Memória

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Toda rua tem seu curso
Tem seu leito de agua clara
Por onde passa a memória
Lembrando histórias de um tempo
Que não acaba.

Não penses para amanhã. Não lembres o que foi de ontem. A memória teve o seu tempo quando foi tempo de alguma coisa durar. Mas tudo hoje é tão efémero. Mesmo o que se pensa para amanhã é para já ter sido, que é o que desejamos que seja logo que for. É o tempo de Deus que não tem futuro nem passado. Foi o que dele nós escolhemos no sonho do nosso absoluto. Não penses para amanhã na urgência de seres agora. Mesmo logo à tarde é muito tarde. Tudo o que és em ti para seres, vê se o és neste instante. Porque antes e depois tudo é morte e insensatez. Não esperes, sê agora. Lê os jornais. O futuro é o embrulho que fizeres com eles ou o papel urgente da retrete quando não houver outro.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

MORTE

Onde o corpo findou a história,
fez a alma viva na memória.
Laços em nó na saudade,
ao consolo divino.
Lembrança de um amor ainda vivo.

Conforme envelhecemos, amamos de forma diferentes, porque devido a fatores como experiência memória e autopreservação pensamos, agimos e vivemos de forma diferente.

Quando bate aquela melancolia dominical de final de tarde, surge em sua memória lembrança de épocas mais felizes, onde a vida corria sem essa pressa atual, onde o final de tarde era só um pretexto para a família se reunir na cozinha enquanto a mãe preparava uma panela imensa de sopa. Aquele cheiro, juntamente com o calor e o burburinho das vozes misturadas sempre foi a melhor receita para aquecer a alma, para dar forças para todos ali enfrentarem felizes a semana que se iniciava.

Exercitamos o abdômen e exercitamos a memória. Por que não exercitar a empatia? De um modo ou de outro, julgamos as outras pessoas por suas ações, mas queremos ser julgadas por nossas intenções. ma maneira de quebrar esse nosso narcisismo egocêntrico é tentar olhar para as outras pessoas com a mesma generosidade com a qual olhamos para nós mesmas.

Resista com todo afinco à ânsia de julgar. O bico do sapato dele está gasto? Não, não é porque ele é relaxado ou desleixado ou pobre ou mulambento, etc etc. Abrace a enormidade do fato de que você simplesmente não sabe, e provavelmente jamais saberá, porque o bico do sapato dele está gasto.

Todas as pessoas desejam ser ouvidas. Entretanto, tão poucas escutam.

Por que é tão difícil suspendermos nossos julgamentos, nossas opiniões, nossas interrupções, para conceder a outra pessoa o inestimável dom da nossa atenção completa e concentrada?

Nossa atenção plena é um dos maiores presentes que temos pra oferecer.

Não pense em você, no que vai retrucar, no que teria feito no lugar dela, no que acha que ela deveria ter feito, naquela coisa parecida que aconteceu com um amigo seu. Nada disso importa.

Você não existe. Não existe seu ego, suas opiniões, seus julgamentos de valor. Você está só.... ouvindo! Todo o seu ser está concentrado nessa única dificílima atividade transcendental. Ouvir.

Em nossa sociedade narcisista, onde somos criados para achar que o mundo gira à nossa volta, tendemos a dar um valor excessivo a nossas próprias opiniões. (Afinal, são opiniões dessa pessoa tão incrível: eu!)

Pior, achamos não só que temos um direito divino de ter opinião sobre tudo, como também de expressar essa sabedoria a todo momento, e, mais ainda, que é um favor que fazemos às pobres mortais dizer a elas o que pensamos sobre suas vidas.

Mas essa constante e infindável salva de opiniões que atiramos umas contra as outras é uma violência, é uma intrusão, é puro egocentrismo.
As pessoas amigas e familiares querem saber quando vai finalmente largar o teatro, parar de se vestir assim, fazer faculdade, defender a tese, prestar concurso, prestar um concurso que ganhe mais, arrumar um emprego, largar esse emprego, arrumar namorado/a, casar com namorada/o, comprar um imóvel, comprar um imóvel maior, comprar um carro, comprar um carro melhor, virar hétero, abraçar a monogamia, encontrar Jesus, tomar jeito, etc.

A lista é tão infinita quanto são infinitos os comportamentos das pessoas.

Todos esses comentários são violentos. Todos eles são pequenos espinhaços diários que cravamos justamente nas pessoas mais próximas a nós.

Por que fazemos isso? Por que nos damos ao direito de ter opinião sobre questões tão pessoais das vidas de outras pessoas?

A velhinha que encontramos na fila do banco raramente invade nossas vidas.

A violência constante e contínua dos comentários invasivos é exclusivamente perpetrada pelas pessoas mais próximas a nós. Justo aquelas que deveriam nos amar e nos respeitar, e não nos oprimir com sua avalanche de opiniões não-solicitadas.

