Liberdade pra Mim e pouco
RISO DA MANHÃ
Se começo a rir, logo pela manhã...
Algo, em mim, toca a rebate,
Ou rameira de vinho verde,
Mesmo sem sede,
Ou então, vai ser mosca que mate...
Desde aí, é que eu desatino,
Sem decoro,
Sem remição até em choro,
Como sentença punitiva
Mas nunca assertiva
Que me seduz em pensar,
A meditar,
Por que jeito e destino,
Quando se começa a rir pela manhã,
Ao toque de um sino,
Chorar-se-á,
Quase sempre pela noite,
Com açoite,
Como se eu fosse sempre menino.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 25-07-2023)
EM MIM
Cai tanto nevoeiro em mim...
Enregela,
Amortiça,
Sem justiça,
Os pobres ossos.
Até os pardais se riem de mim...
Dos destroços
Que o nevoeiro
Traiçoeiro,
Deixa nos meus ossos.
Não é nevoeiro do ar
Aquele que me atormenta,
É mais aquele pesar
Pelo que me fazem passar
E mata de forma lenta.
Em mim, há fonte sedenta
De amor, paz e alegria,
Quer de noite quer de dia,
Verdade que não se inventa.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-10-2023)
NATAL DA REVOLUÇÃO
Natal. Que revolução
Vai dentro de mim, agora:
Porque não veio o nevão
Da neve cinzenta de outrora?
Falo pelo país de mim,
Gente pobre e tão feliz,
De ser pobre e mesmo assim,
Numa esperança sem raiz.
Mesmo sem o tal nevão,
Do frio da nostalgia,
Eu prefiro ser chorão,
Que profeta da idolatria.
Haverá Natal de conceito
Sem aquela representação
Dum presépio tosco e feito,
Pela minha própria mão?
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 09-12-2023)
TALVEZ UM POEMA MEU DOS MAIS CURTOS
Para mim, não há ano novo
Civil, religioso ou profano,
Quando a fome ataca o povo
No pântano em que me movo,
Neste mundo demais insano.
Quem elaborou o plano
Das horas e do calendário
Que rege o mundo, afinal?
Dizem que foi um mortal
Quiçá um gregoriano,
Papa, de certeza com papa
Garantida todo o ano.
Vieram os contadores dos tempos
Em épocas bem mais remotas,
Babilónias, Egípcias e Chinesas
E para maiores certezas
Perguntem lá ao Hiparco,
O grego que não Aristarco,
Nas matemáticas catedrático,
Se há justiça no relógio
Que marca sem sortilégio
Eu ter de me levantar,
Às três e meia da matina
Há trinta anos volvidos,
Matadores dos meus sentidos
Feita já minha doutrina.
Pobre o povo que continua
Sem ver o sol nem a lua,
Em dias e noites sem nevoeiro.
Não há cesto sem cesteiro,
Um dia, irá ser o primeiro
Da revolta
Presa ou solta,
Do teu ano, por inteiro.
Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 30-12-2023)
EQUÍVOCOS
Ao terráqueo mundo vim
Como tu vieste,
Antes ou depois de mim.
Vim, numa lufada de neve
Numa noite agreste
Ali pelo luar de Janeiro,
Partido em inteiro
Sem princípio nem fim,
Mas sei quem me teve.
Foi minha mãe dolorosa
Que da vida cedo fugiu
E levou com ela o útero
Como se fosse uma rosa
Murcha que ao secar floriu.
E na corrente do nascimento
Que me traz ao pensamento
A noite que me expulsou
Do ventre de minha mãe,
Não fico aquém nem além
De saber então quem sou.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 13-03-2024)
Cada um tem a sua verdade, o seu ideal, crenças e ideologias, o que é certo para mim, talvez para você seja errado, nos não somos inimigos por pensarmos diferentes um do outro e ninguém tem o direito de te fazer mudar de ideia, a menos que você queira. Pensamentos diferentes sim, mas inimigos nunca!
Mesmo em mim, oque sobrou são tentativas sonata, quando quero amo e quando não quero também amo, porque A paixão não tem correção certa.
My Honey - Reinaldo Aparecido de melo
Você está desaparecendo em mim por suas ilusões de um ideal de perfeição inatingívelí. Mesmo que a realidade vivida não seja tão bela e nem emocionante ao tanto que sonha, é necessário observar o quanto é possível e passível de moldar e adequa-lá ao desejado.
Quando se busca a capacidade de ser feliz em outrem é estar fadado ao fracasso e frustações. É primordial saber que a felicidade deve iniciar no eu interior, pois de outras formas sempre será podada ao prazer de outro.
