Matar a Saudade
Existe uma recompensa em ter um propósito, mesmo que pautado em pequenas ações como desejar um bom dia ao vizinho que eu encontro, um “por favor” e “muito obrigada”, um “com licença” aos que me rodeiam. Diante disso, qual tem sido minha conduta no transito enquanto levo meus filhos para a escola? Que posicionamento tenho tido diante dos acontecimentos que temos visto na sociedade? O que afinal, meu filho vê-me fazer se alguém me dá um troco errado no caixa de um lugar qualquer? Como ele me vê tratando um garçom ou um policial na estrada? São estas e outras atitudes que talvez julguemos até mesmo banais e fúteis que constroem neles um caráter íntegro ou deformado. Vidas que vão salvar ou matar. Amigos ou inimigos. Heróis ou Ladrões. Honestos ou corruptos.
A raiva é uma energia que vem de dentro, forte capaz de te derrubar, forte capaz de derrubar o outro, forte capaz de derrubar o mundo, que te consome e te mata!!!
Todas as coisas desta vida matam o homem! E nenhuma o faz viver além do último portal que já lhe foi determinado.
Essa situação não veio para te matar, mais sim para fortalecer as suas estruturas.
Porque estrutura fraca, não suporta coisa grande!
Meu olhos...
Eles não param de chover
Meu coração...
Ele não para de espancar a pele
Falta quanto para ele conseguir rasgar meu peito e sair correndo para fora?
Falta quanto para a água de meu corpo cessar por inteiro ate a minha desidratação e a água ser substituída por sangue?
Falta quanto
Falta quanto
Falta quanto
Falta quanto.....
Para esse sentimento me matar?
Eu te amo, mas eu me pergunto...
Falta quanto?
Não defenda uma lei pela qual você não está disposto a matar. Não defenda a abstenção de matar se você não defende a abstenção da lei.
A morte covarde
Hoje despertei
Com uma enorme vontade
De matar alguém
Porém uma grande dúvida
Ainda me intriga
Devo eu vitimar aquele pobre senhor
Ou tirar de mim mesmo
A vida
Talvez eu apenas deva
Ir embora
E aguardar algum outro alguém
Que esteja com vontade de matar
Tirar-me a vida
Pois assim não me culpo
E não morro entre as horas
De modo em que aquele pobre senhor
Continue vagando pela cidade
Almejando que algum outro alguém
Não como eu
Covarde
O mate
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Pierre D'Morré
De mãos dadas
Tomei-te pela mão e fomos caminho afora
em busca de aventuras, de coisas novas,
e dos sonhos que não vivemos.
Matar a saudade que temos, viver a vida enfim.
Ao meu lado estás, rosto calmo andar compassado,
a mão bem firme segurando a minha.
Noto que comigo, nada falas preocupa-me essa
tua atitude,e tentando te ver comigo conversar,
abraço-te, mas ao mesmo tempo acordo.
Não consigo ouvir a tua voz.
Bom seria, se pudesse ao sonho retornar e com
as duas mãos, as tuas segurar.
Trazer-te mais junto a mim e em tua boca, em vez
da voz, um beijo nela deixar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro U.B.E
