Mas Sinto uma coisa muito Forte por Vc
Se decidires ser lume, esteja pronto para enfrentar a escuridão.
Ser 'lume' é ser tipo uma luz, que dá esperança, conhecimento ou inspiração, sabe? A 'escuridão' é mais como o desconhecido, o medo ou a dúvida.
Quando nossos olhares se cruzam, é como se minha alma reconhecesse nela a fonte de uma alegria ancestral, como se o universo sorrisse para mim.
O ego é uma estrutura construída em vidas passadas a partir de tendências, hábitos e experiências num padrão específico. Mas no fim, tudo isso não passa de um pensamento, ainda que um pensamento forte e contínuo.
Chega uma hora em que o homem velho tem que virar as costas ao passado, pois ele está-se tornando um estranho e um novo homem está nascendo. Memórias obstruiriam esse processo.
Uma vida a dois, é mais alegre, mais
produtiva... Para que está união se
concretize, é preciso que ambos
cedam em prol do relacionamento que se deseja vivenciar..
"Quem dobrou o seu paraquedas hoje?"
É uma pergunta que serve para refletir sobre as pessoas que ajudam no dia a dia, mas que muitas vezes não recebem o reconhecimento que merecem.
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Que a poesia e a beleza sejam para nós,
Uma fonte sem reserva.
E torne-se em nossa rotina.
Pontos de encontro.
MÉTODO POÉTICO
.
.
Meu método?
O mesmo das Estrelas.
Primeiro, surge uma ideia –
vaga, ou mesmo fantasmagórica.
Ou então uma combinação inesperada
de palavras, por vezes embaraçosa...
Talvez – quem sabe – uma imagem
cujas estranhezas e travessuras
afrontem todos os cânones.
Uma eloquente frase
que cale ao peito
solitária:
sincera
lágrima.
.
Em uma palavra: Poeira
– nuvens de poeira desgarradas
vindas dos confins da mente
e das bordas do acaso.
.
Mas então, depois de muito vagar pelos meus arquivos,
ou de pairar errantemente sobre os meus sonhos,
algumas delas começam a se combinar
– como se, irmãs, viessem
de famílias distintas –
E eis que surge,
alegre,
a Gravidade,
pronta a juntar em um só giro
o que se queria disperso e sem mais rumos:
Ansiosa para, com violenta ternura,
moldar a forma.
.
Por fim, emerge,
do caos girante, uma estrela
– supremo milagre no delirante acaso
de um universo improvável
em sintonia fina.
.
Faz-se o Poema
– estranho acontecimento
cuja tenra fornalha interna
queima a pretensão
de alimentar
as almas...
.
A ti parece, este, um método por demais aleatório?
É porque não sabes de toda a paciência que foi necessária
para não limpar intempestivamente a poeira errante
que por tanto tempo pairava nos escuros céus
dos meus arquivos, sonhos, lembranças.
Quantas vezes fui tentado a deletar
um quase-embrião de verso,
ou quis me desfazer
da tal metáfora
tão desajeitada!
Mas ouvi a voz:
Guarda este pó
que de ti vieste.
.
Sem esta paciência,
não seria possível a criança:
ver, do poema, a forma brotar esperança
como flor que redefine as suas próprias pétalas
e decide, magnífica e hesitante,
se pétalas terá...
.
Ver, da alma poética,
redesenhar-se certo corpo
quando é corpo o que se quer...
E, quando não é isto o que se almeja,
aceitar-se como alma pura-chama,
ou reconhecer-se, mesmo,
tão somente como pó.
a dignidade do pó:
despretensioso,
periférico,
errante.
.
Este é o método:
render-se ao que se tornou possível
no oceano do improvável
com a bem ajustada
sintonia fina.
Respirar
a poesia
como destino
que se fez do acaso...
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Revista Sede de Ler, 2024]
Saudade é uma magrela
Com uma fome sem limite.
Sedenta, com apetite
Fita quem serve a ela.
No centro da mesa dela,
Vê-se a bandeja vazia:
Sequer escapou a vela.
Como nada mais servia,
O garçom, em agonia,
Foi devorado por ela.
Olhei pra cima
e lá estava uma
ave de rapina
por certo,
se aninharia
por perto
ou iria
para alguma ilha
isolada,
esquecida
deserta
assim
eu nunca
mais a veria
e a despedida
é sempre
uma agonia.
