Menino Anjo
O TREM
Antes que passe o trem
Preciso pôr a máscara
E os óculos escuros
Para não ser atingida pelo vento
Que ultrapassa a TV
A música que ouço agora
Não é nada agradável
Mas vejo uma pipa no céu
Que me consola
E um menino na rua
Jogando bola
Meu coração sabe bem
Que a vida passa ligeiro
Como passa o trem
Sabe que a pipa leva o menino
Até a estrela mais próxima
A música desagradável
Já não ouço mais
Embarcar numa pipa
É leve e gratuito
E a vida é passageira demais
Para ser vivida em vagões.
Faltam poucas horas pro natal. Espero que todos os abraços e os apertos de mãos sejam verdadeiros, que todas as palavras ditas venham do fundo do coração. Este dia é dia de celebrar a União. Mais é principalmente o dia de celebrar o nascimento do nosso rei e salvador Jesus!🙏🙌❤😍🍀
O Natal do meu Nordeste
Não tem neve, mas tem sino
Não tem gelo, mas tem fé
O jantar é gordo ou fino
Pode até não ter presente
Mas não sai da nossa mente
O nascer de Deus Menino
“ O Hino Nacional eu cantava com a mão no peito, quase de farda, quase um soldado, quase um herói, o hino acabava, e voltava ser quase invisível, só mais um aluno, com o avental velho do bolso rasgado.”
Por tão pouco eu perdi você
Não pensei na hora de fazer
Eu tô quase desistindo
Eu me sinto um menino
Quando estou longe de você
Ivo Terra Mattos
47 min ·
Lembranças do meu pai Lazinho e do seu assistente Correia. (Vulgo rabo de tatu)
--"Vai ter que trabalhar sim! Vai engraxar sapatos", (idade 7 anos)
--"Não gosto de filho homem.
--"Nasceu mais um macho (quando nasceu meu irmão Carlão)
- Se eu te pegar no rio vou te dar um tiro.
-Eu não falei para você não ir nadar? Volta aqui! não voltei, ele levou meu calção. Quando cheguei em casa já era noite, aí...
o Correia entrou em ação; “Quando eu falar para você não ir no rio, você me obedeça". e dá lhe mais, Correia.
-Quem te falou que galinha voa? Eu, arremessando uma galinha para o alto sem ver que ele estava bem atrás de mim. Primeiro foi uma tijolada, depois um ponta pé na bunda.
--Por que que cavalo está suado? Era só você ir buscar ele no pasto e não sair galopando com ele. Não foi isto que eu te falei, hein? Não corra, volte aqui. Mais umas lambadas nas costas.
-Se você brigar na rua e apanhar eu te arrebento aqui em casa.
-Homem não chora. (Aprendi a chorar para dentro)
-Fumando? Foi um tapa com tanta força que arrebentou o cigarro e a minha boca. Molhei a calça, me mijei (idade 8/9 anos)
-Para onde você estava indo? (Primeira fuga 9 anos) vou ensinar você a fugir de novo. Apanhamos em dupla, eu e meu amigo de fuga, um vizinho. Eu do meu pai e ele do dele.
-Desta noite você não escapa; o diabo vem te buscar.(eu tinha comprado todo o salario dele em figurinhas de jogador de futebol)
- Por que, que o seo amigo traz dinheiro e mais carne para casa e você só traz um pouco de dinheiro? Está gastando o dinheiro de engraxar com figurinhas? Apanhei sem poder falar, que meu “amigo” comprava carne na conta do amante da mãe dele. Quando descobriram, apanhei por não ter contado.
-Comprei uma paçoquinha para você, toma, coma! (lembrança do presente)
-Você não vai dar em nada na vida. Vai ser igual seu tio,,,,(meu tio morreu de depressão, era doente)
um dia, com doze anos, fiz duas fugas ambas sem sucesso, apanhei pelas duas e mais algumas que supostamente viriam. não parou por ali. fiz a terceira com o auxilio da minha irmã, que praticamente me adotou. Fiquei morando com ela até meus dezoito anos. Depois disso, voltei a morar com meus pais por mais dois anos. Com vinte anos fui embora para São Paulo e nunca mais voltei pra minha cidade de Santa Mariana.
Sempre fui encantado com a ideia de amor perfeito.
