Jardim das Borboletas Vinicius de Moraes
O expurgo
Acrisolar das sementes.
Limpando as sujeiras dos alimentos.
Fruto do trabalho de um todo.
Mondar o que preciso for.
Porque o estomago não suporta mais.
Depurar e burilar tanto descortiçar.
Isentar, limpar para que venha nova safra.
Esburgar o que precisa ser imunizado.
Se não purgar. Acrisolando,
tudo o foi contaminado.
Burilando o caminho para a liberdade,
descortinando um novo tempo.
Não haverá um futuro lapidar.
Para quem segue crescendo,
nesse solo. Onde a todos
Pertence.
marcos fereS
MULHER
A MULHER NÃO PROCURA A BELEZA.
É SUA NATUREZA.
SÓ PROCURA ADORNO PARA SE EXPRESSAR.
SELECIONANDO FLORES, PARA SE ENFEITAR.
PORQUE , SER NOTADA É CONSEQUÊNCIA,
DA SUA FORMA, DE ESTAR.
AGRADANDO, COM SUA LUZ,
ESTRELA DE BRILHO FÁCIL,
E; SE UM OLHAR A ILUMINA.
SE, ENCANTA E, É ENCANTADA,
QUANDO O CORAÇÃO SE ANIMA.
ÉS NATUREZA PURA.
E EXPOSTA A LUZ,
SUA BELEZA VEM DE DENTRO.
QUANDO O ASSUNTO É AMAR,
NÃO ECONOMIZA SENTIMENTO.
E AS FLORES, SEMPRE AS FLORES.
SÃO ADORNOS PREFERIDOS, QUE A SIMBOLIZA,
EXPRESSÕES DE DELICADEZA E ALMA,
QUE TRAZ CONSIGO A CERTEZA,
BOM MESMO É SER FELIZ;
AMANDO E SENDO AMADO POR VOCÊS.
marcos fereS
FELIZ DIA DAS MULHERES
Pilha
Muita pilha, muita palha.
Muito fogo na palha.
Muita pilha no fogo.
O estouro da pilha na palha.
Toda palha pega fogo.
Apagar, quem apaga.
Tanto fogo na pilha.
Arde a palha no pilha.
Queima a falha no fogo.
E só se acaba.
Quando a brasa termina.
marcos fereS
Abelhinha
Saia a abelhinha a polarizar.
Quanta disposição.
Para a afirmação de um sonho.
Para o apoderamento,
de uma consciência,
que lhe daria validação,
para sua razão.
Que na ordem de raciocínio,
teria alcançado a verdade.
Em não se admitir,
que outras formas de estar na vida,
trazia seu próprio saber.
E ao mesmo tempo,
carregado daquilo, que precisava,
para o momento.
A projeção da razão, não tinha nada,
em auto conhecimento e distribuição,
de um caminho em comum.
Do descobrir um algo além,
que precisava passar, para aqueles
que ainda não possuía aquele conhecer.
Mas um apego triste, pegado ao presente,
em que não suportaria, o contato com si próprio.
Então tornara-se embaixador da verdade.
E essa verdade seria a única a existir no uni-verso.
E cada vez mais a compulsão do ego, aprisiona
o próprio espírito. Que já não continha a paz
da leveza, despegada.
Religiosamente, deveria polarizar, a própria verdade,
por onde se apegava onde encalhava o pensamento.
E selecionava outras consciência, onde deveria
fazer o a ponderamento. A titulo do saber.
E com isso o prazer de se medir a mais que outros,
sem saber. Que isso. Era o engano do seu próprio ser.
Girando no seu próprio carrocel. Perdendo tempo no caminho.
O tempo , e o espaço. Estava limitado, em distribuir
o conhecimento aprendido, e passar para aqueles,
que elegera. Mas a vida, é mais do que isso.
Tudo acontece ao mesmo tempo.
E o tempo e o espaço e o conhecimento.
Não esta na fantasia, de um juntado de palavras,
aprendidas e repetidas na memória, sente que precisa passar.
É fuga e apego.
