Mel

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Fecho o livro Gênesis de Sebastião Salgado e percebo que há uma infinidade de olhares cravados em mim.

Não consigo mais deixar de visualizá-los impregnados na retina da minha percepção humana. São olhares que não olham, são olhares que apenas permitem serem olhados e o infinito mora dentro desses instantes.

Desta vez, Sebastião mostra além de um mundo que desconhecemos. Ele desnuda um mundo que desconhece o nosso mundo. 46% do planeta ainda existe intocado como no Gênesis da vida. E quase como quem percebe que durante muito tempo estava errado sobre algo, me envergonho por saber tão pouco do que vive além da nossa dita civilizada sociedade.

Lembro a primeira vez que cruzei com um desses olhares. Eu tinha uns 12 anos e era frequentadora assídua da biblioteca da escola em que estudava. Um dia caiu nas minhas mãos uma capa conhecida da revista National Geographic, com o rosto de uma jovem afegã em um campo de refugiados na fronteira do Paquistão. Era uma foto de Sebastião, a primeira que me apresentou para ele. Lembro de chegar em casa sem fome, visivelmente abalada. Percebi que eu também cabia ali dentro, que a esperança e a sofreguidão que aqueles olhos denunciavam a partir daquele momento eram responsabilidade minha.

Somos o que vivemos e também aqueles que vivemos.

Gênesis retrata o meio e, com a sensibilidade dos que olham além da superfície, o homem misturado a esse meio. São homens, mulheres, crianças, animais selvagens, animais marinhos, vastidões cobertas de neve, reflexos nas margens dos rios, vulcões que fumegam, horizontes esverdeados mesmo no preto e branco do livro que é só mais um convite para colorirmos a nossa revelia.

E tudo e todos olham num profundo silêncio de quem, como os mais velhos, tem prioridade nessa vida. São os lugares quase intactos, os que ficaram mais próximos da nossa origem, os que podem, com propriedade, contar a história. É o distante do que somos hoje, mas que habita nossa epiderme, comove nossa descendência, que ainda existe nas lembranças genéticas do que nos trouxe até aqui.

Animais, homem e meio falam a mesma língua. Uma mulher olha o horizonte com os filhos carregados no dorso e na força de continuar o mundo. Uma onça leva a caça para a casa e olha com a mesma intensidade para a sua função maior: gerar e alimentar os que permanecerão. Nesses olhares maternos cabem a admiração de uma batalha vencida. A mãe, a natureza, a mãe natureza dando sentido à palavra.

Fecho o livro, mas sei que, assim como carrego desde os tempos da escola aquela imagem que olhou para dentro de mim, tudo e todos que eu pude observar agora seguem comigo.

E todos esses olhares, todo esse mundo que vive tão longe e tão do nosso lado, imploram a mesma coisa.

Pedem, com a calma de uma vida que só vive, que possam continuar intactos.

São olhares que não querem ser vestidos. Que nos permitiram a bondade de olhá-los, mas que avisam com a calmaria de uma margem adormecida:

"Deixe-nos para que possamos continuar genuínos. O mundo que aqui começou pode muito bem apenas continuar. Existir é a nossa grande reivindicação".

"O amor é a arte de duvidar da matemática."

Da minha janela vejo:
Pássaros pretos que pontilham o céu
Escuridão bordada aos voos no inflito azul
São eles também caminhos de tentar percorrer
Desencontros, que como na vida, acabam de longe fazendo sentido
São também encontros de jornada
Como os que temos no mundo telhado pelo universo
Olho para dentro da minha janela e percebo
Sou também o que me circunda
Somos inclusive o que paira sobre as nossas cabeças
Sou a soma das vidas a minha volta
Do vento que beija a cortina e desacomoda o linho branco
Da mata verde que sobrevive ao barulho da cidade
O mendigo que outro dia dormia numa esquina escurecida também me é
Pela falta de luz, pela falta de vida
Sou aquele casal que faz amor e deixa os ruídos atravessarem o silêncio da solidão de outrem
Sou a menina que sai da escola com uma saia azul a cobrir suas pernas
Metade mulher, metade inocência
Sou os que foram e inclusive os que virão
A vontade de voar sem cair
De chorar sem doer
De apenas continuar a escrever
Sou um pecado que perdoa
Uma tristeza que sorri
A fila do banco pode ser uma soma
As idades podem ser uma só
Contar o tempo para quê?
Se de tanto contar acabamos esquecendo de sentir
Fecho os olhos e ouço
A melodia transversa que o mundo canta
Buzinas, vento, portas que batem, palavras que encontram, meu celular que toca, minhas lágrimas que escorrem
O silêncio é tão cheio de outros silêncios
Dizer é tão cheio de calar
Volto a observar o céu
Há um ritmo sereno no topo da vida que corre
Ser como voar é minha vontade na vida
Hei de alinhavar o amor como os que planam
Nesses caminhos de se perder
O sonho que tenho cabe dentro dos dedos
Tem a forma de uma mulher quando seus olhos enxergam além
Ser tua, ser minha, ser ela
É disso que estou falando.

"Amar é como ter a areia toda do mundo nas mãos."

Eu vejo o mundo pelo viés da poesia. Opto por perceber as miudezas através do lúdico, das rimas, das imagens sobrepostas que as palavras proporcionam.

Um pouco de poesia nessa tarde de chuva boa. Faz sol lá fora, alguém diria. É porque o céu não são os meus olhos.

Academia e noticiário não combinam! Nada é menos estimulante do que malhar ouvindo tudo de ruim que aconteceu na madrugada.

Queridos Homens, corpo é conjunto!!! De nada adianta morrer malhando membros superiores se as pernas ficam esquecidas!

Acho apaixonante homens que oferecem o casaco em noites de frio! O cavalheirismo nunca sai de moda!

É muito sexy um homem dando o nó na própria gravata... Logo pela manhã, com cheiro de banho tomado...

Sei lah, as vezes cansa, você quer desistir de tudo, você deseja não conhecer mais ninguem.... só quer que a dor passe.... Mas não é assim! E eu sei, é dificil aceitar isso mas, não existe outro modo, você tem que enfrentar isso e tentar passar por cima..... Esse é o problema, você não tem mais vontade de nada, e a cada coisa que acontece você perde cada vez mais a força e a vontade, então você para de tentar e se afunda ainda mais na magua....

"Empoderar-se é, antes de tudo, não precisar de autoafirmação."

O cheiro que sobra no travesseiro é o doce perfume do amor.

Não me despeço, apenas peço pela tua volta. Sem tua luz, sou pedaços de descaminhos. Desvestida de amor e de esperança.

Amar é resolver temer, é ter coragem de sonhar vivendo.

O amor é o maior tempero da poesia!

A poesia tem o dom de calar a ignorância. Para ser poeta tem que ter o coração aberto. Os versos são amores em linhas.

Tão bonito sonhar acordada com vocês. Fazer palavras dançarem é um sonho que ganha vida dentro de mim.

O sonho é a brisa quando sopra sem medo.

Meu sonho é simples. Fazer a poeira voar dos livros e dos versos, fazer a inspiração acordar ensandecida. Enlouquecer de amar em palavras.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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