Mas Sinto uma coisa muito Forte por Vc
Uma sirene soa... lá longe seu eco ecoa...
Pra que servem as sirenes?
Sim... elas fazem acelerar o coração, que bombeia mais sangue e as pernas correm...
Nada acontece...
então, cada um volta pra sua casa... sã e salvo ... aplausos.
Algo acontece...
então, aplausos para cirenes... vocês cumpriram com sua função.
Cumpriram?
Bom... O ser humano não está só no planeta... o planeta não é só o ser humano (não desmereço aqui de forma alguma o igual a mim).
Ecossistemas... inteirinhos... valem... valem o quanto vale o ser humano, nem mais, nem menos.
Há vida... vida que clama por vida... há muita vida enquanto ainda se respira...
Terremotos, furacões, tsunamis... o Brasil está bem no meio de uma placa tectônica... mas é como se não estivesse.
O rio é doce...
Hoje...
um rio de lama
Lágrimas... uma voz que clama:
"Quando vão entender que dinheiro não se come?"
Barragem, para barrar...
não espalhar
Não dá pra arrumar outro jeito
... pra se desfazer dos rejeitos?
Dívida eterna...
Minério exportado
vale a dor dos enlutados?
O rio era doce...
O vale amargo.
Madrasta
Madrasta.
A raiva embrutece.
Os sentimentos das gentes entorpece.
É uma febre que pouco a pouco tudo devora.
Monstros aqui dentro... maiores os lá de fora.
Na solidão a ninguém sabe amar...
Quer a todos dilacerar.
Tentáculos a tudo esmagar.
Cobra, mas nada sabe dar.
Meu amor
Ele tem uma voz que me encanta.
Suave, macia a me envolver...
Eu ficaria de lunes a domingo só a sua voz a escutar...
Oh como é bom ouvi-lo falar o quanto ele gosta de me amar.
No início... um amor tímido.
Não se fazia chamar a atenção
Foi num crescendo com o passar do tempo
Conquistou ele todo o meu coração.
Hoje, meu amor...
A vida não pode mais transcorrer
Se do meu lado não estás a viver.
Mutável
Uma brisa suave fecha o dia.
Abro os olhos devagar.
A luz suave do anoitecer me acalma.
São tantos tons... neon policromático.
Abraço-me com doçura.
Penso em mim com carinho.
Espero meu tempo, espero por mim.
Uma incisão na alma...
Agora só uma leve cicatriz... a cicatrizar
Com coragem olho em frente.
Tomo a proa, a embarcação agora comando...
Agora suavemente sou eu que mando.
Ser mutável.
No chão da fria realidade vou voar.
Uma enorme dor
Uma fração de tempo
…apenas.
E tudo se esvai... tudo embora vai.
Não há aviso prévio.
Clica um botão – uma divindade que não se vê... que não se sabe onde está – e para o coração.
Último respiro.
Nada levamos.
Todos os choros e risos a nada reduzidos.
Antigas lembranças... lembrar pra quê?
O exemplo é o que deixamos.
Dor a muitos causamos – não porque queremos.
Um pouquinho de nós em outros se preserva.
E isso, juro, me enerva.
Amores...
Um dia me fizeste uma jua: irias me amar por todo o sempre...
Hoje aqui amargurada fico a pensar neste amor que não deu em nada.
Onde estás recordas-te de mim?
Onde vives, pensas um pouquinho em mim?
Por que não voltas pra mim?
O desejo por ti me tortura...
Torna minha vida tão escura.
Faltam-me teus beijos, teus abraços
Era tão bom deitar-me em teu regaço.
Estou aqui, meu amor...
Se voltares, vais encontrar o mesmo amor de sempre... aquele que jurei amar-te eternamente.
A morte
"A morte encerra uma vida, não um relacionamento."
Esta frase não é minha, por isso as aspas... não sei o autor e o Google não me ajudou...
Muitas coisas o tempo pode curar, muitas pode até apagar. O tempo deixa tudo tão distante... e é tão fácil pra ele.... deixar as coisas pra trás.
