Lutarei Ate o Ultimo Minuto
O lavrador, o caçador, o soldado, o jornalista e até o filósofo podem ficar desencorajados; mas nada detém um poeta, pois ele é movido por puro amor.
Mas com você foi diferente, foi de primeira. Quando te vi, até me faltou ar. As oportunidades nessa vida me fazem crer que quando estamos frente á frente, só eu e você, o tempo passa. Tudo é mais fácil. Difícil é esquecer o que eu faço quando você se vai. Eu fico aqui bolando planos mirabolantes, fico inconstante. Pareço iniciante. Eu vou fazer de tudo pra trazer você pra perto de mim... pode acreditar que sim.
Deus,só te peço proteção e paz no coração
para aqueles que me amam
e até por aqueles que não sentem nada por mim.
Sei que a vida não é fácil,
tudo bem, aceito meus caminhos.
Mas se eu olhar pro céu
deixe que passe por suas asas um avião,
que me mostre que está longe do fim.
Não precisa me dá eternidade,
perfeição,riqueza e nem pretensão.
Volto a dizer meu tão bondoso Deus,
só te peço proteção e paz no coração."
Até hoje, vou te contar, eu penso na mensagem que você nunca mandou, nas coisas que você nunca me disse. Ainda espero, em silêncio e relutante. Lembro da gente nas músicas que você nunca me dedicou. Sinto saudade de você, que nunca foi meu. Do nós, que sempre foi eu. Saudade da coisa mais linda que já me aconteceu, mas que na verdade, nem chegou a existir. A loucura mais sensata da minha vida, ou a sensatez mais louca, quem sabe? Amei muito e de verdade, não nego. Ele ou uma idealização, não posso distinguir ao certo, mas era amor e isso não é contestável. E hoje eu me pergunto, com a minha vida seguindo tão bem e a ausência despercebida num canto, se ainda amo. Nada mudou, além de mim, e tudo parece tão diferente, tão distante, tão fora de mim e dessa vez, acredite quem quiser, por repulsa minha. Mas creio que seja um quase ou pós amor, muito carinho, alguma coisa menor e bonita assim. Porque, seja lá o que ainda resta, é quieto e não grita mais nos meus silêncios, nos meus ouvidos. Não me tira o sono, não me tira o juízo, a paz. Não é espaçoso, muito pelo contrário, compacto. Dizem que o amor é assim, calmo, sereno, brisa. Mas eu não acredito nesse amor que não invade, não vira do avesso, não desarruma. Não consigo imaginar o amor batendo na porta, comportado no sofá. Esperando você oferecer um copo d’água, café, bolo. Com licença, por favor, muito obrigada. Não o meu amor, não comigo. Meu amor pula a janela, põe os pés no sofá e pede mais uma almofada. Reclama que tá com fome e abre a geladeira pra ver o que tem de bom. Rouba o controle, muda o canal, faz bagunça. Meu amor é tempestade, terremoto, erupção. Brisa, comigo, só o fim, só sem mim. Sereno, deixo claro, só meu adeus.
Me enchi de uma coragem que até então eu desconhecia, a suportei, não tremi, não gelei, nada, absolutamente nada, nem minha voz, nem ela que é tão delicada e doce como se ainda fosse uma criança, desafinou ou tropeçou:
- Amor, tu me ama?
Ele demorou, talvez mais do que eu pudesse ter suportado, era tempo de eu ter vivido e renascido centenas de vezes. Então por um momento, algo gelou, algo deu de voar para longe, e esse algo era uma espécie de esperança e medo, ainda não respondidos:
- Te amo, mas enfim que já é tão tarde...
Depois eu fui desmoronando, até entender que o amor era algo diferente de mim. Que o amor não tem a mesma urgência, a mesma crença e gana que eu tenho de me sentir viva, ou de apenas sentir.
O amor eh mais frio que o fogo e mais quente que o gelo. Por isso que ninguem até hoje não aprendeu a manipula-lo!
Dormir até mais tarde, de preferência com a pessoa que a gente ama, sem se preocupar com o horário.
Tomar aquele banana split enorme, com direito a três bolas de sorvete: morango, creme e chocolate.
Tirar aquela soneca depois do almoço.
Chegar em casa no fim do dia e tomar aquele banho demorado, de preferência numa banheira.
Será que depois de ler essas frases alguém terá coragem de dizer que elas não lembram coisas boas da vida? Coisas que nem sabemos por que deixamos de fazer. De pequenos pecados que nos dão ânimo para enfrentar o dia-a-dia difícil que inegavelmente temos. De gestos que podem dar todo o significado a uma vida. Não desperdice uma oportunidade de ser feliz.
Por favor, dê um jeito de ser feliz.
A partir de agora você tem um único compromisso: olhar as coisas boas da vida.
Se você cuidar bem de você, será muito mais fácil batalhar pelos seus sonhos.
