Mais Leve que o Ar Tao Doce de Olhar

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A glória é o sol dos mortos.

Não ser amada é uma desventura; mas deixar de sê-lo é uma afronta.

A autoridade de poucos é e será sempre a razão e argumento de muitos.

Não é dado ao saber humano conhecer toda a extensão da sua ignorância.

A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.

Os que têm tentado reformar os costumes do mundo, no meu tempo, com opiniões novas, reformam os vícios da aparência; quanto aos da essência, deixam-nos intactos, quando não os aumentam.

Os preguiçosos têm sempre vontade de fazer alguma coisa.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

Há males na vida humana que são preservados de outros maiores, e muitas vezes ocasionam bens incalculáveis.

Num Estado, isto é, numa sociedade onde há leis, a liberdade só pode consistir em poder fazer-se o que se deve querer e em não estar obrigado a fazer o que não se deve querer.

Desejamos fazer toda a felicidade, ou, não sendo isso possível, toda a infelicidade daqueles a quem amamos.

O homem sem paciência é como uma lamparina sem óleo.

A diligência é a mãe da boa sorte.

Embora possamos ser sábios do saber alheio, sensatos só poderíamos sê-lo graças à nossa própria sensatez.

Neblina? ou vidraça
que o quente alento da gente,
que olha a rua, embaça?

Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

Os homens têm grandes pretensões e projectos pequenos.

A fé é a consolação dos miseráveis e o terror dos felizes.

O que ganhamos em autoridade, perdemos em liberdade.