Meninos de Rua
No deserto da inocência,
onde meninos se tornaram sombras,
a civilização se despenca,
e a selva grita em ondas.
Coroas de folhas, reis sem trono,
a essência da ferocidade aflora,
o temor e o poder, num jogo trono,
a amizade se despedaça e implora.
Entre gritos e ecos de guerra,
a luz da razão se esvai,
na luta pela ordem, a terra
se torna um abismo voraz.
E ao final, na cena cruel,
os rostos revelam a verdade,
na luta entre anjo e o fel,
a infância se esvai na tempestade.
90% dos meninos nascidos em lares pobres morrem pobres, não importa quão capazes sejam. Mais de 90% dos meninos nascidos em lares ricos morrem ricos, não importa o quão estúpidos sejam. Portanto, o mérito não é um valor.
HOMENS E MENINOS
Na vida amei várias mulheres
minha mãe
minha esposa
e minha filha
mas menino amei um homem
que era meu pai
e agora que sou adulto
amo um menino
batizado de Pedro
e que eu chamo de neto
Homens, garotos, meninos. Gostamos quando nos abraçam forte, sem dizer nada. Gostamos de beijos roubados, gostamos que nos surpreendam. Achamos lindo ganhar flores. Vocês ficam muito fofos quando ficam tímidos. Adoramos receber elogios, mesmo que a gente fique negando o que falam. Amamos quando mandam uma “sms” que nos deixe surpresa. Nós, meninas, amamos quando nos mandam escutar uma música porque vocês lembram da gente ao escutá-la. Achamos a coisa mais fofa receber uma carta escrita. O perfume de vocês, são suas identidades, nos deixam loucas quando passam por nós. É lindo ouvir vocês falarem de seus sentimentos, mesmo sendo do jeito mais simples do mundo. Adoramos quando dizem coisas bobas só para nos tirar um sorriso encabulado do rosto. Vocês, que nos fazem se sentir bem, apenas por estarem por perto. O abraço que nos deixa completamente segura do mundo lá fora. E aqueles olhares, que nos deixa sem chão e ao mesmo tempo sem jeito. Homens, vocês podem tanta coisa, mas do que imaginam. É só reagirem realmente como um.
Sobre Meninos e Lobos é um filme que não se limita a contar uma história policial, ele abre feridas e expõe silêncios, e ao assistir senti como se estivesse diante de algo que não se conclui, como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés, porque a trama de três amigos de infância marcados por um trauma e reunidos novamente pelo assassinato da filha de um deles não termina com justiça ou redenção, termina com silêncio e omissão, e esse silêncio me trouxe de volta lembranças da minha própria infância, de tempos em que a sociedade preferia calar diante da dor, em que todos sabiam mas ninguém dizia nada, e talvez seja por isso que o filme provoca tanto desconforto, porque ele mostra que o passado não desaparece, apenas retorna em novas formas, e ao mesmo tempo que acompanhamos Jimmy, Sean e Dave tentando lidar com seus fantasmas, nós também somos obrigados a encarar os nossos, e é nesse ponto que a obra se torna mais do que cinema, se torna um espelho, um convite à reflexão, uma experiência que deixa marcas, e por isso acredito que outras pessoas deveriam assistir, não para encontrar respostas fáceis, mas para sentir esse impacto, esse vazio que nos obriga a pensar sobre justiça, memória e hipocrisia social, porque Sobre Meninos e Lobos não fecha portas, ele abre, e quem se permitir atravessar vai sair diferente, talvez sem chão, mas com muito para refletir.
Fernando kabral
Olinda 15 de novembro de 2025
A velhice é uma das quatro estações, na primavera temos o que somos, meninos, no outono a adolescência, no verão a idade adulta, no inverno a velhice.
Não confunda o romantismo com a imaturidade de meninas e meninos!
Com a mesma intensidade que os românticos podem ser flores, eles também podem ser espinhos.
Por favor, chore! Ainda há tempo.
Muitas pessoas cresceram e principalmente os meninos ouvindo frases equivocadas como: "engole esse choro", "pessoas fortes não choram", "chorar só piora as coisas", "lágrimas são sinal de fraqueza". Com isso, muitas estão emocionalmente doentes, tristes e magoadas. As lágrimas que não caíram e os sentimentos que não foram expressos se acumularam internamente, fermentando e se transformando em angústia, revolta e depressão.
Por favor, chore! Pelo bem da sua alma. Desabafe, alivie-se, permita-se, sentir e manifestar e falar dos seus sentimentos e das suas emoções. Não com revolta ou rancor, mas com bons afetos, sentimentos e amor.