O tempo não carrega nada consigo, e leva tudo embora... numa hora, em outra hora e em outra hora... vai levando, nada deixando ficar, tudo transformando, tudo mudando, trocando de lugar.
Ah! o tempo é um ingrato... fica com tudo.
Mas, você, sorria! O tempo não pode levar nada de você, desde que você esteja morto. Você está certo disso?
É, a morte encerra uma vida, não um relacionamento... e disso, você está certo?
A utilidade das coisas inúteis... A inutilidade das coisas úteis.
Qual a utilidade de uma pedra? Sim, de uma pedrinha na imensidão de pedras em uma enorme pedreira?
Qual a utilidade de uma estrela na imensidão do Universo, no meio de uma infinidade de estrelas irmãs?
Qual a utilidade de uma folha no meio de tantas folhas nas cerradas florestas por este mundo afora?
Qual a utilidade de uma gota de água do imenso oceano? Nos rios, nos lagos e lagoas... córregos e riachinhos pequenininhos?
Qual a utilidade de um pequenino peixinho em um cardume de milhares de milhares?
Qual a utilidade de um grão de areia... de uma abelha... de um pássaro... de uma formiguinha... de um grãozinho de pólen...
Qual a utilidade do milésimo de segundo que está passando agora enquanto você lê esta palavra?
Qual a utilidade de uma vida inteira que acaba invariavelmente em morte?
Seria menos uma... você pode me dizer. Sim e daí? Utilis inutilis.... mas isso são apenas divagações inúteis...
Ignore o que escrevi. É tudo inútil.
Tudo é inútil. Inútil até é eu mandar você ignorar.
Desequilíbrio
Palavra de ordem: individualidade.
Eu e eu. Isso é o mais importante de tudo. Uma relação comigo mesma completamente sólida, um eterno monólogo - graças a Deus (os outros não têm nada a dizer - nada realmente importante, nada que faça diferença).
Ah! mas me mantenho conectada - internet, graças a Deus. O mundo virtual... tão (ir)real... tão ao alcance de minhas mãos.
Valores? Sólidos ou líquidos? Líquidos, né? Afinal tudo é descartável.
Vítima? Não, claro que não. Produto da evolução. E como sou líquida, conformo-me às situações, adapto-me às circunstâncias.
Novo cenário. Ultrapassada eu? Jamais!!
Claro, nada de generalizações, já que não sou burra.... há exceções, sempre as há.... nem todos são assim, nem sempre eu sou assim... ou assado... entendeu?
E você? Opta pela individualidade ou ainda encontra dentro de si resquícios de solidariedade? Há equilíbrio no seu desequilíbrio?
Uma tristeza tão grande
Fecho lentamente meus olhos.
Trago pra bem perto as lembranças...
Saudades daquele tempo
Em que viver era tão leve... era como ser eterna criança.
O aroma do perfume.
Nos lábios do mel o sabor.
Emoções à flor da pele...
Tão lindo esse meu primeiro amor.
Hoje uma vontade imensa de para trás ir...
Pra dentro de um forte abraço
Meu primeiro amor trazer...
Olhar em seus olhos... sorrir um eterno sorrir.
Fecho os olhos.
Não quero ver ao que ao meu redor agora está.
É uma tristeza tão grande...
Pouco a pouco se diverte ela em me matar.
Medo do fim
Um caminho.
Um caminhante.
Uma via reta.
Uma estrada deserta.
Um começo... um meio... um fim.
O que tem a vida reservado pra mim?
Nascer e morrer... um ponto.
No meio... milhões de encontros.
Curvas sinuosas... labirínticas... tortuosas...
Precipícios sem fim...
Um medo que se aloja em mim.
A vida é uma só
Um começo.
Recomeço... de voltar quando é preciso nunca me esqueço.
Um ponto de partida... depois... tudo é vida... até chegar ao fim.
Caminhada sem volta.
A vida dá suas próprias voltas...
Percurso sinuoso... ondulante...
Não tem jeito...
Tem de seguir sempre adiante.
Paradas obrigatórias.
Momentos de glória.
Estende bem alto a bandeira da vitória.