Já não existe outra vida. A liberdade de se conhecer.
Está aprisionada, na projeção do ego ao objeto escolhido.
Nada mais. A não aceitação da própria realidade, que é
reconhecido com um não aquetar-se nas sensações incomoda,
no interior do ser. Faz que se agarre a uma projeção,
que idealiza. Que uma vez realizada. Irá trazer o alivio,
consciente ou inconsciente para a vida.
Mas o orgulho, não admite essa possibilidade.
Então prende-se a uma imagem que não existe.
E não há crescimento nisso.
O ego esta mergulhando no tempo e no espaço.
E cada mergulho. Leva para o espírito, o descobriu.
Agarra-se a qualquer forma de conhecimento, religiosamente,
feito verdade no coração. Aprisiona a alma.
E naquilo em que precisava trabalhar realmente,
fica paralisado.
Estar presente e descobrir aquilo que realmente necessita,
para si. Liberta e liberta-se ao mesmo tempo.
É a ilusão que gera o apego. O apego do conhecido,
e repetido religiosamente. Esse é o perigo.
Não há renovação. Não há crescimento.
Está bloqueando a própria vida.
E mais cedo , ou tarde. Deverá libertar,
de todo engano.
E a abelhinha segue voando.
marcos fereS
Assentamento
Assentamento da vida.
Lugar onde precisa ser vivida,
e a riqueza chegar a quem precisa.
Na ganancia. Fruto da vida,
de quem sem excípulo,
se apodera do fluxo.
Só para satisfazer sua alma doentia.
Corta a ordem natural,
do fluxo. Causando dor e
e sofrimento.
E onde faltou. Precisar se compensado.
Não existe vácuo na natureza.
Tira-se de um lugar.
E outra terá de cobri-lo.
De uma forma , ou de outra.
Tudo retorna.
O tempo é sábio.
E a natureza não reclama.
Fazer chegar a riqueza,
onde precisa.
Esse é o acordo da vida.
Acordo feito no finito.
Que foi selado o in-finito.
Um dia chega a parede.
O limite de cada um.
Assentar o mundo.
Sem nada desviar.
Na justiça caminhar.
é a aliança eterna.
Ter o que precisa ter.
Assentar o que precisa assentar.
Essa é a forma de existir.
Missão nobre. De colocar tudo em seu lugar.
A natureza economiza.
Para não faltar o que for.
Quem tira perde a linha.
E roda o retrós. Do carretel sem cor.
De que adiantaria. Ganhar o mundo.
E perder a alma?
Cada um possui sua própria montanha,
para escalar.
Perde a vida. Quem esquece de si.
E no movimento vaidoso.
Entra em competição com a natureza das coisas.
O vácuo. O vazio. Reclama o seu lugar.
E na ordem das coisas.
Pretendem preencher com coisas,
o que denominou. Vaidade.
E ama alguém, ou alguma coisa.
Deixa livre. Compartilhe o caminho.
Não deseje possuir.
Apenas caminhar ao lado.
Por que. Na hora certa.
Tudo lhe será tirado.
E tudo aquilo que pensavas possuir.
Escapara por suas mão. E não restará,
mais nada. A não ser.
Um espaço vazio a preencher novamente.
A vacuidade egoísta , de um coração.
Que não aprendeu a Amar.
marcos fereS
A moça e diabo velho
A moça que não se amava.
Fazia da sua vida. O seu jeito.
Se não fora tão grande
para agradar seu pai.
Se revoltaria com o mundo,
para dizer como é que faz.
E aguerrida, feito brasa,
vai a luta para provar.
Já não outro amor.
Só disputa e conquistar.
Encontrou um diabo velho,
que vinha em seu caminho.
Se desbulhou feito mocinha,
em troca de um carinho.
Não tinha tanta força assim.
De do engano, fez seu gosto.
De construir um mundo,
de se encaixar sua paixão.
Se deixou ser levada.
Pelo próprio diabo,
que não tinha consideração.
O diabo já não tinha nada a
entregar. Mas a moça.
Um pouco que tinha.