Daniel Francisco da Costa
Enquanto 'meninos' seguem acusando as mulheres de “Perigo Constante no Volante”, elas seguem desbravando todas as Direções.
Elas conduzem na terra, no ar e na água.
Enquanto muitos ainda insistem em disfarçar o preconceito com piada — apontar o dedo, buzinar certezas gastas e acusar as mulheres de perigo no volante —, elas seguem fazendo do movimento um ato de coragem.
Não pedem licença ao estereótipo, nem reduzem seus sonhos à marcha ré das opiniões alheias.
Elas atravessam ruas, céus e mares porque sabem que direção não se mede pelo gênero, mas pela consciência, pelo preparo e pela liberdade de ir e vir.
Enquanto os meninos se ocupam em vigiar retrovisores imaginários, elas pilotam o próprio destino: na terra que desafia, no ar que exige precisão, na água que não perdoa imprudência.
No fim, o verdadeiro risco nunca esteve nas mãos que conduzem, mas nas mentes que insistem em frear o avanço alheio para não encarar a necessidade de se despir da masculinidade frágil, do machismo e da própria estagnação.
“Moleques meninos”
mal alimentados por muitos sim, quase sempre viram esses
homens moleques.
Os furiosos que rejeitam todos e quaisquer nãos.
Com tanto sim, atravessado goela abaixo — sim, ao ego, sim, à impunidade, sim, à ideia de que o desejo masculino é prioridade — muitos “moleques meninos” cresceram mal alimentados do essencial: frustração, limite e escuta.
Não aprenderam cedo que o não jamais é afronta, mas fronteira, limite…
Não é humilhação, é linguagem.
Não é convite à fúria, é exercício de humanidade.
Criados à base de concessões e silêncios forçados, confundiram afeto com posse, insistência com direito e desejo com autorização.
E quando o mundo — especialmente as mulheres — ousa lhes negar algo, reagem como quem teve o prato retirado, não como quem foi chamado à maturidade.
O homem moleque não rejeita só o não: rejeita o espelho que ele oferece.
Porque todo não bem colocado revela o que falta — e encarar a própria falta exige mais coragem do que gritar, ameaçar ou ferir.
Não, nem é só não, como dizem os muitos que fingem preocupação com as mulheres do nosso país…
Talvez uma das maiores e principais urgências do nosso tempo não seja ensinar mulheres a dizer não, mas ensinar homens a sobreviver a ele.
Porque o não, quando respeitado, educa.
Quando ouvido, humaniza.
E, quando aceito, transforma moleques famintos em homens capazes de conviver — e não de dominar.
Enquanto isso não acontece, o “Não” seguirá sendo resistência.
E a reflexão, uma necessidade inadiável.
Não é humano a aceitação medonha de que mulheres continuem sendo desumanizadas — no Brasil e no mundo — por causa de um “Não”.
Às pessoas não querem sair da zona de “bons meninos” e asombra da não aceitação é a preocupação de cada um.Talvez por, na maioria das vezes, sermos rasgados pela indiferença…isso assusta e muito. Deveríamos ser mais forte… já que todos nós sabemos que a vida é uma só e que nascemos para morrer. Eu aplaudo algunse outros eu tento entender, mas alguns é só diversão, com todo o meu respeito. Às vezes, também volto para a zona de conforto, é normal, pois somos seres, uns humanos e outros seres humanizados. Peço desculpas, sou uma pessoa comum tentando entender essa vida, tentando entender a tal evolução. Abraços.
E no ultimo adeus, lembranças meio apagadas de quando ainda eramos meninos e crianças, um pouco de nostalgia daquele ultimo olhar de ontem...e sobre a lápide irretocável negra estava nesta hora toda molhada, pouco se sabia onde foi que começou a aguar pelos pingos da chuva e o que era aguado pelas lágrimas da saudade que já começava à crescer....sai da letargia e incompreensão me acordou no momento que todos os presentes em coro gritaram, Amém.
Existem garotas tratando príncipes como sapos e sapos como príncipes. Mas, também existem meninos que tratam bruxas como princesas e princesas como bruxas.
SOFREGUIDÃO
Amaram-se meninos
O amor ainda não tinha nome...
Veio o punhal do destino
Atravessou a garganta do tempo
Fez o “nó” costumeiros dos nós!!!
Feriu o primeiro...
Matou o segundo
E finalmente...
Um sobreviveu.
O que vaga nos prados
O que ainda procura
O sentimento
O mistério
A magia esquecida!!!
