Mensagem de Espera

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DESPREZO (soneto)

Quão dor eu sinto, pelo desprezo
onde espera palavras num abraço
olhar no olhar enleado por um laço
e por vezes se tem o pesar aceso

Procuro então respirar, assim faço
nesta incisão, sair dali sendo ileso
do que cortês nele eu me ver adeso
ferindo o ser dum conforto escasso

Se leve ou reles, nos faz indefeso
é crueldade que só traz embaraço
Será que sabes deste agravo teso?

É complicado todo este compasso
do afeto em luta e ao bem coeso
quando o amor no amor é fracasso

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

VOZ DO SILÊNCIO

O silêncio brada vazios inconfessos
Num linguajar da emoção em espera
Desatados da tribulação tão megera
Tecendo sensos selvosos e travessos

No silêncio escoa solidão em esfera
Soprando suspiros turvos e espessos
Dos enganos emudecidos e avessos
Do tormento, ásperos, tal uma tapera

É no silêncio que se traga a memória
Desfolhados das sílabas da estória
Do tempo, despertando os momentos

Tal o vento, o silêncio é uma oratória
Que verborreia o pensar em trajetória
Nos lábios lânguidos, frios e sedentos

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

TOCAIA (soneto)

Dói-me esta constante tal espera
do que já não mais tem donde vir
que o desejo insiste em querer ir
aguardando na ravina da quimera

Doí-me uma dor insana, há existir
a cada alvorecer duma primavera
da ausência, da saudade, sem era
e do que não se tem, e quer pedir

Dói! O tempo a passar, eu quisera
poder nele estar e ali então devir
chorar, alegrar... ah! se eu pudera!

Como eu não sei como conseguir
a tocaia no peito se torna megera
e a alma romântica se põe a fingir

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 15 de julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

REMORSO II (soneto)

Às vezes, um poetar me espera
E os amores e temores infando
Me padecem, doem, até quando?
E assim, em branco vai a quimera

Inspiração, emoção, vou sufocando
N'alma, sem a doce ventura sincera
Oh! Como este gozo no poetar quisera
Mais suspirar, viver e amar trovando!

Ah! Quão dura é a vera realidade
Desespera, ao encarar a vetustez
Te traz remorso e tira a suavidade

Das paixões que deixei por talvez
Da timidez do olhar na oportunidade
E dos versos quererem só a lucidez!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/08/2019, 06'55"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

CAMINHANTE (soneto)

Há no tempo um momento de grandeza
que é o de espera e de um saber bendito
tudo passa, e a alma não mais fica presa
voa, e o sentimento regressa ao infinito

Um tal mistério do viver e de surpresa
estala a felicidade, do outrora tão aflito
rasga-se o amanhecer em ventura acesa
e da dor sentida, esvaem-se em um grito

Há no amor outra chance aos amantes
cada dia é mais um dia a um novo dia
e a sensação de perda se torna em vão

porque, entre desencontros soluçantes
terá aquele olhar tão cheio de harmonia
que irá trazer o esquecimento ao coração...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/01/2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Ir-se

Escandalizo a tal sorte
Afetação cruel e triste
Espera, alma e morte
Do gabo nada existe

Mesmice reescrevo
E o passo aí, passa
Na saudade relevo
Nos olhos fumaça

Nasci pra renascer
Das cinzas ressurgir
Morro e tento viver
Afeito. Outro partir!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MAL DE DOR

Toda poesia de agonia, por mais que doa
Na prosa de espera encontra recompensa
Toda aquela situação que causa sentença
Muda-a poeticamente em composição boa
A rima que fere, a inspiração que agrilhoa
Emoções não são que o tempo não vença
Apreço transforma em luz a penúria densa
Em um verso com sentimento nada magoa

Ai do poeta que sente, sem ter proposta
Escrevendo o mal de dor e de amargura
Negando o sim, e poetizando que gosta
Noutra parte, em vão, busca a ternura
Em um coração partido, sem resposta
Pois, somente com amor a dor se cura!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 maio de 2023, 14’16” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TAL UMA BOCA QUE DESEJA

