ O Limiar

No limiar, a eternidade espreita,
não como promessa, mas como ameaça.
Entre o passo seguro e o salto no abismo,
o homem hesita, petrificado
pela vertigem do possível.
Afundar na mediocridade é fácil:
um declive suave,
onde cada escolha não feita
é um alívio que pesa mais que o risco.
Ali, a eternidade morre devagar,
como uma vela esquecida na escuridão.
Mas o abismo – ah, o abismo! –
clama com sua garganta infinita,
oferecendo a vertente do desconhecido,
um eco que promete não respostas,
mas expansão.
É nele que a eternidade vive,
não como certeza,
mas como um desejo sem fim.
No limiar, somos tudo e nada,
um suspiro preso na garganta do universo,
um instante que decide se a alma
se desintegra na poeira do comum
ou se arde no fogo insaciável do eterno.
E então, ao olhar para trás,
quem ousou saltar verá não o chão,
mas o infinito que o acolheu.
Quem recuou, verá não o conforto,
mas as grades de sua própria fuga.
No limiar, a escolha é simples,
mas o peso é eterno:
morrer na margem
ou viver na queda.

Inserida por EvandoCarmo

⁠O Limiar

No limiar, os medíocres dançam
uma coreografia alheia,
empunham espadas que não forjaram,
combatem guerras que não são suas.
Vivem na superfície do existir,
repetem falas de um teatro antigo,
cobrem-se com mantos de verdades herdadas,
sem nunca despir-se de si mesmos.
Não ousam olhar o abismo,
pois o reflexo que ele devolve
é o vazio que tanto temem.
E assim, travam lutas emprestadas,
com mãos gastas e corações imóveis.
Enquanto isso, no limiar,
o chamado do eterno sussurra,
mas é abafado pelas vozes do comum.
A coragem necessária para o salto
é uma língua estrangeira
que nunca aprenderam a falar.
São os mediocres que carregam
o peso da história dos outros,
que moldam a vida na forma da inércia
e chamam de prudência sua covardia.
Mas o limiar permanece,
um portal para o eterno que não se fecha.
E aqueles que não ousam cruzá-lo
não deixam de existir,
mas deixam de viver.

Inserida por EvandoCarmo

⁠A Escolha de Não Escolher

No limiar da noite, onde o eco se cala,
deixo cair as mãos, entrego-me ao nada.
Escolher é um peso, um fardo sem fim,
um labirinto onde o começo é o fim.

Não sigo o vento, nem luto com o tempo,
meu passo vacila, desiste, se aquieta.
A escolha é um grito que não mais sustento,
prefiro o silêncio à promessa incompleta.

Desistir não é fuga, é um pacto com o vazio,
um abrigo na sombra, um descanso tardio.
As estrelas me olham, mas nada revelam,
sou mais uma pedra que as ondas encobrem.

Não há vitória, nem derrota, nem glória,
apenas o cansaço de um peso invisível.
No limiar da vida, onde o verbo tropeça,
abandono o querer, e o silêncio me leva.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Vertigem do Nada

Há um buraco no centro do peito,
não é dor, não é falta, é vazio.
Um eco que grita sem nome, sem rosto,
um abismo que engole o que antes era rio.

As estrelas são olhos mortos no céu,
testemunhas frias daquilo que somos:
poeira sem rumo, sem forma ou destino,
fantasmas que ao nada vagando retornam.

O tempo, carrasco sem face ou clemência,
sussurra promessas que não pode cumprir.
Cada instante é um fardo, uma farsa,
um passo mais perto do eterno cair.
E quem sou eu neste vasto deserto,
senão sombra que sonha ser luz?

Um verbo calado, um silêncio sem versos,
um grão de areia que o vento conduz.
Procurei na matéria, no espírito, no verbo,
mas o Nada me encara, imóvel, voraz.

Sou apenas o medo vestindo a esperança,
um eterno adeus a tudo que jaz.
Se há sentido, ele dança no escuro,
esquivo, risonho, a zombar do querer.
Mas na borda do abismo, ainda respiro,
porque mesmo no Nada, há ser.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Recíproco

Eu sei, você não sabe viver,
mas encontrou em mim
a poesia que faltava,
o verso que acalma,
o rastro de luz na sombra do querer.

