Já Entendi Você Românticos
Eu de marte, tu de plutão
Eu planeta, você não
Duas mentes diferentes
Tentativas de concordância em vão
Eu poeta, tu ativista
Eu nos livros, tu na pista
À vista de todos
Menos de mim
Só entendi o valor do silêncio quando precisei me calar pra não magoar alguém.
Nota: Paráfrase de outra frase do autor.
Porque as coisas tem que ser assim?
Quando eu já me confundo com vc, e já nem sei mais quem sou...
Eu só lembro do que vale a pena lembrar...
Das estrelas, da noite... da primeira noite...
Do que eu e vc juntos juramos...
Do amor que era eterno,
Da música que um dia vc fez,
Dos sonhos que sonhamos,
Do relógio quebrado que fazia voar o tempo,
Do nosso cantinho,
Do nosso sonhado lustre brilhante,
Do carro,
Do filme que a gente chorou ao assistir...
Das vitórias,
Das madrugadas no ônibus que nos faziam encontrar,
Dos sonhos...
Das lágrimas a cada partida,
Dos sorrisos a cada chegada...
Da chuva no parque,
Dos tombos na grama,
Das milhares de fotos e milhares de palavras bonitas...
De tudo que parece não voltar mais...
De tudo o que mudou de repente...
A decadência da oferta espelha-se na penosa invenção dos artigos para presente, que já pressupõem o fato de não se saber o que presentear porque, na verdade, não se tem nenhuma vontade de fazê-lo.
Existem cerca de 100 bilhões de estrelas na galáxia. Esse já foi considerado um número grande. Mas é apenas cem bilhões. É menos que a dívida interna! Antigamente, estes números eram chamados de números astronômicos. Agora, deveríamos chamá-los de números econômicos.
Que importa que já o saibas? Só se sabe o que já nos não surpreende.
O homem que sabe ler fala com os ausentes e mantém vivos os que já morreram. Comunica-se com o universo - não conhece o tédio - viaja - ilude-se. Mas quem lê e não sabe escrever é mudo.
Não importa muito com quem te casas, já que na manhã seguinte seguramente descobrirás que se tratava de outra pessoa.
Cheguei demasiado tarde
e já todos se tinham ido embora
restavam paeis velhos, vidas mortas,
identidade, sujidade, eternidade.
Comeram o meu corpo e
beberam o meu sangue; e, pelo caminho, a minha biblioteca;
e escreveram a minha Obra Completa;
sobro, desapossado, eu.
Resta-me ver televisão,
votar, passear o cão
(a cidadania!). Prosa também podia,
e lentidão, mas algo (talvez o coração) desacertaria.
Pôr-me aos tiros na cara como Chamfort?
Dar em aforista ou ainda pior?
Mudar de cidade? Desabitar-me?
Posmodernizar-me? Experienciar-me?
Com que palavras e sem que palavras?
Os substantivos rareiam, os verbos vagueiam
por salões vazios e incendiados
entregando-se a guionistas e aparentados.
Cheira excessivamente a morte por aqui
como no fim de uma batalha cansada
de feridas antigas, e eu sobrevivi
do lado errado e pela razão errada.
“Que dia? Que olhar?”
(Beckett, “Dias felizes”)
Que feridas? Que estanda-
te? Que alheias cicatrizes?
Estou diante de uma porta (de uma forma)
com o – como dizer? – coração
(um sítio sem lugar, uma situação)
cheio de palavras últimas e discórdia.
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