Me Doei demais
"...E decidiu: vou viajar. Porque não morri, porque é verão, porque é tarde demais e eu quero ver, rever, transver, milver tudo que não vi e ainda mais do que já vi, como um danado, quero ver feito Pessoa, que também morreu sem encontrar. Maldito e solitário, decidiu ousado: vou viajar."
Eu sempre me achei pesada demais, profunda demais. Carregava o peso da vontade de ser apenas alguém leve. Um dia eu desisti da leveza... E comecei a flutuar!
O amanhã pode ser tarde demais, tarde demais para uma desculpa, uma palavra não dita, uma atitude não feita.
Não há reciprocidade, o ciúmes é demais, não são parceiros, não são amigos, brigas e chantagem sem motivos, joguinhos psicológicos. Isso não é amor, isso é um relacionamento sanguessuga. Você vai sair dele sem nada, inclusive sem autoestima e amor-próprio.
Se está vivendo isso, fuja.
Eu te amei muito sim, mas você não deu valor enquanto era tempo agora já é tarde demais. Mesmo assim, com isso, você ganha alguma coisa, o que aconteceu agora é uma lição pra você, pois agora você aprende a dar valor às coisas enquanto você tem, porque depois que perde...
A gente esquece porque é conveniente esquecer. A gente lembra porque foi importante demais pra deixar pra trás. A gente segue porque é impossível voltar no tempo. A gente vive, pra tentar reviver momentos, ou, simplesmente, descobrir motivos futuros de saudades.
Basta dizer que não estou amando. Talvez eu seja ‘indomável’ demais para casos de amor prolongados. O que mais preciso é do mundo. Nunca seria capaz de dizer, nos braços de uma mulher, o mesmo que um herói de Wagner: ‘Deixe-me morrer!’. Quero viver… e ver mais do mundo, & Deus sabe por que, e o amor de uma mulher é um dos muitos amores indomáveis. Uma coisa é certa: a paixão goetheana não é a minha. Há irritação, agitação, ‘loucura’ demais em mim para esse estado de languidez. Preciso correr, sempre. Só dois tipos de mulher servem para mim: uma louca Edie que iguala minha própria impaciência e loucura e horror, até a exaustão de um de nós, ou uma garota simples (parecida com a minha mãe) que absorve e compreende e aceita isso tudo. Ontem mesmo uma mulher em San Francisco sufocou seu bebê até a morte porque ela ‘não queria que qualquer outra pessoa o tocasse’. De fato, sim, ‘deixe-me morrer’ em uma paixão wagneriana… vou acreditar no que Leon Robinson diz em ‘Viagem ao fim da noite’ — ‘estou bastante ocupado tentando me manter vivo’. E junte a isso… ‘e me divertindo loucamente’ com isso. Isso começa a indicar a falta de amor peculiar de minha posição nos últimos 3 anos, talvez nos últimos 26 anos… e nunca gostei tanto de uma ideia sobre mim mesmo, sério, e acho que isso também significa algo: espontaneidade é a palavra que mais me agrada… Por Deus, não é todo dia que se encontra um álibi perfeito para si mesmo, e o mais impressionante é que é tão brutalmente verdadeiro!
A vida passa
às vezes lenta ou depressa demais
o tempo não pára
e quando percebe, ficou para trás
Ficou para trás
o tempo ou você
pergunte pra vida
que ela irá responder
E se acaso a vida não der
a resposta que deseja ouvir
olhe para dentro de você
que a resposta há de vir
A vida é breve
o tempo inesgotável
mas se você o perde
ele não é retornável
Ande ao lado do tempo
não fique pra trás, não o deixe ir
viva cada coisa a seu tempo
não fique a esperar o porvir
Cada coisa a cada tempo
para que assim não perca nada
viver é direcionar cada momento
para não perder o endereço da estrada...
E agora já não sei mais, se te amo ou só te quero demais...
Você me fez sofrer, você me usou
Você me fez de boba, desperdiçou
Jogou fora meu bem-querer
E só o que me fez foi sofrer.
Desisto de amar, quero odiar
Fazer você sofrer, se rebelar
E quando vier implorando por perdão
Direi que agora já não há mais solução.
Na dureza, vi que as coisas às vezes cambaleiam demais, mas a gente tem que manter a segurança, tem que manter a firmeza, os pés no chão. Às vezes as coisas vão seguir outros caminhos, às vezes a coisa vai ficar preta, o tempo vai fechar e a gente não vai ter guarda-chuva, nem capinha e galocha pra se proteger, muito menos calor pra se desfazer do frio quando precisar. Tem que se virar. E na dureza aprendi a me virar.
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