Quem de nós sentiu primeiro
o pulsar mútuo, o laço inteiro?
Foi no toque das almas,
na vibe de um amor recíproco,
que o tempo parou, e o mundo,
por um segundo, cedeu à existência.

Amor, você é meu sol incessante,
verão que dissipa o frio cético do amante,
minha costela, minha essência,
o calor que desfaz a distância
entre o medo e a entrega.

Você é o poema que respiro,
a razão pela qual não apenas existo,
mas amo e vivo.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Minha Presunção

Na poesia e na escrita,
Se acaso eu tivesse uma meta,
Uma ambição insana,
Não seria superar Homero,
Nem Shakespeare, nem Cervantes.
São mitos e lendas,
E há sempre uma sombra de dúvida
Quanto a se existiram de fato.
Mas há um espírito,
Um poeta maior que Dante,
Que não se alcança facilmente.
Seu eco de loucura fascinante
Ecoa além dos sonhos ou delírios,
Um poeta que é a soma de todos eles.
Eu, se fosse poeta,
Ou quem sabe um louco,
Em meus devaneios,
Só almejaria uma coisa:
Escrever como um tal Fernando,
Um esquizofrênico consciente,
Que, em meio à solidão,
Se superou e deu vida a tanta gente.
Um homem que, fragmentado,
Se multiplicou em vozes e versos,
Fez de sua dor uma constelação,
E do vazio, um universo.
Se eu fosse poeta,
Ou então um sonhador perdido,
Minha presunção seria esta:
Ser digno de ser chamado
Uma sombra,
Um eco de Pessoa.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Pedras de Silêncio

Quantas pedras no caminho,
silêncio de granito a bloquear os passos,
abismos do não dito,
vácuo entre as palavras,
o incômodo que reverbera na ausência,
pausa que pesa mais que o grito.
São pedras que travam a jornada,
despertam o torpor,
adormecem a razão e o afeto,
e nesse deserto sem verbo,
brotam vermes na casa, na alma,
no corpo, na mente, na relação,
consumindo o que não foi pronunciado.
Quando a comunicação se cala,
o verbo, exilado,
deixa órfãos os sentidos,
e o silêncio se torna cárcere,
sepultura do diálogo.
Mas quem haverá de quebrar as pedras?
Que mão será martelo
e trará do eco do silêncio
uma palavra nova, inteira,
capaz de reconstruir o espaço vazio,
onde a pausa se transforma
em ponte,
e o verbo renasce,
vivo e perfeito?

Inserida por EvandoCarmo

⁠Nicotina

Poesia crônica, cigarro cubano
Prosa de Neruda, lascívia de Caetano
Um canto, lugar único no mundo
Um tenor no máximo da sua entonação
Um acorde perfeito, música de Wagner
Encantamento de Isolda e Tristão
Sonoridade efêmera que apetece
Destoa, enlouquece alma em combustão
Meu espírito demente sem ação.
Um perfume cítrico e agreste
Nicotina que impregna o coração.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Ser o que sou

Sou o universo em tons diversos, em mil cores,
no balé eterno das estrelas finitas.
Sou o todo de ontem e a soma do agora,
o peso e o voo, o fardo e a febre,
medo e desengano entrelaçados.

Sou luz que arde, sombra que dança,
ferida que abre, navalha que estanca.
Sou você, sou o outro,
estou por dentro, estou por fora.
No espelho me vejo — sou cais e mar,
o que resta e o que há de faltar.

Sou abismo, sou pranto, sou riso de insânia,
sombra que resiste à indomável aurora.