Segue o dia a noite...
O vento... um açoite.
Há vezes que tudo embola...
A vida enrola...
Cada nó que dá dó...
E a vida é uma só.
Por que veio?
Lamentos lacônicos.
Momentos nada icônicos.
Passionalmente traída.
Uma vida desistida.
Estrada destruída.
Sempre em frente! Que coisa mais sem sentido.
Nunca queria ter sido.
Mas foi... é.
Não há como voltar atrás...
Ao mundo veio...
Sem fazer ideia nenhuma de a que veio... nem por que veio.
Como uma nota musical
Um olhar de menos de um segundo
e mudou minha percepção do mundo.
Uma nota musical
e nunca mais nada ficou igual.
Uma batida do coração
e a emoção se rendeu à razão.
Muito...muito mais de um bilhão de seres no planeta
e um... só um... um só encontrou morada no meu coração...
Talvez você só precise disto:
Não é uma prática colocar dois-pontos em título... mas, vamos lá... de vez em quando fazer algo diferente do que prega a gramática tradicional não vai fazer mal nenhum... não é?
a) Respire profundamente... deixe o ar penetrar e massagear suas entranhas... e deixe-o sair e, com ele, levar tudo o que não faz bem.
b) Olhe para as suas mãos... pode ser para os seus pés... ou para qualquer outra parte de você... mas olhe com toda a atenção do mundo... esteja inteiro olhando para você (você pode olhar para você inteiro... ou só para um pedacinho seu... talvez você opte para o pedacinho machucado, dolorido, inflamado... doído... sofrido...
Olhou?
c) Pense: o que posso fazer por mim... agora?
d) E faça... faça algo por você... pode ser aquele chocolate – eu iria querer da Lindt..., com certeza – ou pode ser um enorme hambúrguer com fritas... ou aquela taça com aquele vinho...
... se faça um carinho, my friend.
Aproveite a noite... você não vai levá-la com você... aproveite o fim de semana...
... não preciso repetir mais nada aqui, né?
Você é esperto... já entendeu... porque talvez você só precisasse disso.
"Aproveite a tarde... você não vai levá-la com você." (Annie Dillard)
Comunicar - ação de tornar comum.
Eu sei algo e quero que você saiba,
mando uma mensagem... tornei comum o que eu sabia - houve comunicação.
Engraçado, mas nos últimos dias minha caixa de e-mail está vazia... nenhuma mensagem.
E eu, eu entendo a mensagem, ou melhor, a falta de mensagem.
Sou esperta... vou mandar uma mensagem pra você perguntando se ao enviar um e-mail você está digitando o endereço certo...
Vou, decerto que vou, certo?
Entendeu e mensagem?
Levante-se e ande pelo jardim.
O colorido das flores,
o perfume no ar,
as asas de uma borboleta... tão leve a voar.
Os raios do Sol,
a maciez da relva,
o frescor da brisa...
e você aí a pensar:
diante de tudo isso,
é impossível a Deus negar.
Vai negar?
Decidi...desisiti...
Quero uma vida vazia...
Ao menos por um dia
experimentar...
fazer nada... pensar em nada,
sentir nada... andar no meio do nada.
Quero o vazio!
Como se fosse o imortal de Simone de Bouvoir
estático ficar... ou só jogar flores no rio...
ou na praça sentar.... e só milho aos pombos jogar,
ou simplesmente na praia andar
beira-mar...zéfiro
... um passo dar, entrar no mar...
até à plataforma continental chegar
e, num declive suave, suavemente descer.
Talude: fechar os olhos... montanha russa,
turbidez, turvação...
bem devagarinho, docemente, vou perdendo a noção.
Abissal - o mais profundo, o fim do mundo...
onde jamais chega a luz do Sol.
Ah! se eu pudesse... pelo menos por um dia...
essa decisão certamente eu tomaria...
Ah! se eu fosse imortal!
Eu queria uma vida simples
um pedacinho de terra
um pouquinho de mar
um barquinho a navegar
areia branquinha
no azul do céu
o Sol a brilhar...
à beira mar.... amar, amar e amar.
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