Vês? Não sentiste meu soneto amável
Poetizado com a sensação em espera
Somente o desinteresse, em ti impera
Deixando à emoção: tristura inevitável
E, neste poetar de uma paixão sincera
Um amor, aberto, ao coração palpável
Vindo d’Alma, do sentimento inevitável
Uma necessidade, de doce atmosfera

Agora, resta o pranto, o silêncio bizarro
A dor cortante, afastamento, o escarro
Quem um dia amou, todavia, apedreja
Se o meu verso causa inda poética saga
Tu o vês insignificante, ele, que te afaga
Beija, ameiga, tal uma boca que deseja!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 maio de 2023, 18’24” – Araguari, MG
*soneto que dialoga com "Versos Íntimos" de Augusto dos Anjos

Inserida por LucianoSpagnol

Quem espera alguém para ser completo vive na metade, aos pedaços, desenhando traços sem nenhum risco.

Inserida por BrioneCapri

Quem deixa acontecer,espera que aconteça de qualquer jeito, quem faz acontecer, tenta fazer do seu melhor jeito.

Inserida por BrioneCapri

Tinha uma música tocando,
Um vinho aberto,
E um pecado a espera.
Você não veio,ou veio?⁠

Inserida por BrioneCapri

⁠A vida tem rotas que ninguém altera,
Mesmo sem espera,
Reencontros acontecem.

Inserida por BrioneCapri

Os humanos perdem-se no tempo do tempo perdido. O tempo não espera pelo tempo. O tempo é extraível somente à existência.

Inserida por JoniBaltar

O Mar Traz-me o Teu Beijo

Não vou à terra estranha de mim
vou vazio de espera e condenado
de esperança
o horizonte puxa a minha estrada.

Todas as estrelas apagaram o sonho
envolto no teu cheiro a atestar
o meu pensamento
o meu coração enuncia as lágrimas.

Não me deixam ficar
sem pão e sal
rebento o momento
escorrem lembranças
que alagam as horas
neste exprimido suspiro
queima o silêncio
escuto os meus passos
cingidos pelo vento
perto da distância
longe da tua boca
os dias não amanhecem
as noites não adormecem
suavemente abre-se a janela
e o Mar traz-me o teu Beijo.

Inserida por JoniBaltar

Não Seja indecisão!
Seja concretização!
O Tempo não espera,
E mudanças acontecem...
AVANCE!...

Inserida por deolindascensaogrilo

Quase sempre,
Há um percurso adormecido,
Á espera que o percurso de outrem, se cumpra!
Para que, a seu devido tempo,
Ambos se fundam, formando um só!
É a Lei da Vida!

Inserida por deolindascensaogrilo

Se concretamente Ama com o Amor
De quem sabe Amar,
Não descuide!
Alimente!
Não fique à espera,
Que outros o façam em seu lugar!
É o momento de avançar
Sem agir, findo esse tempo,
Será "apenas" mais um sonho,
Que Você viu passar!

Inserida por deolindascensaogrilo

Há um Silêncio Apaziguador,
Que Tudo transforma Em Amor!
Este Tempo de Espera,
Vale a Pena,
Não é Quimera!
No Final da Estrada,
Valeu a Pena,
A Caminhada!

Inserida por deolindascensaogrilo

⁠Espero Nova Primavera
Repleta de Cores,
Amores...
Pois, Tudo Se Supera
Nesta Incansável Espera,
Feita de Engrenagens,
Aprendizagens...
Feita de Silêncios e Lágrimas
E do fecho de Antigas Páginas!

Espero Nova Primavera,
Depois de muitos Outonos/Invernos,
Pois, nem eles são Eternos,
E nem Sempre são Flagelos
Apesar de Muitos Gelos!

Espero Nova Primavera,
Com Novos Laços,
Feitos de Compassos,
Da cor deste meu Sonho
E dos Poemas que Componho!

Sendo um Ser que a Deus Venera,
Espero Nova Primavera!

Inserida por deolindascensaogrilo

⁠⁠Há uma madrugada presa,
Á espera de liberdade,
Coberta com lençóis feitos de tempo!
Está prisioneira, de um "Até Breve",
Que se aprimora, na demora...
Quiçá, ainda não é hora,
Para, enfim acordar a dois...
Veremos o que será depois!...

Inserida por deolindascensaogrilo

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