Lembro-me muito bem do sentimento inesplicavel que me sobreveio ao ter contato pela primeira vez com a obra classica de Romeu e Julieta. Eu era ainda um menino, e como menino acreditava em coisas de menino.
-Quem já esperou por um "Como você está?",que nunca irá existir?!
Quem nunca na vida,já se pegou pensando se é ou não é a ovelha negra da família.E depois de um bom gesto vindo de alguém,tudo começa a ficar mais confuso,pois você começa a acreditar que talvez alguém ainda goste de você.
Mas você é confuso ou confusa demais pra entender essa coisa de gestos,de tanto apanhar da vida e ser ignorado pelo seu próprio sangue,começa a negar à sua própria existência! ...Mais foda que isso é,saber que não tem pra onde correr,não vai em quem confiar,mesmo sabendo que um ou dois ainda possa tentar querer fazer alguma coisa.
Todos os dias,à vida vai levar a gente pra um abismo e vai fazer uma questão de perguntas,todos os dias seremos questionados por pessoas que só querem ver a gente sofrer..Vai ser difícil,é difícil!!!
Mas pra quem tanto já sofreu e sofre,a dor já nem é tão notável,pra quem tanto já amou mais a dor que a sí mesmo..Ela se torna uma companheira,que sim,machuca,mas que já sabemos o porque ela vem sempre..E o porque ela tem que permanecer...
Quem tem a dor como alívio das paranóias,tende sempre à ser o culpado da desgraça dos outros,dentro da sua própria casa..Isso é o que dizem por ai.
O altar do pequenino
Seguindo pelo campo florido, algo me desperta a atenção...
Sons rompendo o silêncio que reina em meu coração.
Tilintar de sinos seria? Tão longe está suave manifestação
Que já desperta em mim curiosidade além de emoção!
Atentamente caminho, seguindo a minha intuição...
Desvio de magníficas flores que pelo caminho estão!
As gramíneas também estão lá, simplesmente verdejantes!
Tudo parece distante, mas consigo visualizar o altar...
Sim, o altar do Pequenino, o altar daquele Menino!
Menino que trouxe esperança aos pobres e humilhados!
Que amou a tudo e a todos, tomando para Si os pecados
De um povo sem vida e sem luz!
Oh! Mensageiro da Paz! Aquele é o altar que de longe vejo
E esta é a paz que há muito almejo!
Lá está a igrejinha onde ainda criança
Juntei as mãozinhas, e com confiança
Fiz minhas primeiras orações... Amém!
Agora tudo volta à lembrança...
Os cabelos enfeitados com lindas tranças:
A menina corre e avança!
Aquela menina era eu! Corria para ouvir de perto
O toque dos sinos que anunciavam a hora de orar...
Mas o tempo passou e a menina do altar se afastou.
Queria viver novas emoções... Tudo em vão!
Volto, porém, tal qual um filho pródigo
Que retorna ao Pai: encontro o mesmo altar e o mesmo amor!
E neste amor, para sempre, quero permanecer!
A igrejinha, o altar, as mãozinhas....
Lembranças perpetuadas em meu coração,
Que me trouxeram de volta: quanta emoção!
Ajoelho-me e faço uma oração... Amém.
PAI E FILHO
Ei, papai, estou bem alto,
para o céu eu vou voando,
como um super-herói,
que o mundo vai salvando.
Um dia vou te ensinar
como se faz pra voar,
e vai aprender brincando.
Minas tem belas montanhas; tem histórias e memórias; tem valores e culturas; Minas tem Monte Verde e Boa Esperança, Minas de Entre Rios, de encantos e poemas; Minas tem bela literatura, recheio de expoentes juristas; Minas de grandes estadistas; Minas de Drummond, Minas de Kubitschek, de Guimarães Rosa, Minas tem Cruzeiro e Atlético, Minas tem Pampulha e Teatro das Artes, Minas de Belo Horizonte, Minas de Governador Valadares, de Contagem, Minas de Teófilo Otoni, berço da Liberdade; Minas Gerais do Menino do Mucuri.
