Me Perco dentro da Saudade

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A pintura é poesia muda; a poesia, pintura cega.

Não somos nós que perdemos tempo. É o tempo que nos perde.

Todo o homem deseja ganhar dinheiro para dá-lo aos médicos, destruidores de vidas. Devem, portanto, ser ricos.

Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou desaparecemos.

Euclides da Cunha
CUNHA, E., Os Sertões, 1902

Quem muito pensa no futuro perde o presente.

Eu perco o sono lembrando do seu sorriso.

Eu perco pra malandro, perco pra ladrão, perco pra espertinhos e espertões, perco na transação bancária, nos juros e na taxa diária. Ah, mas na sabedoria é que eu ganho de vocês, essa ninguém me tira.

SONETO

O quanto perco em luz conquisto em sombra.
E é de recusa ao sol que me sustento.
Às estrelas, prefiro o que se esconde
Nos crepúsculos graves dos conventos.

Humildemente envolvo-me na sombra
que veste, à noite, os cegos monumentos
isolados nas praças esquecidas
e vazios de luz e movimento.

Não sei se entendes: em teus olhos nasce
a noite côncava e profunda, enquanto
clara manhã revive em tua face.

Daí amar teus olhos mais que o corpo
com esse escuro e amargo desespero
com que haverei de amar depois de morto.

Quando você sorri, eu perco a noção de tudo e qualquer coisa. Fico naquela de não saber se junto meu sorriso ao teu ou se repouso meus olhos nos teus e fico, por segundos, te contemplando. Quando você sorri, o mundo inteiro deixa de existir e, a minha vida, ganha mais vida. Se torna tua, como eu sou.

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.

Fernando Pessoa
Poesias Inéditas (1930-1935). Fernando Pessoa. (Nota prévia de Jorge Nemésio.) Lisboa: Ática, 1955.
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Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como “estou contente outra vez”.

Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu: o essencial da década de 1980. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

Faz de conta que ela não estava chorando por dentro – pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

A vida é um grande espetáculo. Só não consegue homenageá-la quem nunca penetrou dentro de seu próprio ser e percebeu como é fantástica a construção da sua inteligência.

Augusto Cury
"O código da inteligência: a formação de mentes brilhantes e a busca pela excelência emocional e profissional". Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil / Ediouro, 2008.
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Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro de sua vida, numa determinada época, ele foi aquilo de que você precisava naquele momento.

Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Deus.

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E no meio de um inverno eu finalmente
aprendi que havia dentro de mim
um verão invencível.

Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem – pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela – apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito. A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenha medo daquilo que é ao mesmo tempo selvagem e suave. Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome. Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai. Se ele fareja e sente que um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e vai. Aviso também que não se deve temer o seu relinchar: a gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de cólera, a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.

Norman Cousins

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Pablo Picasso.

Gostaria que você soubesse que existe dentro de si uma força capaz de mudar sua vida. Basta que lute e aguarde um novo amanhecer.

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