Mensagem de Amor de Pai para Filha

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Promiscuidade, avareza, aversão à cultura, deslealdade e apatia. Essas são as características dos jovens da minha era.

Lembranças

Quantas …Quantas noites mal dormidas,
vendo o deslizar das horas mortas,
vagamos por imagens absortas
no silêncio da casa adormecida.

Quantas as lembranças produzidas,
que tomam de assalto o vão das portas
e erguem um retrato em linhas tortas
daquilo o que foram nossas vidas.

E neste emaranhado sempre tem
a dor d’uma lágrima sentida
que recorda-nos a face de alguém.

Alguém, por quem a alma chora e sonha
e o abraço ao travesseiro é a saída
…Mesmo que as vezes lhe encharque a fronha!

O contato com a "dor" pode bloquear o desenvolvimento de habilidades para superá-la.

Se perdermos a capacidade de analisar, avaliar e questionar, seremos um fantoche perigoso, manipulável por pessoa, grupo, mídia ou sociedade.

Às vezes o ano começa esquisito e termina estranho, mas pode começar bom e terminar maravilhoso.

Quanto ao dinheiro existem pelo menos dois problemas: achar que possui mais do que realmente tem e achá-lo mais importante do que realmente ele é.

Culpar os outros pelos erros do presente ou do passado, só evidencia o fracasso do futuro.

Quando uns dizem que o mercado está em crise, os vencedores continuam em frente e se preparam para o sucesso , pois não há crise que dure uma vida inteira.

As pessoas frustradas são as que mais exercitam o hábito da crítica. Essas são as pessoas revoltadas consigo mesmas; pelo seu fracasso e insucesso próprio: buscam na Crítica uma arma contra os outros.

Desfaço-me do que sonho:
faço-me sonho de alguém
oculto. Talvez um Deus
sonhe comigo, cobice
o que eu guardo e nunca usei.

Thiago de Mello
Vento geral, 1951/1981: doze livros de poemas

Discurso em crise


Letras voam,
Aéreas no ar.
Consoantes, antes
Levadas a sério,
Hoje despencam
Em queda livre.


Vogais se chocam
Silabas abaixo.
Palavras já não existem mais.


Sons ecoam em dissonâncias,
Nada parece ressonante.


O que antes teria relevância,
Hoje já não encontro mais.


Há mais linguagem desabando
Do que ação se concretizando.


Estamos capotando em discurso.

Não adianta perguntar e procurar um tipo de significado para o tempo, até porque ninguém vai encontrar. O tempo é um fogo sem fim. Arde, queima, fere, mata, aquece, aumenta e nunca apaga. Ele é justo. E só. Mas será que existe? Pode ser que seja tudo ilusão e nada acontece realmente, assim como a vida, assim como a mente.

Chega a ser nítido a capacidade que o ser humano tem de mudar de comportamento quando deixa de precisar ou passa a precisar de você. O quanto você se torna insignificante após ter sido útil em algum momento.

Um dos maiores equívocos no âmago das relações interpessoais reside em idealizar utopias e insistir em coisas que não dão certo. Let it go!

Engraçado as vezes acho que isso já aconteceu comigo, em algum lugar ou em um sonho...

Tudo o que sou
Eu aprendi a ser onde vivi
E sei que pra ser firme, eu tenho que insistir
Saber pra onde ir

Eu sei, foi num estranho dia
Que sacrificou por mim a sua vida
Sacrifico os meus dias pelos teus

– [...] Para que queres tu mais alguns instantes de vida? Para devorar e seres devorado depois? Não estás farto do espetáculo e da luta? Conheces de sobejo tudo o que eu te deparei menos torpe ou menos aflitivo: o alvor do dia, a melancolia da tarde, a quietação da noite, os aspectos da Terra, o sono, enfim, o maior benefício das minhas mãos. Que mais queres tu, sublime idiota?
– Viver somente, não te peço mais nada. Quem me pôs no coração este amor da vida, senão tu? e, se eu amo a vida, por que te hás de golpear a ti mesma, matando-me?
– Porque já não preciso de ti. Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem. O minuto que vem é forte, jucundo, supõe trazer em si a eternidade, e traz a morte, e perece como o outro, mas o tempo subsiste. Egoísmo, dizes tu? Sim, egoísmo, não tenho outra lei. Egoísmo, conservação. A onça mata o novilho porque o raciocínio da onça é que ela deve viver, e se o novilho é tenro tanto melhor: eis o estatuto universal. Sobe e olha.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Cada século trazia a sua porção de sombra e de luz, de apatia e de combate, de verdade e de erro, e o seu cortejo de sistemas, de ideias novas, de novas ilusões; cada um deles rebentavam as verduras de uma primavera, e amareleciam depois, para remoçar mais tarde. Ao passo que a vida tinha assim uma regularidade de calendário, fazia-se a história e a civilização, e o homem, nu e desarmado, armava-se e vestia-se, construía o tugúrio e o palácio, a rude aldeia e Tebas de cem portas, criava a ciência, que perscruta, e a arte que enleva, fazia-se orador, mecânico, filósofo, corria a face do globo, descia ao
ventre da Terra, subia à esfera das nuvens, colaborando assim na obra misteriosa, com que entretinha a necessidade da vida e a melancolia do desamparo.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

A pior filosofia é a do choramigas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia. Nacional, 1881.