Justiça
O humilde que é acusado de ser injusto, e que tem a ingenuidade como melhor amiga, torna a justiça sua guardiã e a sabedoria moeda valiosa perante os incautos
Justiça não é chamada justiça só porque atende aos pequeninos, é aquela que mesmo com o rugir do leão ou com o miar de um gato pode servir aos dois
O acerto de contas entre o divino e o humano se chama justiça;
O acerto de contas entre dois humanos se chama vingança
Quando a massa vira justiça, isso se chama linchamento. E vimos um montão depois das eleições, e eram muitos: todos se dizem pessoas do bem, com a bandeira do Brasil nas costas. Em um caso, um grupo bolsonarista empurrava um carro pequeno para bate na árvore, usando um carro maior. Depois jogaram pedras, depois tentaram arrancar a porta do carro. Sempre com a bandeira do brasil nas costas. Esses casos incluíram crianças, e muitos estudantes.
A verdadeira justiça é o reflexo de uma vida moldada por Cristo, demonstrada em cada atitude e escolha. Em Filipenses 1:11, Paulo ensina que os cristãos devem estar repletos desse fruto, que só pode ser gerado através de Jesus. Isso nos mostra que ser justo não é apenas agir corretamente, mas viver de acordo com uma transformação interior que se expressa em nosso comportamento.
Pregam um Deus de justiça,
Mas esquecem Sua compaixão.
Criam muros dentro do templo,
E chamam isso de unção.
Naquele dia de justiça santa,
Diante do trono e do Rei fiel,
Quem não estiver no livro escrito
Não verá o Reino, nem o céu.
Mas há esperança para o arrependido,
Graça para quem deseja voltar.
O sangue do Cordeiro ainda clama,
E chama quem quiser se entregar.
Vem, ó Cordeiro, Rei da justiça,
Tua Noiva Te espera em pureza submissa.
Com azeite aceso e alma rendida,
ela clama por Ti — fonte da vida.
Eis o Reino que nunca passará,
fundado na justiça e na verdade que há.
Nem Roma, nem Babel, nem qualquer poder,
resistirá ao que Deus vai estabelecer.
Coroa dos Vencedores, vida para o que persevera,
é justiça para quem espera.
É glória que nunca murcha ou se apaga,
é honra no Céu que ninguém mais tira ou traga.
A Balança Quebrada da Justiça
A justiça, idealmente, deveria ser uma balança imaculada, cega às distinções sociais e pesando unicamente os factos. Contudo, para uma parcela significativa da população, a realidade manifesta-se sob um véu opaco, onde a clareza dos princípios é obscurecida pela disparidade de recursos e pelo aparente descaso. Observa-se, com frequência alarmante, que a robustez de um sistema judicial se dissolve quando confrontado com a vulnerabilidade económica do cidadão.
O acesso pleno e eficaz à justiça, consagrado em textos fundamentais, parece, na prática, submeter-se a uma interpretação elástica que favorece quem detém o poder aquisitivo. A complexidade intrínseca dos procedimentos legais, aliada à percepção de uma indiferença por parte de alguns profissionais do direito, transforma a defesa de um direito numa odisseia solitária e, por vezes, inglória. O aconselhamento apressado, a falta de comunicação ou a recusa em explorar vias de recurso legítimas, sob a justificação de valores ou prazos que, na verdade, não são absolutos, geram um sentimento de abandono e profunda injustiça.
A crença na imparcialidade do julgamento é corroída quando se testemunham sentenças que parecem ignorar evidências claras ou dar peso desproporcional a certas narrativas, em detrimento de outras. A ideia de que erros graves, ou até mesmo intencionais, possam persistir sem contestação eficaz, especialmente em esferas onde a "última palavra" deveria ser a verdade, é um golpe devastador na confiança institucional. O cidadão comum, ao confrontar-se com tal realidade, sente que a sua voz se perde num labirinto burocrático e que a "corda" inevitavelmente arrebenta para o lado mais fraco, deixando-o num estado de desamparo e desilusão profunda.
Este cenário levanta questões severas sobre a verdadeira equidade de um sistema que, apesar de seus ideais nobres, parece, na prática, privilegiar o poder sobre a razão e o recurso sobre o direito. A percepção de que a verdade material é sacrificada em prol da celeridade ou da conveniência de um lado, enquanto o outro suporta o fardo de uma condenação injusta, mina a própria fundação da justiça.
Rodrigo Gael
Português é complicado
Deu um tapa na cara de um cara que na nossa cara Justiça custou-lhe os olhos da cara.
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