Me Deixa que hoje eu To de Bobeira

Quem muito nos festeja, alguma coisa de nós deseja.

O temor da morte é a sentinela da vida.

Um homem só está seguro daquilo que possui.

É na idade da ambição que se prova a têmpera dos homens.

O corpo é um caminho:
ponte, e neste efêmero abraço
busco transpor o abismo.

Felicidade, árvore frondosa de dourados pomos. Existe, sim, mas nós nunca a encontramos porque ela está sempre apenas onde nós a pomos, e nunca a pomos onde nós estamos.

O vento é o tempo:
sopra varre levanta lambe
desfaz o que foi feito.

Sabei escusar o supérfluo, e não vos faltará o necessário.

É uma infelicidade ser tão breve o intervalo que medeia entre o tempo em que se é jovem demais e o tempo em que se é velho demais.

Deus é o poeta, os homens são apenas os actores.

O homem não é bom nem mau, nasce com instintos e aptidões.

A constância é o fundo da virtude.

O fraco ofendido desabafa maldizendo.

Virtude invejada é duas vezes virtude.

Amai o que jamais se verá duas vezes.

A gula é uma fuga emocional, um sinal de que algo está nos comendo.

Querendo prevenir males de ordinário contingente, o homem prudente vive sempre em tortura, gozando menos do presente do que sofre no futuro.

Pouco saber exalta o nosso amor-próprio, muito saber humilha-o.

A alma dos imperadores e dos sapateiros são tiradas do mesmo molde.

A razão do mais forte é sempre a melhor.