Seja feliz e curta o presente da sua vida!
(Trecho do livro As coisas boas da vida)
As paixões são tipo música. Você as ouve e não se cansa, até que apareça uma nova capaz de ocupar o seu lugar.
CUBO DE GELO
Dia após dia, durante anos, aquela foi minha rotina. E até hoje me pergunto: como é possível?
Levantar ir ao trabalho. Bem, eu acordo cedo, eu gosto. Seis em ponto estou pronto. Café tomado, estômago vazio. De fato prefiro mesmo tomar café no trabalho, mas pela manhã, em casa, vai bem. Pois bem, dia após dia os ônibus cheios, pessoas, carros, espelhos. Tudo tão calmo e ao mesmo tempo é desespero. Movimento com o passar dos postes diante do meu pensar distante e desinteressante, observado de canto a canto, de sereno a delirante. Uma senhora que olha e disfarça. Olho para o relógio, perto de chegar, mais um sinaleiro. Olho para trás, procuro me posicionar, posição de saída. As portas se abrem, desço. Saio por primeiro. Passo após passo pela calçada em preto e branco, os prédios, as praças, os pombos. Ah, um dia frio faz mesmo observar. Os passos parecem desacelerar, enquanto o relógio derrete o tempo. Ora, só preciso chegar! Pois tenho tempo! Estou a voltar, novamente vejo as cenas, o ônibus, os postes, a senhora que me olha com desejo, quero dizer: disfarça! Eu vejo. Como é possível? Novamente paro, penso! As pessoas em câmera lenta, e eu: desespero? Ah, esse eu neste cubo de gelo, que segredo deste olhar a delirar... Só um olhar a delirar. Será mesmo? Passam-me uma a uma – as pessoas, sim, as pessoas – e eu a perguntar: e o meu tempo? Devagar! Devo chegar, distancio-me. Dias frios fazem mesmo observar. Rio, porque em vez de ir adiante, estou indo para trás. Como é possível? Novamente, tenso, penso: dia frio faz mesmo observar. Suores na testa e como suo neste cubo de gelo. Ah, que segredo, apenas meu olhar a delirar. Nem pergunto. Mas será mesmo? Os ternos, as saias, o vento. Estala os dedos a velha senhora naquele bar. Como eu posso escutar? A brasa a queimar no cigarro do mendigo. As luvas sujas, os trajes, um pão mordido, pego sobre luvas sem dedos, e no braço uma coberta a arrastar. Novamente lembro! Preciso chegar! Eu tenho tempo, devo me lembrar! O sono vem me incomodar. Minha inquietude posta em cheque, posição: sentido! Resolvo parar! Como é possível? Sigo o caminho e isso pode ser muito... Ah, deixa pra lá. Observo idéias em linha reticente, tudo devagar de dentro de um cubo de gelo. Meu tempo! É mesmo, um dia frio faz mesmo observar.
No mundo da poesia tudo é possível; o amor é encantado; as fantasias são realizadas, até as tristezas são traduzidas em belas palavras.
Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, aborrecereis o conhecimento?
Se sentir minha falta, ou até mesmo saudade, lembre-se de que sempre estive aí, mas aquele dia eu nem apareci. Pra quê?
Minha presença já não fazia diferença ali.
Oh! não poder eu voar até você, meu bom amigo, e exprimir-lhe, com a minha emoção e torrentes de lágrimas, os sentimentos que agitam o meu coração! Sinto-me ofegante e procuro me acalmar.
"Perceba cada detalhe, desde a unha pintada de azul até o cabelo cacheado dela. Ela não é qual quer menina, disso tenho certeza e ela luta para ser quem ele é de verdade sem precisar importar-se com a opinião dos outros. Ela é livre e moderna, e alguns estranha. Mas eu não, pois eu sei amar o castanho dos teus olhos, a delicadeza das tuas mãos e a pureza da tua alma..."
ESSÊNCIA SÓCRATES
Eu não era eu,
até saber quem eu sou.
Eu não tinha vida,
até saber que a sabedoria é imortal.
Eu não era nada,
até saber que sou aprendiz da vida.
Eu não sabia nada,
até saber da minha ignorância.
Minha falta de saber,
apreciou meu único conhecer.
A enigmática existência,
enricou a alegria de meu aprender.
Não saberei, sabendo de tudo;
não conhecerei se não refletir;
não sei, contudo quero pensar
E pensando eu aprendo que não sei.
Sendo apenas abundante do universo;
sendo apenas resto de ideias;
sendo apenas eu, na ignorância do mundo todo.
Até que tenho alguns bons amigos humanos! Embora eles não saibam latir! Nem miar, nem rugir, nem coaxar, nem relinchar, nem mugir...
Depois de um longo caminho percorrido devemos sempre parar e agradecer até onde conseguimos chegar, enquanto reunimos forças pra continuar lutando.
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