Jorge Luiz Borges Felicidade

Quanta candura
No seu olhar
Nada teme nem a ninguém
Quer apenas amar
Até que se queima
Sofre
Chora
Depois que esquece a dor
Nasce outra vez

Sonhos fabulosos
Está na hora de dormir
De vez em quando dias e dias

Que os ventos me tragam
A brisa da primavera
Acariciando meu rosto
Com o perfume das flores

Palavras procurando respostas
Minha alma exclama
São acertos e erros
Posso cair
Posso ferir
Mais não posso desistir
Coragem está dentro de nós
Isso é viver

Embrulhado no papel
Brilha o celofane
Bombom
Solitário sabor
Amor
Solidão
Uma valsa um sonho
Um Sonho de valsa

Bando de andorinhas
Voam revoam e cantam
Eu sozinho sonhando

Menina linda
Meiguice no olhar
As vezes alegre outras triste

Botão de rosa
Delicado perfume
Sensibilidade minúscula

Fim de semana
Segunda chegando
Até amanhã

Noite fria
Chuva caindo
Alma chorando

Alma criança
Pureza e ternura
Amor enciumado

Barco de pesca
Deslizando no espelho
Isca no anzol

Procurando pensamentos
Escuto minha alma
Poesia que nasce do silêncio
Trago comigo
Junto às estrelas
Onde a Lua
Brilha na madrugada

Subo na copa
Movimentos leves
Sinto vida que transborda

A vida me dá presentes
Como caixas surpresas
Corro e subo de repente
Na calda do cometa

Coisas que caem do céu
Podem ser estrelas cadentes
Cometas supersônicos
O sol a descansar
Coisas que às vezes
Passam
Despercebidas

Criança com lápis e pincel
Desenha lindo cometa
Astro brilhante corre o céu
Cometa viaja a noite
Desenhados no papel
Com todos os sonhos
Na cauda um fogaréu

Trilhos
Passageiros nos vagões
Despedida na estação
Apita o trem
Difícil não pensar
Trem partindo
Silêncio no coração
Caminhando pelos trilhos
Canto uma canção

Miau
Uma lambidinha
Um miadinho

Encosta da montanha
De penhasco em penhasco
Pura natureza