O colocou em seu lugar.
Já não possuía nada.
Nem a própria compaixão.
Nem jogar, nem mais jogava.
Era só alienação.
Pobre diabo. Pobre mocinha.
Nunca quiseram puxar a linha.
Suas próprias vidas, era só mimos.
E o outro enganador.
Bateram palmas para loucos dançarem.
Numa dança de horror.
Ela só queria agradar o seu pai.
E o diabo mais uma vida para sugar.
marcos fereS
Importante
Importância. Poder importado,
de dentro. De um coração que
não se aceita, simples mortal.
Medo atros. Do desfazimento
feroz. Que habita a cada dia
do atrito do corpo, com a terra.
A busca da importância, Faz
nascer o sacrifício. Que imagina
que irá sobreviver. Mais de mil
anos. Colecionadores de mentira
própria. Lutas sem fim. Poder a
todo custo. Vontade autodestrutiva.
E quando, percebem. Já não sabem
voltar. E da janela olhos pequenos
espreitam. E reavaliam seus juízos.
Importante. Diz a si mesmo. Até a
próxima dor de barriga.
E o interessante, é que não aprendem.
Mostram o canino. Serpenteiam,
pelas câmaras. E viajam em um
papel de um filme de terceira categoria.
Pobres importantes. Não se importam
com sigo próprio. Estão desesperados
em tornarem-se eternos.
Enquanto seria mais fácil. Mandar fazer
uma estátua própria. Em tamanho
natural?
Os passarinhos agradeceriam. Tão
valoroso banheiro.
marcos fereS
Desalinho
Na avenida em que atravessa.
A certeza da razão que o leva.
Te faz em desalinho, com as verdades
que ainda possa presenciar.
Toda certeza. É um apego.
E com isso a estagnação.
Que acompanhará quem as
carrega. Com o passar da vida.
O fato de ter-se colocado
em um momento da vida.
Numa posição que aduz,
possuir e ser o senhor do destino.
Cega a visão. Porque o caminho
de um. Não é o caminho do outro.
E a obsessão de estar certo.
Sufoca de delineia um caminho,
próprio, que se desalinhará,
em qualquer tempo.
Trazendo ao colapso da consciência.
Para entender. Aonde estava errado.
Interfira quando precisa. Ajude se puder.
Caminho junto se for do seu gosto.
Não julgue por impressão precipitada.
Todas as formas de conhecer,
encontra, na experiencia
que enxergas o mundo.
Filosofia, nunca chegou a lugar nenhum.
Conhecimento é acumulo na memória.
E o apego. É o medo do futuro.
Se aceite primeiro. E compartilhe
a felicidade que conseguir.
E mesmo assim, não será o suficiente,
para o outro.
Desalinho é desejar interferir na consciência,
do universo. E a prepotência do eu limitante,
que navega no tempo e no espaço.
Quanto mais respeito a essa lei.
Mais se alinhará ao próprio caminho.
E as coisas acontecerão naturalmente.
Pré- conceito. Conceito. Ou nenhum conceito.
São forma de manifestação na vida.
De quem ainda não se encontrou.
E passa a vida tentando convencer
A outros. Da sua própria mentira.
É uma inquietação e não aceitação,
Daquilo que se constituiu. E precisa,
atravessar a vida alheia.
Para se sentir vivo.
O alinhamento, o caminho, a verdade,
encontra-se no coração de cada um.
Essa é a justiça.
Misericórdia é quando, a pessoa se perdoa.
E se alinha com a sua própria realidade.
E a beleza da vida passará a fazer parte
da sua existência.
Porque não caminhará por medo ou raiva.
Mas com felicidade de ter encontrado,
um grande tesouro.
Que achado. Volta para casa. Vende tudo.
E entra na terra prometida.
marcos fereS
Terra
Desde que nasci, a terra nunca parou.
E selecionava pensamentos, que me
faziam sorrir ou chorar, me elevar acima
das nuvens, ou no final de sentimentos
sombrios.
Mesmo assim, a terra nunca parou.
