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Agressão

Um sofrimento
Que surge nos olhos
E não quer sumir,
Tantas opressões,
E em cada opressão
Uma morte na alma,
Um mundo em gelo.

A caneta não tinha tinta
Foram muitas as palavras
Que necessitavam serem cortadas.

Quebrei tudo que é regra
Para mostrar o meu amor num verso
E escrevi poesia livre.

Haikai em você num tropeço
Olhei nos seus olhos meio sem jeito
Foi amor a primeira escrita.

Amar é saber que tem de quebrar barreiras, sem plantar o ódio.

O homem vem modificando tanto a natureza, que hoje em dia mal conseguimos saber em qual estação do ano estamos...

Vivem na rua
Tendo consigo
Os céus e as estrelas,
Diante ao desprezo
E abandono
Da sua própria espécie.

É dizer: "- não tenho nada contra o candomblé, mas..."

Sempre existe o "mas", para mostrar que a pessoa tem algo contra!

Distante a mirar!

Águia que olha distante,
Já sofreu tanto
Quanto sofri?
Um olhar distante
É o que me resta!
Será que somos
Dois diamantes sem brilho,
Ou esquecidos, ignorados,
Menosprezados, não
Lapidados, desvalorizados o que há?
Só fico aqui sentado pensado
Distante a mirar!

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Jovem

Luz tênue sobre as ramagens
Do luar, um beijo
Delicado, hálito divino…
São dois seres em despedida
A contemplar o luar,
Em um escombro
Isolado…

Nostalgia

Uma escrita em rastros
De lágrimas…
Um bilhão de despedida
Em cem encontros,
E um sofrer em distância.
Somos acostumados
A viver, e a sofrer
Em distância,
E no fundo nem sempre
Há solução.

Suspiro

Tu!
De onde vens?
Dessa forma
De onda…
Me deixas mágoas
Ficas!
Não vás…
Estou cansado
Das tuas indecisões
Nós!
Suplicamos amor eterno…
Somos cachoeiras,
Se quebrando
Nos rochedos
Lá estamos
Eu e tu,
Nas cortinas
Ilusórias
Do céu!

Quem é indiferente não merece café quente.

O povo não merece viver
Como refugiados da sua
Própria nação.
Paz, paz entre as famílias,
Entre os irmãos, entre os amigos,
Entre a comunidade,
Paz para o mundo, paz, tudo
Pede paz.

No assassinato do SUS, quem é enterrado é o pobre!

O melhor dispositivo de segurança é um trabalhador cuidadoso

Azul e vermelho

Não sei se escrevo céus;
Não sei se escrevo fogos;
Não sei se sinto mares;
Não sei se escuto chamas!
Tudo é um azul e vermelho
Que no fim
Será difícil distinguir.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Pensamento: Refletindo!

O sofrimento gritou, e não necessitou tiro de fuzil e muito menos de metralhadora para calar, a incompreensão e o trauma calou. Dizem que a vida não é justo para todos, não, nunca foi, e assim na convicção de muitos sempre será.

Encontro

Meu corpo em teu corpo.
Encontro de almas,
Encontro de dois seres.
Duas vidas, em um só
Leito.
Amar ou amar?
Não! Não, amar apaixonadamente.
Fazer do frio calor.
Fazer da noite delírio.
Querer ficar junto
É loucura
Mais que humano.

Quanto menos se tem mais ainda eles querem tirar, pois não querem de forma maneira que tomem a sua poltrona, a sociedade sustenta parasitas do plenário.