Ser jornalista: frases que capturam o espírito da profissão
MINHA RELIGIÃO
A fé que há no meu coração é a minha religião. Não há altar, não há santos e nem orações decoradas ou improvisadas aos gritos. Apenas o silêncio de uma conversa franca, onde o pensamento é a língua e o canto é o embalo do meu pensar.
Eu e a minha fé trocamos confidências, lavamos minhas roupas rujas e fazemos um exame de tudo que transcorreu de tempos em tempos, sem horas marcadas, momentos específicos ou ambientes pré-selecionados.
Minha fé não me cobra glórias e nem aleluias ou louvores.
Minha fé me cobra apenas o dever de trilhar pela retidão do caminho.
Minha fé não me diz o que é bom ou o que é ruim. Ela me dá o livre arbítrio de errar e errar muito, para eu, no fim de tudo, ter um grande acerto.
Este é fim do túnel que almejo, sem julgamento, pecados, juízos ou absolvições.
Minha fé não me passa sacolinha e nem define dízimos.
A única coisa que ela me cobra é que eu seja feliz e faça as pessoas felizes. E essa é minha fé e o que me basta.
Meus respeitos àqueles que tem outra forma de religião, não os critico, mas quero ter a liberdade de continuar fazendo do meu jeito!
Eu não entendo aqueles que pensam que torcidas, partidos, preferências, cores, animais, ideologias ou religiões são mais importantes que pessoas.
Consciência de eleitor é intocável! Ele sempre faz a melhor escolha. Só que os políticos, quando eleitos, escolhem o que lhes convém.
Com a fama, as pessoas perdem a noção do que seja uma amizade de verdade. E se tornam dependentes dos bajuladores.
Os importantes
Há pessoas importantes e os que se fazem de importantes.
Os importantes são porque são!
Os outros, são muito perigosos!
Os que se fazem de importantes, gostam de obrigar os outros a esperar por eles.
Chegam atrasados para serem aguardados.
Fecham-se em intermináveis e inúteis reuniões que nada resolvem.
Gritam para serem entendidos.
Exigem o que nem eles podem cumprir.
Fazem as pessoas de "gato e sapato".
Na maioria das vezes, foram colocados em destaque sem merecer.
Assim como sobem aos primeiros lugares, despencam do alto e fatalmente se esborracham, como que sugados pela "lei da competência"!
A sociedade é feita de inversões de valores.
Não acreditem nos que se julgam importantes.
Fatalmente não o são!
Quem é importante nem precisa dizer.
É reconhecido! E basta!
Se "o futuro é o que os artistas são", como bem disse outro profeta louco chamado Oscar Wilde, valerá a pena a viagem.
Que assim seja.
> (Geneton Moraes Neto, jornalista)
O ASSASSINATO DE ONTEM
Foi incrível sentir o sangue escorrer entre os meus dedos, depois de aperta-lo fatalmente. Voltei ao estado de relaxamento depois de sentir esta morte. Por alguns instantes respirei profundamente e pensei na família que ele possuía. Recordei que outros também haviam sido eliminados. Mesmo assim, uma incorrigível vontade superior a qualquer sensibilidade humana, me direcionou exatamente no local onde eu havia encontrado minha última vítima. Foi naquele mesmo quarto que ele recebeu a primeira pancada. Ainda trêmulo e vivo, um pouco tonto, sem saber onde estava, rodopiou e caiu, antes de ser instantaneamente esmagado e morto, conseguindo apenas realizar o seu ultimo movimento. Senti que não poderia voltar atrás. Por alguns instantes tive a certeza que aquela vítima, tinha o objetivo de tirar o meu sangue, talvez por ódio ou simplesmente obedecer ao seu instinto natural perverso e faminto. Estou mais forte, seguro e confiante agora. Não permitirei que minhas noites sejam perturbadas novamente. Tenho certeza que isso é só o começo. De fato voltarei a obedecer este instinto letal novamente. Algum dia, do mesmo jeito, quando sentir a necessidade e o momento oportuno, farei tudo novamente. Foi exatamente assim que consegui acabar com a vida daquele pernilongo que me atormentava a noite.
Uma vez lançado a pedra na água, naturalmente fica impossível impedir que as pequenas ondas apareçam... igualmente são nossas atitudes, reflita!
É preciso jogar luz sobre as trevas da corrupção. No entanto, temos que cuidar de ampliar o foco, para que a escuridão resultante do foco fechado não continue protegendo a continuidade do mal-feito que se alimenta e cresce nas sombras.
