Loucura
Procuro seu amor possível,
Onde o único momento que me perco minha paz,
E no desespero de encontrar sua boca.
O único momento que perco meu juízo,
É nas palavras que te digo, procurando te provocar,
para que me pegue, me segure forte,
E mostre que pertenço a ti...
Sim, te desafio.
Preciso de você assim !!!
Preciso me doar a este amor possível.
Faltou a Nietzsche ter lido Dostoievski; se o tivesse feito, não teria falado em ubermensch, pois compreenderia o misticismo que há entre o homem e seu remorso. Destrinchem Dostoievski e percebam a Verdade: Não há amoralidade. A moral humana não é um contrato social. Está aí e esta aqui, cá dentro. É impossível ignorá-la sem que se definhe como um louco, tal como o autor de O Anticristo.
Sou teus versos imperfeitos
Sem rimas, sem prosas...
Sou veneno na tua boca
Louca
Faltam poesias
Sou abraços de quem não ama
Brincadeira sem graça
Riso sem tom
Sem paixão
Música não tocada
Beijos sem batom !
Sou mentira nas tuas verdades...
Louca, perdida...
Sou teu mar sem ondas, sem rios...
Tua flor sem cheiro
Pétalas amassadas
Águas derramadas
Sou o que não quer
Não tem...
Sou tua loucura curada
marcas cicatrizadas
Fera domada
Não amada
Sou tua...
Lembrança esquecida
Saudade não doída
Passada...passei !
Preciso de alguém que quebre-me aos pedaços
Eu já sou um vidro rachado
Esquecido no centro da loucura
Perplexo Começo
Abandonai tudo.
Abandonai a morte.
Abandonai a vida.
E seguir em frente...
Com um sorriso
pálido, com um
semblante gélido.
Perplexo com o
começo.
Rumo ao nada.
completamente nu.
Deixado por esse mundo
de desgraças e pesadelos.
A insegurança me domina
A ideia de perder-te, me abomina.
Seu sorriso, me fascina.
Seu cheiro, predomina.
Seu jeito, contamina.
A abstinência do seu corpo, tortura.
Vejo-me a beira da loucura.
Sua ausência, só seu ser cura.
Minha mente, a sua voz procura.
Sem ti a vida se mantem obscura.
Pensar palavras para descrever o que se desconhece é o mesmo que pensar no que não existe, sempre descrevemos com o que conhecemos.
Eu te beijaria vinte quatro horas por dia
Se dividisse todo tempo do mundo ao seu lado
Faria ao seu lado as maiores loucuras
Cego pelo desejo que é essa magia
Essa sedução que é te amar
Com esse olhar perdido
por toda parte tem um pouco de você.
Por todo lugar que olho vejo alguém que me faz lembrar você.
Logo o coração corre,
Logo esqueço como andar
E o pior logo vejo que não é você.
Minha Razão de Vida
Você é e será pra sempre a minha princesinha
Você é o meu segredo preferido
O meu orgulho escondido
Minha jóia estimada
Minha primeira e minha última palavra
Você me inspira
Me delira, me enlouquece e mesmo longe me aquece
Não importa onde eu esteja ou onde você se esconda, minha alma vai sempre procurar tua sombra
E descansar em paz ou sem paz
Meu coração te deseja, mesmo sendo pra mim uma grande peleja estarmos assim
Longe um do outro
Minha menina mais linda do sorriso mais brilhante
Não tem um só dia que meu coração não te traga de tão distante
Para que seja plena em minha vida e dar luz à minha lida
Minha lua cheia, meu céu estrelado tudo o que queria agora era estar ao seu lado
E te dar um afago, um beijo e um abraço apertado.
Eu amo, o teu jeito de sorrir, amo o teu desarrumado, teu jeito bagunçado. Amo mais quando a tua bagunça combina com a minha. Amo a tua paixão por animais, tua paixão por comidas exóticas, porque essa tua loucura combina também com a minha. Amo quando você dorme, fico te olhando, te faço carinho e espero você acordar para contemplar os teus lindos olhos se abrirem e te dar o primeiro beijo do dia. Amo as tuas palavras, a tua voz, o teu jeito manhoso de ser. Amo o teu silêncio, é neste momento que vejo o quanto amo os teus gestos. Eu amo amar você assim, do jeitinho que você é, teu jeito de ser, esse jeitinho jeitoso, sem tirar nem colocar, do jeito que Deus fez. Com amor e carinho. Com sorrisos e um coração cheio de amor pra dar e pra receber o meu. Se existe alguém que ame você, sou eu, e amo tudo.
