Matei Voce dentro de Mim

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Meu rastro na solidão foi a bússola que te trouxe até mim. Nenhuma sombra, nenhum abismo deteve os passos do teu amor. Tu vieste sem cansaço, somente com propósito.

Teu caminho até mim foi traçado com sangue na terra. Cada pedra feriu Teus pés, não porque eu merecesse, mas porque Tu escolheste me amar.

O melhor de mim não é a soma de minhas glórias, mas sim o resíduo digno que restou após o pior dos naufrágios.

A esperança renasce em mim como uma chama teimosa, mesmo quando o vento da vida sopra para apagá-la, eu a protejo com as mãos feridas e calejadas, porque sei o quanto ela já me salvou, e continuarei acendendo-a até o fim dos meus dias.

Apesar dos meus olhos estarem marejados e o futuro incerto, eu já tinha em mim a certeza da verdade mais poderosa do universo, o fundamento da minha fé: o Cordeiro de Deus, Jesus, morreu por mim um dia para me dar vida e esperança, meditar nesse sacrifício, no quanto sofrimento Ele abraçou, como foi ferido e humilhado em favor de um pecador como eu, me fazia compreender que aquele amor silente e paciente me alcançava em todos os momentos da minha fraqueza.

Perdi versões de mim que eu nunca recuperarei, e agradeço por isso, eram versões fracas, hoje caminho com mais precisão, sei onde piso e por que piso, minha vida finalmente tem direção.

O perdão que me salvo não passa pelo outro, passa por mim. Perdoar não limpa a história do outro, limpa a minha cama. Durmo mais leve e tenho sonhos menos invadidos. E quem perdoa por si mesmo descobre que a liberdade é doméstica. É um hábito que se cultiva, silencioso e cotidiano.

A compaixão por mim começa por aceitar a minha lentidão. Nem tudo que quero se resolve em pressa. Há processos que têm horário próprio, distante do relógio. Deixo-os correr com sua cadência e não os atropelo. A lentidão vira cuidado, e o cuidado vira respeito.

A fé me devolveu a mim mesmo,
quando eu já tinha esquecido quem era, ela me levantou antes mesmo que eu pedisse, e hoje eu sigo firme, porque sei de onde vem minha força.

A fé me salva de mim mesmo, dos meus excessos, dos meus impulsos, das minhas sombras, ela é minha luz interna.

Guardo o segredo do meu amor selado em mim, como um tesouro que só a morte pode libertar.

Há um piano em meus ossos que toca notas quebradas, cada acorde é um pedaço de mim que insiste em existir. Quando a cidade dorme, a música remexe entulhos antigos, e eu me descubro inteiro nas frestas de um acorde menor.

ESPERE POR MIM

Não tenha pressa, espere por mim.
Não tenha pressa, espere por mim.

Marque passos estreitos, que eu estou aqui a te seguir.
Não tenha pressa, espere por mim,
eu estou aqui a te seguir.

Para quando houver buraco, eu te fazer escapar.
Para quando você cair, eu te levantar.

Para quando você tropeçar, contigo andar.
Quando você chorar, te fazer calar.

Para quando alguém te enganar, te fazer esquecer.

Não tenha pressa, espere por mim.
Não tenha pressa, espere por mim.

Quando o amor te enganar, te fazer voltar a amar.
Por isso, não corra.
Ande devagar.

Eu estou aqui a te seguir,
não tenha pressa, espere por mim.

Não quero perder a tua direção,
nem deixar de sentir o bater do teu coração.
Cada passo teu tem que ser um meu.

No meu coração, tem um lugar que é seu.
Os teus problemas têm que ser os meus.

Não tenha pressa, espere por mim.
Não tenha pressa, espere por mim.

Sou teu amor verdadeiro, teu irmão, e sou teu amigo.
Sou namorado, amante, e de você nunca estarei distante.

Por favor, não tenha pressa, espere por mim.
Vai, não tenha pressa, espere por mim.

Marque passos estreitos, que eu estou aqui a te seguir.
Um passo teu tem que ser um meu.

Eu te ajudarei a alcançar o sucesso.

Terei sempre palavra para formular um verso.
Ordenarei a tua vida, quando algo estiver disperso.
Mas não tenha pressa, espere por mim.

Eu serei lenço para enxugar lágrimas.
Eu serei bota para abrir lama.
Eu serei relaxante na falta de calma.
Mas não tenha pressa, espere por mim!

O que sou, se não um espelho de mim mesmo
reflito vida, reflito medo
dualidade o meu tempero
a consciencia, o prato inteiro

⁠⁠O inspirador para mim, é ver pela manhã uma página em branco e o cursor intermitente na minha frente…

A CANÇÃO QUE NÃO É MINHA


Existe uma canção em mim,
Uma canção que não é minha.
Ela vaga imortal no meu inconsciente
E arrasta sensações de tempestade e calmaria.
Nas poucas vezes que estou lúcido,
Sou arrebatado de forma cálida.


Eu, que não sou um entusiasta do meu pessimismo provocado por ela, devo esclarecer: entenda, meu pessimismo é meu bom vivant; não é tristeza, desesperança ou solidão, é apenas solitude.


Entenda: meu pessimismo foi construído com bases fortes na canção entoada na alma.
O pessimismo é meu, e ele se agarra a mim como se eu fosse a última fronteira entre a esperança e o desânimo.


A canção continua tocando, cadenciada e ressoando no caminho da alma, um caminho tortuoso e sem fim!

Os Deuses Riram de Mim: A Ironia do Olimpo


Não foi o Trovão que me atingiu,
nem a seta cega do Destino.
Foi algo mais sutil, mais devastador:
a gargalhada cósmica, fina e alta,
que ecoou no vazio após minha súplica.
Eu havia erguido altares ao Propósito,
pavimentado caminhos com a Fé.
Eu pedi grandeza, ou talvez apenas justiça,
e em troca, recebi a mais cruel das respostas:
o escárnio daquelas forças que me teceram.
Os Deuses não me puniram por maldade,
mas por pura indiferença lúdica.
Riram não do meu fracasso,
mas da minha ilusão de agência.
Riram da minha pequena e ardente vontade,
tentando dobrar a vastidão inerte do Acaso.
Riram do meu plano de cinco anos,
quando a eternidade opera em ciclos de poeira e estrelas.
O riso deles foi a revelação mais nua:
A vida não é uma tragédia com regras morais,
nem uma epopeia onde o mérito vence.
É uma comédia de erros, escrita por um Panteão
que se diverte com a seriedade de nossas crenças.
E a filosofia do riso divino é esta:
Você é livre para tentar, mas jamais para determinar.
No momento em que o som da sua hilaridade cessou,
eu não me senti humilhado, mas subitamente,
e perigosamente, liberto.
Pois se o meu sofrimento é a piada deles,
se a minha queda é o entretenimento celestial,
então a minha dignidade não está no sucesso que busco,
mas na teimosia de continuar jogando o jogo,
mesmo conhecendo o final,
e ignorando a plateia que gargalha.
O riso deles foi o fim da minha inocência,
e o início da minha coragem e da minha indiferença, os guardando num quartinho qualquer do meu universo...

Vejo em mim tanta fragilidade, fraqueza e defeitos que é de fazer dó, Sei que Deus me vê como realmente sou, conhece minha limitação e sabe que não passo de pó. ainda assim, eu Te amo.

Me regue com amor, cuida de mim que eu prometo que enfeitarei o seu jardim.

O que eu critico (ofendo e/ou julgo) nos outros que temo reconhecer em mim?