Inserida por EvandoCarmo

Canto e Abismo

Me sinto perdido,
arrebatado,
quando escuto tua voz.
O som que de tua boca sai
me guia—
e sempre me lança ao abismo.
Espanto e desespero me perseguem.
O violino,
o mais metafísico dos instrumentos,
ressoa sobre uma base de piano.
Teu canto lírico, suspenso no ar,
é fôlego e esperança.
Caminho sob a sombra
de um passado que não esqueço.
Morro, adormeço,
mas não sonho.
Vivo a realidade cruel do abandono.
Ah, que cão sou eu,
esquecido na noite chuvosa!
Meu destino é árido,
minha cova, rasa.
Não há salvação para quem ama,
nem para quem perdeu
a hora da partida
e o encanto da chegada.
Ah,
minha triste figura,
minha desventura,
minha sorte desalmada.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Na vida, tudo demais quer existir,
mas é preciso saber reverter,
transformar, como arte de ofício,
e buscar o que liberta, que alivia.
Pessoas de vida, pessoas de morte,
uns merecem pérolas, outros não,
como diz o provérbio:
não jogue pérolas aos porcos.
Mas há quem, em sua total apatia,
não mereça poemas, nem flores,
tão imunes ao amor, tão cegos nos desamores,
que não aplaudem, não batem palmas.
Essas pessoas não devem ser tratadas bem,
mas ainda assim, tratamo-las com gentileza,
porque nossa conduta não é deste mundo,
falamos do belo, mostramos o que é puro,
mesmo que o mundo fique mudo.
A minha maldição é ensinar poesia aos brutos,
filosofia aos estúpidos, amor aos indultos.
Amor em forma de indulto, talvez,
não sei, só sei que o gesto de amar
se faz com quem sabe receber.
E quem não sabe, recebe o silêncio.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Poema para Matheus Nachtergaele

No palco, ele não pisa — ele flutua,
entre o sagrado e o profano, entre o verbo e o silêncio.
Carrega nos olhos a vertigem dos séculos,
no peito, a febre dos que fazem da arte um destino.
A dor não o curva, o abismo não o afoga.

Ele dança sobre os cacos da ausência,
recolhe os vestígios de um nome que nunca partiu,
e os devolve ao mundo em cena, em chama, em fúria.
Seu corpo é verso, sua voz, uma carta esquecida,
um eco de todos que amaram sem resposta.

Ele encarna o que o tempo desfez,
e do esquecimento faz rito, faz oferenda.
E quando as cortinas se fecham, a luz permanece,
porque há almas que não pertencem ao mundo,
mas insistem em iluminá-lo,
como se viver fosse um último ato de redenção.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Crepúsculo de Ouro

O sol despede-se em fogo e mel,
derramando luz sobre os ombros da cidade.
As montanhas, sombras líquidas,
respiram o último suspiro do dia.
Um raio tímido dança no vidro,
sussurra segredos ao vento morno.
O céu veste ouro, veste brasa,
desfaz-se em luz antes do adeus.
E a noite, lenta, estende os braços,
balsâmica promessa de silêncio.
Mas o sol, eterno, dorme apenas,
guardado nos olhos de quem o viu.

Evan do Carmo.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Morre o homem, mas ecoa seu nome,
na trilha de lama que um dia pisou.
Morre o homem, mas resta a história,
não é drama – é destino, é dor.

Morre o homem, mas ficam seus feitos,
nas marcas do tempo que ele deixou.
Morre o homem, mas vive a memória,
nos corações que tocou com amor.

Inserida por EvandoCarmo

⁠A Mariposa e a Luz

A mariposa dança no abismo da noite,
cativa de um sol que não nasce.
Seus olhos são fome de lume,
seu corpo, um verso prestes a queimar.

Ela não pergunta ao fogo quem é seu dono
nem teme o abraço da lâmina ardente.
É desejo sem fronteira,
um grão de poeira sonhando ser tudo.

O tempo não pesa em suas asas,
pois tudo o que vive já nasce em ruína.
A vida é uma ânsia de brilho,
um voo cego rumo ao cerne do nada.

E, quando, por fim, toca o imponderável,
não há grito, nem sombra, nem fuga.
A luz a devora num sopro sem nome,
a sede de eternidade, em silêncio, a consome.

Inserida por EvandoCarmo

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