PREMONIÇÃO
.
.
Em um dia de meio dia,
meus olhos, somente os olhos,
tiveram uma visão.
.
Lembro-me que a luz me doía
como uma ponta de sabre
no corpo do coração.
.
Lembro-me, sem muito assombro,
que tudo quedava incompleto,
como se as luzes buscassem em vão
o preenchimento das coisas.
.
Na sintonia das imagens
dissecavam-se as paisagens
sem mistificação:
.
Não obstante o colorido,
ficavam os homens repartidos
como se feitos de pão.
A uns: o ouro e a prata;
a outros: a fome e a crença;
a esses: a esperança;
para aqueles: quitutes em lata.
.
Tanto sol doía
nos ombros da nação
(talvez não houvesse justiça
em sua distribuição).
.
E talvez por ser evidente,
ficavam doídas e claras
as sombras dos coqueiros.
Ali, onde outrora era verde
espreitam crianças no desamparo.
.
Desamparadas, porém livres,
querem construir a nação
– mas faltam-lhe os instrumentos:
os braços, e as mãos...
.
.
Igualmente iluminados,
os andarilhos nas estradas:
pés descalços, chapéus de palha,
– ou capacetes e mãos de graxa –.
Todos, embora cansados,
querendo correr o chão.
.
Mas falta-lhes segmento:
as pernas da multidão.
.
Arre!
Tanto sol
arde como uma tarde
de Verão...
.
.
BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Insurgências, 2024]
Mais uma vez o dia começa. Mais uma vez vivemos. Amando, sorrindo, sonhando. Ensinando aprendendo, compartilhando. O convite é feito a cada manhã. Podemos agradecer vivendo feliz e de bem com a vida.
Por trás de um Autista que está progredindo, existe uma família que não desistiu e que incansavelmente não mede esforços para ver a evolução do seu Filho(a). Cada conquista é fruto de amor, paciência e dedicação. É uma jornada de desafios e superações, onde o esforço conjunto transforma cada passo em uma vitória que merece ser celebrada com o coração cheio de orgulho!
Em nossa breve passagem pela vida, cada ato em prol da humanidade é como uma semente lançada ao vento. Na segurança pública, protegemos vidas, mantemos a ordem e zelamos pelo bem-estar da sociedade. Na administração, organizamos recursos, lideramos pessoas e criamos estruturas que sustentam o progresso. No direito, defendemos a justiça, asseguramos a dignidade e equilibramos os pesos da balança social. Na medicina, aliviamos dores, prolongamos vidas e restauramos a esperança. Na docência, transmitimos conhecimento, formamos mentes e inspiramos futuros. Na pesquisa, desvendamos mistérios, impulsionamos o conhecimento e pavimentamos o caminho para inovações que transformam vidas. Nas artes, expressamos a essência humana, damos forma aos sentimentos e preservamos o que é eterno no efêmero. Tenho feito a minha parte em cada uma dessas áreas, deixando marcas no mundo e contribuindo para que ele seja um lugar melhor. Tudo o que fazemos para melhorar o mundo é um eco de nossa própria busca por sentido, uma prova de que estivemos aqui e que nossas mãos tocaram o coração da vida.
Faça isso, agoooora!... Já...
Aproveite cada segundinho
Com quem nos toca
E faz uma bela harmonia,
Com a melodia,
Que vibra em nós...
Cada segundo perdido
São eternidades
De saudades
Que jamais teremos:
Desperdiçamos
Por falta de atenção
De um olhar nos olhos
Daqueles que sempre estarão
Em nossas lembranças...
Então, levante agora
Largue o seu celular
E dê aquele abraço
Gostoso
Naqueles que convivem contigo
E moram em vossos corações.
Felicidades
Muita paz no teu ser
NO CÔNCAVO DA MÃO MORTA
.
.
No côncavo da mão morta
havia uma chave...
não sei para que castelos.
.
Para qual porta, oh Deus Entranhas,
tal chave – tão triste chave –
em certo dia foi forjada?
.
Havia aquela chave
não como uma pedra
no meio do bom caminho,
mas no côncavo da mão morta.
.
E essa mão,
tão inerte e já bem morta,
cujo corpo era seu mero apêndice,
ao mesmo tempo oferecia
e segurava a chave.