Quando meus antepassados conquistaram
seus sonhos. Lutaram entre si. Viveram e
amaram, brigaram para possuir.
Inventaram pensamentos e palavras para
expressar a vida. Como ela é. Ou como seria.
A terra nunca parou.
Sou testemunha viva, dessa verdade.
E quando não estiver mais aqui. Carrego
uma esperança singela. Para que ela,
continue a girar polo espaço infinito.
Carregando essas vidas. Que procuram
a consciência, do porque? Estar aqui?
Qual a necessidade de pontualizar as
diferenças? A terra não gira para todos?
Será que as pessoas se esquecem da
linha tênue, do instante do passar da
vida? E as voltas em torno do sol,
estão contadas. Assim como o cair
das folhas, em cada estação?
Entre os seres viventes. Quem possui,
sinceramente a verdade?
Seria o pecado original, o engano
assumido e não reconhecido,
do que nada sabemos.
E apesar de tudo isso.
A terra continuará a girar.
Não busco definir.
marcos fereS
Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma, e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo filho da...
Muitas coisas melhor se diz calado, pois o silêncio não tem fisionomia, mas as palavras sim têm muitas faces.
Quando ela fala
Quando ela fala, parece
Que a voz da brisa se cala;
Talvez um anjo emudece
Quando ela fala.
Meu coração dolorido
As suas mágoas exala,
E volta ao gozo perdido
Quando ela fala.
Pudesse eu eternamente,
Ao lado dela, escutá-la,
Ouvir sua alma inocente
Quando ela fala.
Minh'alma, já semimorta,
Conseguira ao céu alçá-la
Porque o céu abre uma porta
Quando ela fala.
(...) Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
Nota: Trecho adaptado de soneto de Luís de Camões.
Não há nada como a respiração profunda depois de dar uma gargalhada. Nada no mundo se compara à barriga dolorida pelas razões certas.
Então, esta é a minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim.
Eu sei que tem pessoas que dizem que essas coisas não acontecem, e que isso serão apenas histórias um dia. Mas agora nós estamos vivos. E nesse momento, eu juro. Nós somos infinitos.
AMAR...
Amar é um verbo praticado do substantivo AMOR...
AMAR não pode ser medido em MATEMÁTICA...
AMAR não pode ser explicado em FILOSOFIA...
AMAR não pode ser traçado em HISTORIA...
Amar é simplesmente quando te olho nos olhos e os meus brilham...
Quando estou em teus braços e meu coração despara...
Quando ganho um beijo seu e o mundo para naquele instante...
É quando estou perto de VOCÊ e nao quero mais ficar longe...
AMAR é simplesmente AMAR!
Por isso digo-te:
TE AMO!!!
A primeira glória é a reparação dos erros.
(Ressurreição, 1872)
As ocasiões fazem as revoluções.
(Esaú e Jacó, 1904)
Não se perde nada em parecer mau; ganha-se tanto como em sê-lo.
(Memorial de Aires, 1908)
Também a dor tem suas hipocrisias.
(Helena, 1876)
O medo é um preconceito dos nervos. E um preconceito, desfaz-se; basta a simples reflexão.
(Helena, 1876)
Dormir é um modo interino de morrer.
(Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881)
O tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto.
(Esaú e Jacó, 1904)
Matamos o tempo - o tempo nos enterra.
(Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881)
Amor repelido é amor multiplicado.
(Miss Dollar, 1869)
De todas as coisas humanas, a única que tem o seu fim em si mesma é a arte.
(A Semana. In: Gazeta de Notícias. Rio de Janeiro, 29 set. 1895)
O destino, como os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho.
(Dom Casmurro, 1899)
Não se ama duas vezes a mesma mulher.
(Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881)
A vaidade é um princípio de corrupção.
(Dom Casmurro, 1899)
Não há alegria pública que valha uma boa alegria particular.
(Memorial de Aires, 1908)
Suporta-se com paciência a cólica dos outros.
(Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881)
A fortuna troca às vezes os cálculos da natureza.
(Iaiá Garcia, 1878)
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