TEÓFILO OTONI, no Vale do Mucuri, berço da Liberdade do Estado de Minas Gerais. Ventos que varrem o autoritarismo para se instalar as raízes republicanas. Terra de gente altaneira, que exala a profunda beleza do amor, que vislumbra a exuberante ternura que habita os corações apaixonados deste povo. Teófilo Otoni de grandes estadistas, de belas histórias, de encantos mil, minha amada cidade, do adorado Bela Vista, do querido Iracema, da Vila Pedrosa, do São Cristóvão, do São Jacinto, da Vila Barreiros, da Vila São João, do Frei Dimas, do Eucalipto, do Boiadeiro, da Taquara, Palmeiras, Vila Ramos, do Laranjeiras. Não há espaço aqui para citar todas as queridas localidades, mas Teófilo Otoni de todo esse chão que habita os mais de 100 mil habitantes, Torrão de gente de índole boa, que habita um território de lindas pedras. A grande capital mundial do Amor Fraterno, terra do Menino do Mucuri.
A madrugada no Iracema é bem assim; a solidão é um vazio esplêndido; no Vale do Mucuri nasce o poeta lírico, menino pirracento que gosta de brincar com o léxico, de jogar com a semântica, que enxerga luz nas trevas do jardim; que exala destreza no vernáculo e sonha eternizar sua história
Outro dia na bela e infinita bondade, terra de luz deslumbrante, um paladino da justiça manifestou desdém acerca das ações do menino do Mucuri; mal sabe ele que o menino vive na estrada da vida faz muito tempo, o suficiente para entender a maldade humana; decifrar o desalinho e o desprezo; saber que no mar grande também existem traíras, falsas e nocivas para o ecossistema e para a fauna.
Na roça as crianças já sentem a dureza da vida desde cedo, sendo tratadas com muito rigor para controlarem seus temperamentos, sendo tratados com violência para não serem violentos, o que parece uma estupidez, como a guerra pela paz
A todo momento as pessoas são violentadas por assédios, e isso parece até normal, com tanta propagação de disputa entre as partes que se envolvem nas tramas comerciais urbanas.
Os assédios são formas de se tirar o sossego de quem está em paz, ou aumentar o nível de irritabilidade quem já está em perturbação com alguma situação ou em constante perturbação com a própria sorte, sentindo-se depreciado por viver em um sistema onde a paz é uma mera necessidade dos fracos, que não se dispões às turbulentas necessidade de sentimentos abusivos ou carregados de ironia trivial.
Então a pratica de insubordinações e deboches são a marca dos bons costumes da atual civilização, justamente com o uso de alguns tipos de drogas que atordoam a mente de forma a persuadir o ego e a consciência a se mostrarem fúteis os pensamentos que não sejam de libertinagem ou que não contenham alguma carga de emoções rusticas, ou de essência rudimentar, tornando a emoção da alegria como que coadjuvante à ironia.
Sou um tanto esdrúxulo
Homem que sofre com a tragédia;
Aquela tragédia infinita.
Que martela um grande músculo.
Mas qual é a vítima da vez?
A mente! É sempre ela
Aquela mesma que sente dor;
A dor do destino, da realidade.
Pobre menino! Aquele, que era bom;
Tão bom que era o escolhido.
O menino cresceu, mas tento fugir.
Fugir de sua presença.
Assim como meu amigo Saramago,
Tento não fazer nada na vida
Que possa envergonhá-lo.
Pra quê envergonhar a pobre criança?
Seu legado foi tão doce e agradável.
Até com os anjos ele voou.
A luta é grande, pois é muito difícil
Chegar à altura do bom menino.
Eu? Eu sou vil !
O espelho me devolve imagem cansada; orgulho das conquistas que alimenta o néctar da persistência; como passageiro do tempo, acorrentar dentro de mim os sonhos de um bom menino do Mucuri.
Minha vida é repleta das coisas que sinto...
E não só de momentos que hão de passar...
E aquilo que trago no coração...
O espelho reflete sem ilusão...
Meus atos de improviso...
Tecem histórias de boatos...
Os sonhos se esvaem...
Enquanto fleto com o desconhecido...
Eu... bem que tentei...
Ter o olhar compreensivo...
Ter um sorriso desinteressado...
Tal qual um menino...
Se posso ter me perdido confesso...
Não vejo meu espelho a algum tempo...
Eu ouvi falar de promessas...
Que agora jazem mortas...
Nada é medido pelo seu valor...
Ah, como sei...
Quem lhe ama...
Também causa dor...
Sandro Paschoal Nogueira
Quando você veio até mim, posso tê-lo feito pensar que eu queria alguma outra pessoa. Mas foi você quem eu sempre desejei. Você sempre será o meu menino de verdade.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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