Pelo tanto que o tenho em mim, em admiração e estima,
não posso deixá-lo à deriva à tolher algo que
é muito bom entre nós!
Fibromialgia que habita em mim.
Hoje é mais um daqueles dias que toda boa ou ruim palavras ou comidas ou gestos ou olhar não me diz nada nem faz a diferença, a dor é grande, a culpa é grande, a luz não brilha e o escuro não afugenta, é o barulho do silencio, o silencio do barulho. As lágrimas caem, caem. 8.9.14.
"Se alguém não gosta de mim então não existe motivo para eu gostar de mim também. Se alguém não gosta de mim então eu não sou digno de ser amado por ninguém. Se alguém não gosta de mim eu sou ruim". São tantas camadas entre essas afirmações. É fato que dentro da busca por auto conhecimento sempre temos que procurar rever conceitos e melhorar. Mas condicionar E REDUZIR nosso valor e amor próprio ao olhar LIMITADO que o outro tem sobre nós é um absurdo. Cada um enxerga o próximo pela ótica de si mesmo.
Amor de peito
Porque me faz bem te fazer bem.
E saber que de mim provém,
É gratuito, não custa nada a ninguém...
Um amor que vai além,
E mesmo na dor, o sorriso se mantém...
Sentimento de gratidão ao meu Deus,
Que em sua perfeita criação,
Faz brotar do seio de uma mãe a fonte de vida...
E por te amar demais sou até capaz, de negar a mim
E servir a ti o que tenho de tão precioso...
Leite materno
Eu amamento
Ato de amor
Fonte de vida
Para mim, antes de você enxergar com os olhos do corpo, te enxerguei com os olhos da alma.
Deve ser por isso que seja difícil aceitar, pois sua alma se entendeu com a minha e elas tiveram intimidade as quais desconhecemos. São uma espécie de antídoto para as feridas causadas por outros que nos viram com os olhos do corpo enquanto as almas não se consideraram.
Por que em mim reside um rio turbulento de emoções intensas, imagens vivenciadas e sentidas, enquanto simultaneamente se desdobra um abismo profundo com curvaturas, cuja contradição evoca a semelhança de um labirinto existencial.
Enterrei-te vivo, nas profundezas do meu ser,
Amordacei-te dentro de mim, amarrado sem direito a fuga,
Mas posso ouvir o barulho devastador do desespero,
Se contorcendo e revirando tudo na busca de escapar e renascer.
Teu lar em mim é na câmara fria do meu coração,
Na escuridão da minha alma, onde encontras morada,
Meu silêncio em relação a ti é absoluto,
Talvez, um dia, possas emergir, mas será apenas um oi até nunca mais.
Pois o que um dia foi amor, hoje é uma sombra silenciosa,
Um eco distante do que fomos um dia,
Uma presença que se desvaneceu no tempo,
E agora paira como uma memória vazia e melancólica.
Você é a contradição em mim,
Esse contraste que me arrepia a alma e me deixa molhada,
Que me arruma e me bagunça,
Uma dança entre amar e odiar.
Quero tudo e quero nada,
É o desejo de me entregar,
Viver essa paixão que me alucina,
Que me ilumina e me arranca do chão.
Ao seu lado, não importa a hora,
Se é dia ou noite, a qualquer momento.
Quero parar o tempo, como uma fotografia,
Te quero hoje, amanhã e para sempre.
Não sei se é pra viver pra sempre,
Ou se são só lindos momentos,
Mas eu só sei que te quero,
Gravados em nossas memórias.
O amor começa em mim e irradia para o mundo!!!
Amar não e suplício.
Algumas pessoas possuem limitações exacerbada para amar, oferecem apenas um óbolo.
O amor começa em mim e irradia para o mundo,
É uma fonte inesgotável de bondade e compaixão.
Amar não é um suplício, mas sim uma escolha,
Uma oportunidade de crescimento e evolução.
Algumas pessoas possuem limitações exacerbadas para amar,
Oferecem apenas um óbolo, uma parcela diminuta.
Mas o verdadeiro amor não conhece restrições,
Ele é generoso, abundante e pleno de ternura.
Então, que eu possa amar sem medidas,
Sem medo de me entregar por completo.
Que eu possa oferecer amor de forma ampla,
Enriquecendo a vida daqueles ao meu redor.
Que o amor seja a minha essência,
Uma força que transforma e ilumina.
E que eu possa inspirar outros a amarem também,
Criando um mundo repleto de amor e harmonia.