Não penso em ti dessa forma. Já és o quinto nesta última semana. Estou interessada noutra pessoa, como deves saber.
Estas são as duas frases que viraram a minha vida de pernas para o ar, mesmo que proferidas da forma mais gentil possível. Graças a elas, aprendi os maus hábitos de não confiar em ninguém, incluindo em mim mesmo, e de me distanciar de tudo e todos para não ter de as ouvir novamente. Entre isto e o facto de a expressão ‘de pernas para o ar’ ser considerada um erro pelo word por se tratar de linguagem informal, e a próprio palavra ‘word’ ser considerada erro porque o ‘w’ não se encontra na sua majestosa forma maiúscula, não sei o que me irrita mais.
Não há dia em que não me recorde da chuva que caía naquele momento mas parecia pairar no ar nos infinitamente grandes segundos entre a minha exposição e a resposta dela, que nos seus olhos brilhava bem antes de ser posta em palavras mas, como bem sabem, cegos não conseguem ver os olhos dos outros. Nem os seus.
Eramos amigos fazia três anos. Ambos músicos desde jovens, devoradores insaciáveis de livros, forasteiros, INFPs, não era de admirar sermos os dois cegos. Só que éramos cegos dessintonizados, que vieram provar que por mais que duas pessoas tenham em comum, isso não fará delas um par.
Peço desculpa por este ridículo desabafo que provavelmente ninguém lerá. Foram só os devaneios de mais um louco entre outros tantos que se cruzam convosco, ou coincidem convosco, e tem de ficar calado numa tentativa de que os outros não conheçam a sua loucura, conseguindo apenas ficar mais loucos. Por um ano, tentei seguir em frente e distanciar-me de tudo isto, juro que sim, mas para onde quer que me vire vejo os mesmos olhos que desviam o olhar à minha loucura revelada. E assim se aprende a usar máscaras, a mentir, a não manifestar a própria opinião, aconteça o que acontecer e digam o que disserem, até se atingir o ponto de rutura.
Falando em pontos de rutura, quanto mais cedo surgirem, menor a pressão acumulada e o abalo sentido no epicentro sísmico. Como já vou um pouco tarde, tive de escrever esta obra de pura lírica existencial negra como o campo de visão de um cego daqueles que não vê tudo branco, mas tudo preto. Espero ter entretido.
Uma vez desfeita a vida, todos os barcos dos sonhos se chocam nas rochas ásperas da realidade; mas, nas encatadoras e fantásticas ilhas da loucura, todas as suas galeras correm para o porto, velas enfunadas e o vento assobiando em torno dos mastros.
Arranca de mim esse vicio
Joga fora
Manda embora essa doideira
Louca, doente...
Esconde no poço
Porão,
Qualquer lugar
Canto
Mas arranca de mim essa maluquez
Maluca,
Tira de mim essa loucura
Me cura
De te querer...
Querer teus olhos
Querer tuas mãos !
20/01/2018
Pode ser um devaneio, e certamente é, minha opinião a respeito de um tema tão complexo e vasto, sobre o qual não possuo conhecimento algum, mas creio que esses seres, definidos como alienados, dementes, loucos, estão à cata de suas razões para existir. Gostaria de saber o que pensam, o que sentem, que cores veem, quais são suas crenças, em que mundo habitam. Quando os observo em estado que aparentam total desligamento me pergunto se não escolheram pegar um atalho da mente e passar para um universo paralelo por insuficiência emocional de viver no mundo dito como normal e feito para todos ou por não quererem estar em um lugar que não lhes oferece nada que os agrade ou por alguma dor insuportável de ser sentida no plano efetivo. Enfim são vários meus questionamentos, mas todos, embora nenhum me aponte uma resposta concreta, me levam a acreditar, independente da enfermidade que essas pessoas possam ter, que existe sim uma realidade alternativa que oferece a essas mentes o abrigo e conforto que a sociedade palpável não é capaz. Por isso entram em seus “buracos de minhoca” a procura de um espaço que coexiste com o mundo real, porém em separado e desconhecido dos “normais” e lá permanecem com o desejo de encontrar a paz necessária para viver, ou viajam através do tempo estacionando no momento de suas vidas em que eram realmente felizes e por lá ficam existindo como “loucos” sem revelar seu segredo a ninguém o que impede de serem resgatados e trazidos de volta a vida de “verdade”.
Quando eu digo que vou fazer algo e a pessoas não me chamam de louco, eu paro e repenso o que eu iria fazer.
