Luis Fernando Verissimo Sonhos

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a gente sempre acha que é
Fernando Pessoa

O Teatro Mágico - Cuida De Mim
Fernando Anitelli
Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer às vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
"Tanto faz" não satisfaz o que preciso
Além do mais quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou
Você pra mim mostrou
Que eu não sou sozinha nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria
ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo... Enquanto fujo...

Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atrás se voltar atrás assim como eu.

Busquei quem sou
Você pra mim mostrou
Que eu não estou sozinha nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria
ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo... Enquanto fujo...

Caio Fernando Abreu nos diria: 'Desapegue. Pessoas gostam do que não tem!'.
Em outras palavras: Se você estiver sempre disponível, ele não vai te querer. É isso.

O Teatro Mágico Entrada Para Raros
Fernando Anitelli
Composição: Fernando Anitelli

No inicio era o verbo... e o verbo era deus...
E o verbo estava com deus,
E já não eram sós , ambos conjugavam-se entre si,
Discutiam quem seria a primeira e a segunda pessoa,
Quem era verbo... quem era deus,
A ação e a interpretação... quem era a parte e quem era o todo.
Deus (o pai, o filho e o espírito santo),
Era também o verbo (regular e irregular)
E todos questionavam-se sobre quem seria o sujeito
E quem seria o predicado,
Quem se conjugaria no pretérito e quem renunciaria
A forma "mais que perfeita"!

Deus era o verbo e o verbo era deus,
Conjugavam-se de maneira irregular... explicitando suas diferenças,
Reconhecendo os fragmentos e os complementos
Buscavam a medida certa
E assim... reconheceram-se uno...
Eu deus, tu deus, ele deus, nós deus, vós deus... eles deus
Somos dotados deste curioso poder,
Mudamos nosso significado, nosso signo,
Nosso comportamento e nossos conceitos
(que por sua vez chegam ate nós depois de se modificarem
Muitas e outras vezes!)
Temos uma ferramenta e tanto nas mãos, e nos pés...
Temos acorrentados nossos motivos de sobra pra relaxarmos
E acomodarmos com a vida que levamos agora...

O teatro mágico é o teatro do nosso interior...
A história que contamos todos os dias
E ainda não nos demos conta...
As escolhas que fazemos em busca dos melhores atos,
Dos melhores sabores,
Das melhores melodias e dos melhores personagens
Que nos compõem,
As peças que encenamos e aquelas que nos encerram...
... nosso roteiro imaginário é a maneira improvisada
De viver a vida...
De sobreviver o dia, de ressaltar os tombos e relançar as idéias,
O teatro nosso de cada dia...

Um mês que mais parece um ano, um mês cheio de briguinhas idiotas e de declarações, um mês cheio de “tô com saudades” e “eu te amo”, quer saber de uma coisa? Eu te amo, amo seu jeito, seu cabelo, seu sorriso, sua voz, amo você por inteiro, e eu amo amar você, cada dia que passa eu fico mais louca por você, a cada dia que passa eu desejo mais e mais estar com você pro resto da minha vida. Não interessa se vamos estar nós beijando, nos abraçando, trocando olhares, rindo, brigando ou chorando, eu só quero estar com você, porque é isso o que eu mais gosto de fazer, e é isso o que eu quero fazer pro resto da minha vida. Eu trocaria sem pensar qualquer coisa pra ter você pra sempre ao meu lado me amando, me cuidando, me mimando. Em tão pouco tempo você já virou o amor da minha vida, isso não é pra qualquer um não, meu chato, meu lindão, minha vida, meu amor. Porque é isso que você é, e é isso o que eu quero que você seja, eu te amo muito, eu quero você pra sempre ao meu lado, sempre! Meu amor, eu me lembro como se fosse agora como a gente se conheceu, a sensação que eu tive quando eu te vi, quando eu peguei na sua mão, quando eu te olhei, quando eu deitei no seu colo, quando eu estava morrendo de sono, mas a minha vontade de estar ali te olhando e te tocando era maior do que qualquer outra coisa! Eu mal conseguia me expressar naquele momento perfeito, eu lembro quando eu apertava sua mão forte quando se aproximava, aquele medo eu sentia… Medo de que, se rolasse, acabaria o encanto, ou até mesmo se eu não conseguisse responder suas expectativas, de fato eu sei o quando eu tremia, o quanto eu queria que tudo desse certo, o juramento que fiz pra mim mesma (Se eu namorasse você eu mudaria muita coisa pra te ver feliz)... Medo de querer ficar comigo e nunca mais olhar pra mim… Mas não foi bem assim… aquela vontade de beijar você era muito maior, a vontade de querer algo sério com você também era grande… Como eu fui tola de ficar falando ou desabafando de um garoto que eu apenas curtia com você, mal sabia, mal esperava que naquele dia eu iria me sentir feliz, completa, realizada, renovada e feliz. Meu amor, eu te adoro muito! Eu amo estar com você… Me perdoa pelas brigas desnecessárias, ou comentários chatos que às vezes eu falo! Você é bom demais pra ser verdade, é meu príncipe, meu gatinho, minha vidinha (também), meu amor da minha vida e que não me vejo ao lado de mais ninguém a não ser você mesmo!

