Martha Medeiros Homem e que nem Biscoito

Nada é menos digno de honra do que um homem idoso que não tenha outra evidência de ter vivido muito exceto a sua idade.

Aquilo que o homem uniu a natureza não consegue separar.

Há dois momentos na vida de um homem em que não se deve especular: quando não tem os meios e quando os tem.

As mulheres não podem amar um homem em quem os olhares da mais afectuosa simpatia não insinuam calor ao coração.

Quando se ouve um homem falar de seu amor por seu país, podem saber que ele espera ser pago por isto.

As piores dificuldades de um homem começam quando ele é capaz de fazer o que quer.

Todos os homens têm o seu instinto; e o instinto do homem, fortalecido pela razão, leva-o à sociedade, como à comida e à bebida.

Um homem competente é um homem que se engana segundo as regras.

Sem o amor o homem é apenas um cadáver em férias.

A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem.

A liberdade absoluta conquista-se pelo amor: só o amor liberta o homem da sua natureza e expulsa o animal e o demônio.

O maior pensar da criatura humana é comer; desde que o homem nasce até que morre anda a procurar o pão para a boca.

Nenhum homem viveu que tivesse suficiente / Gratidão de crianças e amor de mulher.

A lei é feita para o homem e não o homem para a lei.

Nem mesmo o homem mais bondoso consegue ficar em paz, se isso não agrada ao seu vizinho mau.

O homem em tempo de guerra chama-se herói. Pode não ser mais corajoso e fugir a toda pressa. Mas, ao menos, é um herói que bate em retirada.

Homem que pretende praticar uma boa ação, mas é impedido de a fazer, deve ser considerado como se a tivesse feito.

Eu não existo sem você

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

Soneto a quatro mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

Tristeza não tem fim. Felicidade sim.