Reconhecer o direito das outras pessoas de viverem livres da opressão de nossas opiniões também é uma maneira de exercitar a empatia.

Não é verdade que devemos tratar as pessoas com gostaríamos de ser tratadas.

Porque a outra pessoa é uma outra pessoa. Porque ela teve outra vida, outras experiências. Porque ela tem outros traumas, outras necessidades.

Basicamente, porque ela não sou eu. Porque eu não sou, nem nunca vou ser, nem devo ser, a medida das coisas.

Utilizar a mim mesmo, minhas vontades e necessidades, o jeito que quero ser tratado, como se eu fosse o parâmetro para todas as outras pessoas é a essência do narcisismo e do egocentrismo. É o exato oposto de empatia.

a vida de cada pessoa inclui um horizonte de acontecimentos que se estende perpetuamente além de nossa visão:

Loira linda você vive constantemente na minha memória,
e há momentos em que a saudade aperta demais.
Então meu coração pede socorro, e a única maneira de alivia-lo é fazer o que ele pede! Desabafar.

O Perfume

Guarda na memória o cheiro do perfume,
Nas manhãs de primavera aquele cheiro de flores,
Cada perfume uma história vivida,
Onde guardo As minhas lembranças mais bonitas,
O perfume e poesia e doçura,
Sensações que nem sei!
Com tempo os cheiros as lembranças trás,
A saudades sentirei pela a vida afora...
O perfume que só eu sei que vento nenhum leva.
Ana Sara Manso

O tempo passa e as lembranças permanecem em nossa memória. Antes que seja tarde ame sem medo, sem mágoas, apenas perdoe e não se preocupe com o tempo!

De cada dia, retire somente o que for bom
e eternize no coração e na memória...
Cheiros,
Sabores,
Belezas e
Sentimentos!

Tu me ensinou que o "para sempre"
Terá um fim
Mas sempre estará vivo em nossa memoria
Pois durou o momento certo para chegar ao fim

Dormindo
Nunca encontrei a felicidade dormindo;
A memória se recusa sempre a morrer,
E votei minha alma ao secreto mistério,
Para viver e suspirar de esperança e nostalgia.

Nunca encontrei o repouso dormindo;
Pois as sombras dos mortos,
Que meus olhos acordados nunca saberia distinguir,
Assaltam minha cabeceira.

Nunca encontrei a esperança dormindo:
No mais intenso da minha noite, eu os vejo chegar,
E estender sobre as paredes de profundas trevas
O mais epesso véu do seu triste cortejo.

Nunca encontrei a coragem dormindo.
Onde eu teria podido arrancar um força nova;
Mas o mar em que vago é batido pelas tempestades,
E a onda é mais negra.

Nunca encontrei a amizade dormindo,
Para acalmar a dor e me ajudar a sofrer;
Os olhares da noite são pejados de desprezo
E me deixam abandonada ao meu desespero.

Nunca encontrei o desejo dormindo
Para atiçar o fogo morto do meu coração.
Meu único desejo é atingir o esquecimento
E o sono eterno em que mergulha a morte.

Leio-te em silêncio e gravo na minha memória teus traços mais lindos, teus gestos de bondade, tuas palavras suaves, teu doce sorriso, tua voz que acalma, teu silêncio que tudo me fala.

Posso até perder completamente a memória, mas o coração sempre lembrará você em Déjà vu.

Não é só a memória que fica seletiva com a idade,
os sentimentos e os relacionamentos também

Na memória eu trago a lembrança de um sentimento da minha ilusão, um amor que um dia foi embora deixando em pedaços o meu coraçao, aprendi que na luta da vida um bom capoeira nao pode cair, se você está arrependida, a dor dessa perda você vai sentir, os pedaços que você deixou, capoeira juntou e me fortaleceu, hj digo com sinceridade, que o vencedor dessa guerra fui eu. Ê êêê eu venci a batalha ganhei de você.

Nos apegamos tanto às memória porque mesmo com o tempo, elas não mudam, já às pessoas, mudam.

AMOR

Tenha mais amor
pelo próximo.
Respeite e ame-as.
Amor no ser
do ser na memória.
Amor a si próprio
as pessoas.
Amor no sentir.
Sentimentos do coração,
da alma.
Ame-se,doe-se,
independente de cor
ou raça.
A vida permite amar
para ser amado e ser feliz.

Antes. Atemporal e vazio, engolido pelo buraco preto da memória.

Pobre de "direita" só pode ser: burro, sem memória, mau-caráter, interesseiro, idiota, canalha, digno de pena...
Afinal, pobre só tem algum valor social quando é fantoche das elites intelectuais de "esquerda".
Ainda bem que existem autores considerados de esquerda e de direita (Judt, Sandel, Dalrymple, Scruton e Sowell) para além dessa dicotomia maniqueísta pobre e burra.