Se andarmos pelos caminhos que outros já percorreram, chegaremos no máximo aos lugares que eles já atingiram.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Não se alcança o coração de alguém com pressa.

No Brasil, como se sabe, o verdadeiro dia primeiro de janeiro é a quarta-feira de cinzas - à tarde.

QUEM SABE?

O corpo e a mente
têm biografias separadas,
cada um sua memória própria,
seu próprio jogo de charadas,
Meu corpo tem lembranças
- cheiros, tiques, andanças -
que a mente não registrou
e o corpo não tem as marcas
de metade do que a mente passou

Lerdeza


A frase que o Everton mais ouvia da mãe era "levanta e vai buscar", geralmente seguida de um epíteto, como "seu preguiçoso" ou, pior, "lerdeza". Porque o que o Everton mais fazia, atirado no sofá na frente da TV na sua posição de costume (que a mãe chamava de "estrapaxado"), era pedir para lhe trazerem coisas. Uma Coca. Uns salgadinhos...

- Levanta e vai buscar!

- Pô, mãe.

- Lerdeza!

O Everton já estava com quinze anos e era uma luta convencê-lo a sair do sofá e ir fazer o que os garotos de quinze anos fazem. Correr. Jogar bola. Namorar. Ou pelo menos ir buscar sua própria Coca.

- Esse menino um dia ainda vai se fundir com o sofá...

Everton não queria outra coisa. Ser um homem-sofá. Um estofado humano, alimentado sem precisar sair do lugar. E sem tirar os olhos da TV. E como era filho único, e insistente, sempre conseguia que lhe trouxessem o que pedia. Quando não era a mãe, sob protestos ("Toma, lerdeza, mas é a última vez") era Marineide, a empregada de vinte e poucos anos cujo decote era a única coisa que fazia o Everton desviar os olhos da TV, e assim mesmo por poucos segundos.


***

Um dia, estrapaxado no sofá, o Everton se deu conta de que estava sozinho em casa. A mãe tinha saído, o pai estava no trabalho, a Marineide de folga, e ele sem ninguém para lhe trazer uma Coca, uns chips de batata e uns Bis. Levantar-se e ir buscar estava fora de questão.

Fechou os olhos e concentrou-se. Concentrou-se com força. Depois de alguns minutos, ouviu ruídos vindo da cozinha. A geladeira abrindo e fechando. Uma porta de armário abrindo e fechando. Depois silêncio. Quando abriu os olhos, a Coca, os chips e os Bis pairavam no ar, à sua frente. Ele só precisou estender a mão.
No dia seguinte, Everton testou seu poder recém-descoberto na Marineide, que até hoje não sabe como a sua blusa desabotoou sozinha e seu soutien simplesmente voou longe daquele jeito, e logo na frente do menino. Everton também acendeu a TV e mudou de canais sem precisar usar o controle remoto, e fez um vaso voar pela sala só com a força do seu pensamento. Apagou a TV e ficou, atirado no sofá, refletindo sobre o que significava aquilo. Ele era um fenômeno. Tinha um poder único - fazia as coisas acontecerem apenas pela sua vontade. Contaria aos pais, claro. Eles poderiam ganhar dinheiro com seu poder. O pai saberia como. Ele se transformaria numa celebridade. Cientistas do mundo inteiro o procurariam, sua capacidade extraordinária seria usada em benefício da humanidade. No combate ao crime, por exemplo. Nas comunicações. Na medicina a distância.

***

E se aquilo fosse, de alguma forma, um poder religioso? Até onde a revelação do seu dom milagroso seria um sinal de que ele tinha uma missão a cumprir na Terra? Até onde aquilo o levaria? Fosse o que fosse, uma coisa era certa. Ele teria que sair do sofá.

***

- Mãe.

- Ahn?

- Eu quero daquelas coisinhas de queijo. E uma Coca.

- Levanta e vai buscar.

- Pô, mãe.

- Tá bem. Mas esta é a última vez.

E já a caminho da cozinha:

- Lerdeza!

Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.

“Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar…é nossa razão de existir.”

O homem gosta do que vê e a mulher gosta do que ouve.

Você sabe o que um homem pensa de uma mulher pelo modo como fala nela de longe.

“O que não nos escandaliza também nos define.”

O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo.

Luis Fernando Verissimo
Novas comédias da vida privada

Nota: Trecho da crônica "Inimigos"

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Mulher nem sempre te dá mole por que está a fim de você, na maioria das vezes é para ter opção.

Você só sabe até onde pode ir quando já foi.

O futuro é uma folha pautada esperando a primeira anotação do ano.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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