Mares
"Por mais rígida e resistente que uma rocha seja, o mar em meio as tempestades e marés, acaba interferindo em sua forma, como se em meio a uma tela em branco, o mar fosse pincelando, esculpindo, dando forma, determinando aquele ente intramundado em cada encontro com suas ondas. Nós entes privilegiados, somos determinados desde o nosso lançamento ao mundo, contudo, em meio as experiências do vivido, temos a possibilidade de escolher, se iremos continuar sendo esculpidos ou seremos autores de nossa própria história".
"AMOR DE VERDADE"
Cruzarei os mais temíveis obstáculos como os mares, montanhas e de lá gritarei bem alto o quanto te amo.
Não importa as prufundezas dos mares e nem as alturas das montanhas, nada será suficiente para impedir meu amor por você.
Os índios foram corteses
Não sabiam ler cartazes,
Gigantes vindos dos mares
Trazendo novidades:
Cabral que veio cobrar-lhes,
Tacar-lhes fogo nos lares,
Taxar-lhes como vulgares.
No mar o barco vai, vai e vai. Suas velas são ajustadas para os melhores ventos.
As marés parecem estarem contra, mas o barqueiro não esmorece, fica firme e segui.
Seu destino talvez seja incerto, talvez demore chegar. Mas ele sabe que do outro lado o que o espera é bom.
Veleja com vontade, veleja com fé que algo bom vai te receber.
"Homem inracional"
Num bosque emboscada
criatura casada
nos mares nas ilhas planicies matilhas
corre mata e come lei natural
ora homem mau abandona a caça
não come mais mata
Não odeio o mar
porque uma onda me arrastou
para longe de mim.
Nas marés que vêm e vão,
aprendi a nadar.
Devolvo-te o apelido de pássaro,
mas não fecho o céu.
Há asas que ainda merecem
o desenho do vento,
e o nome que era nosso
não mancha o silêncio.
No fim, resta a calma,
um suspiro que se faz espaço.
O que ficou não pesa,
é só memória,
sem dor.
A luz que sobra
é o que preciso agora.
luta de gigantes.
*
Espero, e que os mares se antecipem na resposta, então, tragam da maresia uma paixão, sim. O sapato está furado de tanto dar seus passos, e, agora me atraso, no além há alguém que me espera. Saí da encruzilhada, saíram os passarinhos do ninho, choram e cantam por calmaria. Riem e deitam o pranto, "com as lágrimas que não cabia.".
*
Ricardo Vitti
Cadeira
A voz que acalmou os mares
me convida pra sonhar
Te convida pra sorrir
não quer mais lhe vê chorar
Moça pague essa cadeira
e leve tudo que me deu,
quero nada, tudo é seu,
quem perdeu você, foi eu
E o astro rei
quando o dia amanhe
e com seu brilho
fauna e flora aquece
Emergindo sobre o céu
um foxe de luz
que em vida traduz
tudo que na terra se faz procriar.
Todo o verde a luz
No balé da esperança
e ao luar se encantar.
Do mar e do amar
as marés, os amores, vêm e vão...
umas se enchem de lua,
outros inundam o coração.
Pronta para tentar de novo
Vou navegar o mundo todo
Buscarei o amor em todos os oceanos e mares
Eu vou preencher todo o vazio do meu ser
Com um amor libertador
Que quebre todas as barreiras construída nessa vida.... desconstruída
Terá que ser simples, singelo e contínuo
Como o nascer do sol e o anoitecer
Que tenha inteperes, mas que seja contínuo
Utopia..... pode ser......
Mas vou tentar
Estou pronta!!!!????? Tenho que tentar.
Mandei-te um bilhete, um aviso, pelos mares e pelos ares.
Nele está escrito: Te amo... além do mar, além do ar que você respira.
Você!
Você, das flores, a mais bela,
Das estrelas, a que mais brilha,
Dos mares, o mais profundo.
Dos ventos, o mais livre
Você, do mel, o mais doce,
Das matas, a mais virgem,
Das flores, a minha rosa,
Dos verões, o mais quente.
Você, das canções, a mais lírica,
Do ar, o que eu respiro,
Dos sonhos, o que não quero acordar,
Da paixão, a que me entrego,
Do amor, o que sou amante,
Você, Você,Você.....
Chego a esquecer de mim.
José Henrique 🌹
1986
Naveguei demais...
Sei de uma pessoa
E essa pessoa sou eu,
Que em mares de lágrimas, vezes demais se perdeu.
Foram demais os desembarcadouros e cais
Onde pouco me dei e amei
E nos quais
Morri vezes demais!
E antes que morra de vez
A matar a sede em água salgada,
Queria um mar de rosas, não de estupidez!
Eu sou o mar, marujo de vocação e sem medos tais,
Que embarquei em começos e finais
Demais...
Cheirei maresias, mágoas e horas incertas,
Estive sempre aos meios-dias em praias opostas e múltiplas costas,
Sempre vazias...
Vacilei demais, remei demais, subtraí-me.
Fui, da minha conta, de menos e demais.
Naveguei muito além dela...
Perdoei tempestades e temporais,
Ignorei faróis, piratas, intuições e punhais,
Sempre demais...
Naveguei mares, rios, riachos e até lagunas.
Algumas foram lições, outras alunas
Demais...
Porque o mar não têm terra, só imensidão e gaivotas no ar,
Porque o rio lá vai como a lua, devagar
E o mar...
O mar é revolto, tem um cabo bojador e frio
E margens do rio
São fáceis de ancorar...
Acreditei
Que não havia peso no verbo acreditar
E que podia haver terra no mar!
Deve ser esta a minha sina,
Carregar coisas pesadas e lamber águas salgadas...
Tantas gotas no oceano e nenhuma é doce!
Ó mar salgado, porque não vieste adoçado?
Só que água doce
Não é o mar que a traz...
Em que luares voam passarinhos?
Em que rios estão ninhos a crescer?
Em qual das luas acreditar?
Na do céu ou na do mar?
Por isso te peço amor:
Não me vás além mar, equivocada, tentar encontrar!
E se mesmo assim, teimosa, me achares,
Devolve-me...
Porque me havia de calhar
Tão grande mar pra navegar?
E salgado ainda por cima...
A imensidão do céu e dos mares, a lua e as estrelas, o sol, a chuva, os campos, montanhas e as àrvores. Os animais e toda a criação não são Deus, mas revelam a sua grandeza.