.
O gesto, embora pálido,
tinha a cor dos desesperos!
Parecia dizer, nos entrededos:
.
Pega esta chave,
se tu és digno dela,
e cuida do seu metal
como se fosse cristal
precioso, de tão frágil.
.
Antes de tudo o mais,
colhe-a como uma fruta
já por mais do que madura.
A ela recebe – tão suculenta –
entre teus próprios cinco dedos.
.
A chave, no côncavo da mão morta,
parecia a mim implorar-assim:
“Leva-me... a meu destino,
que para isso nasci”.
.
E a mão côncava
acrescentava:
“Leva-a, que somente por isso
insisto em me entreabrir”
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Ipotesi, 2021]
A Jornada de Olivia
Olivia sempre foi uma garota diferente. Desde pequena, ela se sentia mais confortável em seu próprio mundo, cercada por coleções de pedras e suas guitarras. Enquanto outras crianças corriam e brincavam no parque, ela se perdia em seus pensamentos, observando os detalhes de cada pedra que encontrava, admirando suas texturas e cores.
Por muito tempo, seus pais não entenderam por que Olivia era tão introspectiva. No início, pensaram que era apenas uma fase. No entanto, à medida que Olivia crescia, ficou claro que ela tinha um jeito único de ver o mundo. Na escola, seus professores a descreviam como “inteligente, mas distraída”, e seus colegas a viam como a "mascote" do grupo — uma garota peculiar que tinha um carinho especial por borboletas e por sua coleção de pedras.
Foi em uma dessas consultas médicas, após meses de observações e dúvidas, que seus pais finalmente receberam o diagnóstico: autismo. O médico explicou que Olivia tinha um grau leve, o que significava que ela poderia enfrentar algumas dificuldades em interações sociais, mas também que tinha habilidades únicas e uma maneira especial de entender o mundo.
Olivia, ao ouvir a palavra “autismo”, não entendeu completamente o que isso significava. Para ela, nada mudava; ainda amava tocar guitarra e colecionar pedras. Mas seus pais reagiram de maneiras diferentes. Enquanto sua mãe parecia se preocupar e começou a pesquisar sobre o assunto, seu pai estava mais presente, tentando entender melhor as necessidades da filha.
Com o tempo, as diferenças entre seus pais começaram a se tornar mais evidentes. A pressão e a preocupação com Olivia pesavam sobre o relacionamento deles. A mãe de Olivia se dedicou a entender melhor as necessidades da filha, enquanto o pai buscava maneiras de apoiá-la e incentivar suas paixões.
No entanto, a tensão foi crescendo. A mãe de Olivia, sentindo-se sobrecarregada, decidiu que era melhor para ela sair de casa e seguir seu próprio caminho. Olivia ficou devastada ao perceber que sua mãe iria embora, mas seu pai prometeu que ficaria ao lado dela, cuidando e apoiando-a em tudo o que precisasse.
Após a partida da mãe, Olivia se sentiu perdida. A casa que antes era um lar agora parecia vazia. Seu pai, embora tentasse ser forte, também lutava com a ausência da esposa. Mas juntos, eles começaram a reconstruir suas vidas. Olivia se refugiava em sua música e em suas coleções, enquanto seu pai fazia o possível para proporcionar um ambiente acolhedor e seguro.
A música se tornou uma ponte entre eles. Cada acorde tocado por Olivia era uma forma de expressar suas emoções e suas dores. Seu pai, percebendo o talento da filha, encorajou-a a tocar e a se apresentar em pequenos eventos locais, onde ela encontrou uma comunidade que a acolheu.
Com o tempo, Olivia começou a encontrar sua voz. Mesmo que os laços familiares não fossem mais os mesmos, ela aprendeu a navegar sua nova realidade com a ajuda de seu pai. Juntos, eles enfrentaram os desafios do dia a dia, criando novas memórias e celebrando cada pequena conquista.
E assim, a jornada de Olivia começou. Uma história de autodescoberta e resiliência em meio a mudanças, mostrando que, mesmo em tempos difíceis, é possível encontrar beleza e propósito na vida. A relação que se formou entre pai e filha se tornou uma fonte de força, mostrando que o amor e o apoio podem superar as dificuldades.
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